terça-feira, 30 de agosto de 2011

O desastre social vai tomando conta do Algarve" - PCP

"Por muito que prossiga um certo estilo de falar do Algarve que visa tapar a realidade social ela vai emergindo e impondo-se quando dados publicados apontam o Algarve como a região onde mais tem subido o pedido de ajudas por parte de gente carenciada", critica através de nota de imprensa, que transcrevemos, o PCP - Algarve

"Simultaneamente, o Ministro da Saúde torna claro que a construção do novo Hospital Distrital está adiada sem data. Isto é, uma necessidade absoluta para a região é atirada para as calendas. Além do mais, uma necessidade que também poderia contribuir para gerar algum emprego tendo em conta a desastrosa situação existente.
O PCP reafirma que o prosseguimento desta política só contribui para o afundamento do país e do Algarve e que é cada vez mais urgente o lançamento de um programa de emergência social para o Algarve", conclui o documento dos comunistas algarvios.

Imóveis do centro histórico de Vila Real de Santo António vão ser transformados em hotéis de charme

Medida permite criar alojamento de qualidade em edifícios de matriz pombalina e alia recuperação do património da cidade ao turismo cultural.

A empresa municipal Sociedade de Gestão Urbana – SGU, SA já lançou o concurso público para a reabilitação e exploração de oito imóveis detidos pela Câmara Municipal de Vila Real de Santo António e pela própria SGU, situados no centro histórico da cidade.

A medida resulta de um contrato programa assinado entre a autarquia e a SGU que tem como meta a reabilitação, exploração e manutenção dos edifícios e a sua transformação hotéis de charme.
Os oito imóveis estão localizados nalgumas das mais emblemáticas artérias do concelho, como é o caso da Praça Marquês de Pombal ou a Rua 1.º de Maio.
Da lista fazem parte a antiga sede da Caixa Geral de Depósitos, em pleno coração da Baixa pombalina, ou o edifício de serviços da SGU. A estes itens será adicionado o prédio da antiga alfândega, situado frente ao Rio Guadiana, que será alvo de um concurso público individual, a lançar dentro de dias.
Depois de recuperadas, as unidades irão formar um resort turístico a céu aberto, alicerçado na história de Vila Real de Santo António, criando um novo segmento turístico baseado na preservação do património e no turismo cultural.
A exploração conjunta dos imóveis deverá permitir a criação de um hotel, apartamentos de charme e de um hotel design.
O concurso público lançado tem a forma de procedimento por negociação, cujo objecto será a concessão de obras públicas, adquirindo o adjudicatário, em contrapartida, o direito de proceder à exploração dos prédios através da oferta de alojamento, durante o período estipulado em contrato.
Os edifícios serão concessionados por um período de 25 anos, durante os quais será garantida a sua manutenção por parte dos privados. Por sua vez, o contrato celebrado entre a autarquia e a SGU vigora por 30 anos.
Para o presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António Luís Gomes, o lançamento deste concurso prova que a autarquia «está a apostar na valorização do património urbanístico» e, simultaneamente, «a promover a criação de emprego e a notoriedade do concelho enquanto destino turístico».
Na mesma linha, o edil destacou a importância de interligar as «vertentes económicas e culturais» num só projecto, mostrando que Vila Real possui «um dos centros históricos mais privilegiados de todo o Algarve». «Estamos a falar da diferenciação do destino, inclusive a nível internacional», notou.
«Mesmo numa altura de contenção económica e financeira, este é um sinal de que podem ser criados investimentos através de parcerias e cumpridas as linhas eleitorais a que nos propusemos», sintetizou Luís Gomes.
O Centro Histórico de Vila Real de Santo António constitui, na actualidade, um bom exemplo da arquitectura e do urbanismo do século XVIII – trata-se de uma cidade fábrica, fundada nos ideais iluministas –, cuja importância está identificada e preservada no Plano de Salvaguarda do Núcleo Pombalino de VRSA.

SALIR DO TEMPO – FESTIVAL DE ARTES MEDIEVAIS

Em Setembro, nos dias 9, 10 e 11, a Câmara Municipal de Loulé promove o Salir do Tempo – Festival de Artes Medievais. O evento, que desde 2009 anima esta vila do interior, ganhará este ano uma nova dinâmica, com enfoque nas Artes do período da Idade Média.

A vila de Salir em meados do século XIII é o palco desta experiência de regresso ao passado que será vivenciada pelos visitantes, através da projecção de elementos vivos de uma época longínqua. Ponto estratégico durante o período da Reconquista, quando a transição do domínio muçulmano para o cristão deu origem às mais variadas demonstrações de força, Salir viveu também momentos intercalados pelas permanentes tentativas de normalização do quotidiano, em que as Artes tinham um papel importante na sociedade de então.

