quinta-feira, 8 de abril de 2010

É necessário que as autarquias colaborem na prevenção da sinistralidade rodoviária, considera Governadora Civil de Faro



A Governadora Civil de Faro, Isilda Gomes, considerou hoje que as autarquias têm o dever de intervir activamente na prevenção da sinistralidade rodoviária, com medidas que permitam aumentar a segurança dos cidadãos no interior das localidades, onde se regista anualmente um elevado número de acidentes de viação com vítimas mortais.
Para Isilda Gomes, que falava durante um seminário sobre o Guia para elaboração de Planos Municipais de Segurança Rodoviária (PMSR), promovido esta tarde pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), com a presença de membros do Conselho Coordenador Distrital de Segurança Rodoviária (CCDSR), autarcas, técnicos das Câmaras Municipais e outros responsáveis por esta área na região, “a segurança dos munícipes é uma das grandes bandeiras dos autarcas”, a quem também cabe a responsabilidade de contribuir para a erradicação deste flagelo.
“A principal preocupação dos técnicos e dos autarcas tem sido nestes anos a de melhorar a fluidez do trânsito e aumentar as zonas de estacionamento, mas a sinistralidade tem de começar a ser uma prioridade para as autarquias, de forma a conseguirmos reduzir com eficácia as taxas de sinistralidade no interior das localidades”, frisou a Governadora Civil, manifestando a sua confiança numa imediata mudança de actuação por parte dos municípios.
Isilda Gomes considera que o primeiro passo a dar é facultar aos autarcas os dados estatísticos da sinistralidade rodoviária, para que estes procedam à análise das ocorrências locais, identifiquem as respectivas causas e apliquem medidas que permitam reduzir o número de acidentes na área de cada município.
“A intervenção das autarquias na luta contra a sinistralidade rodoviária é fundamental, tendo em conta que, uma grande parte dos acidentes, continua a ocorrer em vias municipais e dentro das localidades”, sublinhou a Governadora Civil, realçando que a “redução drástica” das taxas de sinistralidade rodoviária verificadas nos últimos anos no País, deve-se ao “esforço e ao mérito”, não só da ANSR, como do Ministério da Administração Interna e de todos os que têm a responsabilidade nesta área, sublinhando neste âmbito as competências atribuídas aos Governos Civis.
“A nossa preocupação relativamente a este problema é diária e sistemática”, sublinhou Isilda Gomes, realçando o “excelente trabalho” que tem vindo a ser desenvolvido pelo CCDSR, através da monitorização permanente da sinistralidade na região, colaborando assim com as entidades competentes para a resolução de problemas associados à ocorrência dos acidentes de viação.
A Governadora Civil considerou ainda que o Guia para a elaboração de PMSR representa “uma ferramenta” a ser utilizada por todos os municípios do Algarve, de forma a intensificar o combate à sinistralidade na região, onde só com elevados parâmetros de segurança é possível garantir um turismo sustentável.
O Guia para a elaboração dos PMSR integra o conjunto de acções previstas no âmbito dos objectivos estratégicos definidos pela Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária (ENSR), que preconiza colocar Portugal nos dez primeiros Estados Membros da União Europeia com as taxas de sinistralidade mais baixas.
Um objectivo que, segundo o Presidente da ANSR, Paulo Marques, só será possível atingir com a “colaboração empenhada das autarquias”, pois apesar da redução significativa das taxas de sinistralidade rodoviária verificada entre 2000 e 2009, com a diminuição de 58% de vítimas mortais, o número de acidentes nas localidades não acompanha esta tendência decrescente.
“Através de um conjunto de medidas que têm vindo a ser aplicadas ao longo dos anos, conseguimos ter esta boa performance, mas daqui para frente vai ser muito mais difícil, tendo as acções e medidas a implementar de ser muito mais competentes e essencialmente muito mais articuladas”, considerou Paulo Marques, referindo que o único objectivo não concretizado entre 2000 e 2009 no âmbito do Plano de Prevenção da Sinistralidade Rodoviária foi precisamente o de diminuição dos sinistros nas áreas urbanas.
De acordo com o Presidente da ANSR, em 2008, cerca de 47% das vítimas mortais resultantes de acidentes de viação ocorreram dentro das localidades, o que deixa o País muito aquém da média da União Europeia no que concerne a este indicador e exige um esforço redobrado por parte de todas as entidades com responsabilidade directa nesta matéria.
Apesar do número de acidentes registados nas zonas urbanas, Portugal foi um dos únicos três países que, entre os 27 Estados Membros da União Europeia, conseguiu concretizar o objectivo definido pelo Livro Branco dos Transportes, que aponta para a redução, até 2010, de 50% do número de vítimas mortais provocadas pela sinistralidade rodoviária.
Aprovada em 2009, a ENSR tem como objectivo principal atingir, até 2015, os 62 mortos por cada milhão de habitantes, o que representa salvar 1.350 vidas até ao fim do referido período.
Participaram ainda neste seminário, o Director da Unidade de Prevenção Rodoviária da ANSR, Carlos Lopes, o Professor da Universidade do Algarve, Júlio Mendes e um aluno daquela instituição, Jorge Soares -vencedor de um concurso nacional na área da prevenção rodoviária da Fundação da Juventude, bem como Rosário Lima, do Automóvel Clube de Portugal e o Professor Mário Ferreira, da Associação para a Cidadania e Conhecimento.

