sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Projecto “Variante à EN2 – São Brás de Alportel / Faro” chega a fase de acompanhamento público


Na sequência do procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental do Estudo Prévio, que teve decisão em 05/09/2001, o projecto de execução da construção da “Variante à EN2 – São Brás de Alportel /Faro”, troço do projecto global “Algarve Litoral” que compreende a ligação de São Brás de Alportel à Via do Infante e a Faro, encontra-se em fase de pós-avaliação, no âmbito do qual decorre um período de acompanhamento público.
Neste sentido, o Relatório de Conformidade Ambiental do Projecto de Execução (RECAPE) encontra-se disponível para consulta, durante 10 dias úteis, de 25 de Novembro a 10 de Dezembro de 2010, na Câmara Municipal de São Brás de Alportel, bem como na Câmara Municipal de Faro, na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve e na Agência Portuguesa do Ambiente.

BOXE: TAÇA DO ALGARVE


No próximo dia 1 de Dezembro realiza-se, pelas 16h00, na Escola Pinheiro e Rosa, em Faro, a Taça do Algarve em Boxe.

Após estudos do LNEC, ARH e Ualg: Nova barra da Fuzeta já está aberta, mas com queixas dos pescadores

A Sociedade Polis Litoral Ria Formosa promoveu, hoje, uma visita para a comunicação social da nova barra da Fuzeta - Olhão, que foi aberta esta semana ao tráfego marítimo, na sequência das obras executadas nos últimos sete meses no âmbito do Polis, mas a comunidade piscatória criticou a Polis por ter criado uma nova barra marítima sem um paredão fixo, prevendo a necessidade de dragagens constantes para evitar o seu encerramento.
Aliás, como se pode ver através da nossa foto-reportagem, são já visiveis alguns "cebeços" arenosos na entrada da nova barra.


VALENTINA CALIXTO, ACONPANHADA PELO EDIL FRANCISCO LEAL, ESCLARECEU OS JORNALISTAS

ALGUNS PESCADORES ACOMPANHARAM, COM AS SUAS EMBARCAÇÕES, O "CORTEJO" OFICIAL MARÍTIMO E APROVEITARAM PARA, EM PLENA BARRA, NAVEGANDO, FALAR COM OS JORNALISTAS


"LÍNGUAS" E "CABÊÇOS" DE AREIA JÁ DIFICULTAM A NAVEGAÇÃO NA NOVA BARRA
"Pedras é que deviam pôr nas margens para segurar as areias , a barra vai ficar areada com o inverno e vai desaparecer. É dinheiro deitado ao mar", diziam vários pescadores na ocasião.
Recorde-se que a empreitada, que decorreu durante sete meses e incluiu os trabalhos de fecho da barra espontânea aberta pelas intempéries do último Inverno, o reforço do cordão dunar e a abertura da nova barra, representou um investimento de cerca de 980 mil euros.
A nova barra, localizada a cerca de 800 metros a nascente do porto de Fuzeta-Terr, tem o objetivo, segundo a Sociedade Polis Ria Formosa de "minimização situações de risco para pessoas e bens, por via das medidas correctivas de erosão e defesa costeira", explicou a presidente da Sociedade Polis Litoral Ria Formosa, Valentina Calixto, acompanhada do edil olhanense, Francisco LeaL.
Sobre os receios dos pescadores do encerramento da barra, pela movimentação antural de areias no local da sua construção, Valentina Calixto reconheceu a necessidade de futuras dragagens, mas explicou que "é preciso dar tempo para que a natureza possa interagir com a barra agora aberta".
"A colocação da nova barra é uma decisão que resulta de estudos do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), Administração da Região Hidrográfica do Algarve e Universidade do Algarve. a engenharia pesada pedida pelos pescadores não é possível do ponto de vista legal, é desaconselhada a fixação de barras, porque se estaria a transferir os problemas de erosão para outros locais", enfatizou aquela responsável.
Ciente que a abertura da nova barra garante condições de navegabilidade para os viveiristas, pescadores, marítimo-turísticas e uso balnear, que passam a ter boas condições de circulação entre o sistema lagunar e mar aberto e a utilizar o porto de pesca em segurança,
Valentina Calixto fez questão de sublinhar que "a abertura da barra é o culminar da primeira fase da intervenção de emergência para recuperar e consolidar o cordão dunar na ilha, a que se sequirá uma segunda fase com as dragagens do canal, encerramento total da barra velha, consolidação do cordão dunar, através de paliçadas e vegetação, bem como a requalificação da frente ribeirinha da Fuzeta".
Já sobre a Ilha de Faro, a responsável do Polis admitiu tratar-se da "zona mais frágil ", por isso, esclareceu, "este inverno vamos dar-lhe mais atenção. Temos de ouvir os pescadores".
Para que não restem dúvidas sobre as intenções da Sociedade Polis no que à segurança diz respeito, Valentina Calixto foi mais longe nas garantias: "Depois de Dezembro, após concluídos os estudos, vamos avançar com dragagens onde fizer mais falta e até podemos encerrar barras e abrir novas barras".
Quanto ao tema mais quente que a Sociedade Polis tem entre mãos, respeitante ás demolçições na Ria Formosa, Valentina Calixto foi inconclusiva: "Os estudos ainda não estão concluídos".
Recordemos que o "Polis Litoral Ria Formosa", segundo os seus responsáveis, é um plano estratégico de requalificação e valorização da Ria Formosa, cujo investimento total é superior a 87 milhões de euros e que tem uma sociedade onde os municípios de Faro, Olhão, Loulé e Tavira participam com capital social.
M.L.