Transformado num festival de artes, cuja Reconquista nos transporta aos séculos mais importantes da nossa história, o Salir do Tempo marca um período em que as leis da Cristandade, os valentes cavaleiros, a música medieval, os monges copistas e os alquimistas se misturavam em vários mundos dispares aqui recriados neste cenário rural.
Assim, entre cristãos e muçulmanos, nestes Festival de Artes coabitam músicos, actores e artistas. O programa de animação do Salir do Tempo integra performances musicais e teatrais que visam a contextualização histórica e a criação de um ambiente alegre. A música, a dança, a poesia, os cuspidores de fogo e a representação de diversos personagens vão proporcionar momentos de interacção lúdica com os espectadores.
A actuação de vários grupos musicais de onde se destacam: os Trovas D’ Amigo, especializado no repertório medieval galaico-português, Sharq Wa Garb interpretando música medieval árabe e o Cuarteto Aquitânia exibindo sons medievais judaico-sefarditas, são exemplos de qualidade garantida.
A recriação do mercado medieval, baseado em produtos dessa época, onde vários mercadores presentes com as suas bancas de produtos tradicionais como o mel, cortiça, cestaria ou frutos secos, e os artesãos com os seus ofícios, também faz parte deste cenário.
Do outro lado, é a cultura muçulmana em destaque, com as dançarinas do ventre, as bancas de bijuteria e acessórios, as djellabas, os cabedais, os espelhos, os cachimbos de água, as pratas, os candeeiros, as especiarias, a tenda de chá, a tatuadora de henna e a tenda de camelos.
Enquanto forte herança cultural, a gastronomia tem também um papel importante nesta recriação histórica. A base da alimentação do século XIII é apresentada aos visitantes de forma genuína, e os alimentos servidos em tábuas de madeira e as bebidas em copos de barro, de acordo com a “etiqueta” da época.
E para encarnar as personagens e entrar no espírito da festa, a organização propõe a quem visite o Salir do Tempo o aluguer de trajes da época, Miúdos e graúdos terão assim à sua disposição fatos de nobres, gente do povo, representantes da Igreja ou das forças militares de então.
As portas do recinto abrem às 19h00. A entrada é livre.

No Cantaloupe Café, em Olhão os ”B Jazz Reunion” despedem-se em quarteto

No próximo Domingo 4 de Setembro no Cantaloupe Café, em Olhão os ”B Jazz Reunion” despedem-se em quarteto.

No mês de agosto trouxeram muita música aos fins de tarde de domingo frente a Ria Formosa. Olympia Jensen - tenor saxofone, Giotto Roussies - piano, Eddie Jensen - percussão e Charlie Roussel - baixo.
Domingos ao por do sol, a partir das 18h00, com entrada livre, prolonga-se até 25 de Setembro.

PINTOR MOÇAMBICANO, MALANGATANA - Homenageado em Tavira

A Associação Internacional de Paremiologia/Internacional Association of Paramilogy (AIP/IAP), realizou na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos, uma homenagem ao pintor Moçambicano, Malangatana Valente Nowenya, tendo sido exibido o documentário sobre a sua vida “Ngwenyam o Crocodilo”, da autoria de Isabel Noronha.

Rui Soares, presidente da Associação falou sobre o evento, começando por referir que Tavira é terra de cultura, mas é preciso passar à acção e deixar de ser só um “slogan”.

“Muitas vezes não é preciso ter muito dinheiro para fazer coisas. É preciso ter um grupo em que todos trabalhem e nós temos. Devem ter lido que estaria presente o Embaixador de Moçambique em Portugal, mas por razões superiores, foi convidado pelo ministro para representar o seu País em Moçambique. Ter o Embaixador é importante, mas mais importantes são as acções que se fazem, no caso, a homenagem que pretendemos fazer ao pintor Malangatana.

É muito importante este tipo de cooperação. Malangatana foi, um dos bons embaixadores de Portugal por esse mundo fora e, acho que esta singela homenagem que a Associação, em colaboração com a Câmara Municipal está a fazer em Tavira, não é mais do que uma gota de água no oceano, nem de alguma maneira serve para honrar a memória daquele que se estivesse aqui ou se tivesse a oportunidade de estar aqui, certamente gostaria de ver as pessoas no filme que retrata a sua vida e obra.

Gostaria que nas acções futuras cada um de vós deixasse a possibilidade de transmitir a ideia de que esta Associação que está sediada em Tavira, é a única a nível mundial e que os trabalhos realizados só terão sentido, quando feitos em conjunto convosco. Sou conhecido em Tavira, pelo meu bairrismo. Gostaria de ver jovens interessados na cultura. Muitos não conhecem os provérbios portugueses quanto mais os estrangeiros e os provérbios são a nossa principal área”.


NO SALÃO JUNTA DE FREGUESIA DE SANTIAGO
- Contrastes: Homenagem ao Pintor Malangatana

Terminada a sessão na Biblioteca, os participantes visitaram a exposição de pintura de Veronique Barbier Tello “Contrastes: homenagem ao Pintor Malangatana”, patente no Salão da Junta de Freguesia de Santiago..
A artista disse-nos que sempre se conheceu a fazer desenhos mas que os não pintava. “Às vezes punha uma ou duas cores. Conheci o Malangatana no Hospital de Santa Maria, onde faço voluntariado. Ele, parece que abriu uma porta e descobri com ele a cor, a força da cor e a emoção. Comecei a colorir. Inspirei-me en África, embora não conheça. A cor é uma coisa maravilhosa, uma força muito grande. Cores fortes e vivas. Estou a ter um gozo enorme com o que estou a fazer. Comecei, só em Janeiro”.
- O porquê de ter escolhido Tavira?
- Desde a minha infância que venho passar as férias a Tavira. A minha mãe era portuguesa e o meu pai francês. Eles gostavam de Tavira e eu adoro esta cidade.

Geraldo de Jesus