quinta-feira, 5 de maio de 2011

Estudo revela que jovens portugueses procuram evitar o acesso ao crédito

Quando inquiridos sobre o financiamento do seu próximo automóvel, os jovens portugueses são os que apresentam um maior cepticismo em relação ao crédito. 65% afirma que recorreria a todos os meios para evitá-lo e, apenas, 5% dos jovens admite que recorreria sempre ao crédito. São valores revelados no Caderno Automóvel do Observador Cetelem 2011.


Em Portugal, dois terços dos jovens afirmam que tencionam recorrer a todos os meios possíveis (empréstimo familiar, poupança) para evitar o crédito, sendo essa proporção de apenas metade entre os indivíduos com mais de 50 anos. No entanto, para Conceição Caldeira Silva, responsável pelo Observador Cetelem em Portugal, «as perspectivas não são muito animadoras, sobretudo se tivermos em conta que os meios actualmente utilizados na compra de automóveis são, em proporções idênticas, o crédito e o pagamento a pronto».
Igualmente afectados pela crise, os vizinhos espanhóis não seguem a mesma tendência: O crédito continua a ter uma boa adesão e mais de um em cada cinco espanhóis (idosos ou jovens) declaram ter a certeza de recorrer a um crédito para financiar o seu próximo automóvel.
Uma tendência que o Observador Cetelem analisou, e na qual Portugal também se destaca, é no que diz respeito ao local de subscrição do crédito. Enquanto os europeus estão divididos entre o local de venda ou o banco, cerca de 64% dos indivíduos portugueses são os mais dispostos a subscrever o crédito no próprio local de venda do automóvel.
As análises económicas e de mercado do Caderno Automóvel do Observador Cetelem 2011, bem como as previsões, foram realizadas em colaboração com o Instituto de estudos e de consultadoria BIPE (www.bipe.com). Os inquéritos aos consumidores foram conduzidos pela TNS em Julho de 2010. No total foram inquiridos 4.800 europeus, divididos em sub populações representativas dos grupos etários de cada país, num novo perímetro do estudo, que é agora constituído por oito países. Pela primeira vez nesta edição, a Bélgica e a Polónia vieram alargar o perímetro de estudo, juntando-se à Alemanha, França, Reino Unido, Espanha, Itália e Portugal.