GNR procede à apreensão de droga em grande quantidade



no parque de estacionamento das portagens de Paderne

Ontem, cerca das 08H30, no decurso de uma acção de fiscalização rodoviária no parque de estacionamento das Portagens da A2 - Paderne, o Destacamento de Transito de Faro, procedeu à apreensão de cerca de 57.000 doses de heroína e 2.870 de cocaína, a dois indivíduos de sexo masculino e nacionalidade cabo-verdiana.
Os suspeitos faziam-se transportar num modelo de viatura, já antigo, sobre a qual existiam suspeitas de ser um tipo de viatura usado no transporte de produtos estupefacientes.
No acto da fiscalização os indivíduos apresentavam evidentes sinais de nervosismo, o que se tornou suspeito e levou a que os militares pedissem que saíssem da viatura, o que de pronto fizeram, tendo iniciado fuga apeada atravessando as vias de auto-estrada, tendo o condutor conseguido furtar-se à perseguição dos militares da GNR, sendo detido o acompanhante.
Na viatura foi encontrada uma mochila que continha múltiplas embalagens de pacotes de plástico, contendo substâncias em pó de cor acastanhada e de cor branca, que veio a confirmar tratar-se de substâncias estupefacientes Heroína e Cocaína.
O detido, de 29 anos de idade, segundo informação prestada pelo SEF, encontra-se em situação irregular no território nacional e foi hoje presente ao Tribunal Judicial de Albufeira, para primeiro interrogatório e aplicação das medidas de coacção.

FUMIYO IKEDA (ROSAS) E TIM ETCHELLS (FORCED ENTERTAINMENT) SOLO in pieces NO TEATRO DAS FIGURAS




“Sim. Quantas maneiras existem para dizer esta palavra simples? Pensando melhor: deixe estar. Porque seria de qualquer maneira vencido pela maravilhosa e cómica Fumiyo Ikeda. Ela é a rainha de todos os fazedores de listas.”
H. M. Post, Utopia Parkway

O Teatro das Figuras apresenta no dia 15 de Abril, quinta-feira às 21h30 in pieces, uma colaboração entre a bailarina e coreógrafa Fumiyo Ikeda, da companhia belga Rosas e Tim Etchells dos britânicos Forced Entertainment, um solo interpretado por Ikeda.

Cómico, enigmático, emotivo, íntimo, in pieces combina movimento, dança, texto, discurso improvisado, relaciona-se com a memória, com o processo de relembrar e de esquecer, explorando a forma como ambos são sentidos e articulados pelo corpo e como são manifestados através da linguagem.

Formado por fragmentos – um dos sentidos de “pieces” no título da obra – a performance compreende um catálogo instável, absurdo, surpreendente, poético e por vezes numerado, contendo frases decoradas, movimentos, narrativas, estados emocionais, música e canções. Algures neste espaço – entre o movimento e o discurso, entre o passado relembrado e o momento presente no palco por desvendar – o espectáculo acontece.

Os bilhetes têm o preço de € 16,00 para a primeira plateia e € 12,00 para a segunda plateia, com descontos de 25% para maiores de 65 anos e preço único de € 5,00 para os menores de 30 anos.

Digressão nacional:
Faro: Teatro das Figuras – 15 Abril
Torres Novas: Teatro Virgínia – 17 Abril
Lisboa: Teatro Maria Matos – 19 a 21 de Abril
Viseu: Teatro Viriato – 23 Abril

BIOGRAFIAS

Fumio Ikeda
Nasceu em 1962 em Osaka, no Japão. Em 1979, entrou na MUDRA, a escola de dança de Maurice Béjart, onde conheceu Anne Teresa De Keersmaeker. Em 1983 integrou a recém-criada Companhia Rosas. Entre 1983 e 2008 participou da criação e integrou o elenco de praticamente todas as produções daquela companhia. Fumiyo colaborou também em vários filmes e vídeos da Companhia Rosas. Paralelamente com a sua actividade na companhia, Fumiyo Ikeda trabalhou com Paxton, a Needcompany, Josse De Pauw e Tom Jansen. Participou em vários filmes e peças de teatro. Em 2007 criou Nine Fingers com Benjamin Verdonck e Alain Patel. Esta performance foi seleccionada para a edição de 2007 do Festival d’ Avignon. Em Junho de 2009 apresenta a produção in pieces, em colaboração com o dramaturgo e encenador Inglês, Tim Etchells.

Tim Etchells (1962), artista que vive e trabalha no Reino Unido. Etchells tem trabalhado em vários contextos, entre os quais como líder de um dos mais conceituados grupos de performance a nível internacional, os Forced Entertainment, bem como em colaboração com uma série de artistas visuais, coreógrafos e fotógrafos, nomeadamente Meg Stuart, Elmgren & Dragset, Hugo Glendinning, Vlatka Horvat entre muitos outros. O seu trabalho compreende áreas muito distintas que vão da performance ao vídeo, fotografia, texto, instalação e ficção. É hoje um dos mais destacados autores de textos para e sobre performance – a sua monografia Certain Fragments (Forced Entertainment e Contemporary Performance), (pela editora Routledge 1999) foi vastamente aclamada.
Etchells também publicou já várias obras de ficção: Endland Stories (editado pela Pulp Books em 1998) e The Dream Dictionary (for the Modern Dreamer) (pela Duck Editions em 2000), que precederam o seu primeiro romance – The Broken World – obra escrita sob a forma de guia para um jogo de computador imaginário, publicada pela editora Heinemann em Julho de 2008. Recentemente tem exposto obras suas em galerias e festivais de arte de todo o mundo.

XVI SEMANA CULTURAL DE ALTE: PROGRAMA DE ACTIVIDADES ATÉ AO FINAL DE MAIO





A aldeia de Alte volta a ser o cenário de mais uma semana repleta de actividades culturais, no período que medeia entre o 25 de Abril e o 1 de Maio. Mas este ano, a organização da XVI Semana Cultural de Alte alargou o programa até ao final do mês de Maio, com várias propostas que serão, de certo, mais um motivo de interesse para quem visita esta aldeia do interior algarvio.

As actividades arrancam logo no dia 24 de Abril, pelas 10h00, no Pólo Museológico Cândido Guerreiro e Condes de Alte, com uma Batida Fotográfica que terá como tema “Marcas da Arquitectura Tradicional”. Segue-se, às 11h00, a inauguração da exposição “Alte Aqui”, com fotografias antigas de Alte que irão dar vida às ruas da aldeia por estes dias. Às 12h00, na Fonte Pequena, arranca a Mostra de Artesanato e Festa Gastronómica que irá trazer os sabores genuínos da serra algarvia.

No feriado da Revolução dos Cravos, a manhã começa com o Passeio/Maratona de BBT, junto à Fonte Pequena, pelas 10h00. Segue-se a Mostra de Artesanato e Festa Gastronómica.

Dia 26 de Abril, está prevista a inauguração de duas exposições de escultura, pintura e fotografia, uma no Pólo Museológico (11h00) e outra na Horta das Artes (12h00). Para as 21h30 está prevista uma conferência temática.

Dia 27 há animação infantil à tarde, na Casa do Povo, e à noite, um espectáculo musical na Igreja Matriz. O destaque de dia 28 é a Noite de Fado com o espectáculo “Amália Sempre”, pelas 21h30, na Casa do Povo. Dia 29, há um Sarau de Quadras Populares e, à noite, é apresentada a revista à portuguesa “Fujem Moços que vem a Gripe, do Grupo Boa Esperança.

Para assinalar o 1º aniversário do Pólo Museológico Cândido Guerreiro e Condes de Alte, a 30 de Abril, este espaço vai ser palco de actividades para crianças, apresentação de um livro de poemas de Cândido Guerreiro e de um espectáculo musical.

Para o dia 1 de Maio está previsto o momento alto do evento: a Cerimónia Tradicional de Casamento com Boda e o Festival de Folclore. Esta Boda que pretende recriar toda cerimónia dos antigos casamentos na serra algarvia começa às 11h00 e não irão faltar os petiscos como os caracóis, carapaus alimados, peixinhos da horta, jantar de feijão, papas com ervilhas, pão caseiro e bolos tradicionais.

Após o desfile do casamento, às 16h00, é a altura da saudação aos noivos na Fonte Grande, seguindo-se o “Baile”. Este momento coincide com a realização do Festival de Folclore, que conta com a actuação dos seguintes grupos: Grupo Folclórico da Casa do Povo de Alte, Grupo Regional Folclórico e Agrícola de Pevidém – Guimarães, Rancho Folclórico de Vale de Figueira – Santarém, Rancho Folclórico Fazendeiros de Montemor-o-Novo – Évora, Rancho Folclórico de Olival – Vila Nova de Gaia.

O programa deste evento prolonga-se pelo mês de Maio. Logo no dia 7, às 14h30, no Pólo Museológico, há uma sessão de poesia para crianças do jardim-de-infância, com Andreia Macedo. No dia 8, às 18h00, junto à Capela de S. Luís, está prevista a performance teatral “A Gaveta da Pedra”, por Rui Cabrita, e às 19h00, projecção de vídeo. O grupo In Tento Trio dá um concerto no Pólo Museológico, pelas 22h00.

Dia 16 de Maio as atenções viram-se para as actividades desportivas, com um passeio equestre, logo às 9h00. Às 15h00 haverá um Derby de Atrelagem, prova a contar para o apuramento do Campeonato Nacional.

O programa encerra a 29 de Maio, no Pólo Museológico, com a apresentação oral de “Alte, geografia do olhar” (21h00), o lançamento do livro “Dos Cravos nascem Rosas” (22h00) e concerto com o grupo Esfinge (22h30).

Durante este período, quem for até Alte poderá aproveitar para conhecer também a aldeia e os seus espaços culturais emblemáticos como a Horta das Artes, a Casa Memória d’Alte (exposição patente ao público sobre o esparto) e a Cerâmica de Alte.