terça-feira, 26 de abril de 2011

Albufeira: POPULAÇÃO SAIU À RUA PARA CELEBRAR O DIA

Evocando o espírito de há 37 anos, o povo voltou a sair à rua para comemorar mais um aniversário da “Revolução dos Cravos”. Em Albufeira, as festividades prolongaram-se por todo o dia com atividades diversas, que ilustraram a importância e o simbolismo da data.


O Município de Albufeira, à semelhança dos anos anteriores, realizou as Comemorações Oficiais do Aniversário do 25 de Abril, um dos acontecimentos mais importantes da História Contemporânea de Portugal, que deu origem ao Poder Local Democrático.
Logo pela manhã, o Largo dos Paços do Concelho foi palco da cerimónia do Hastear da Bandeira, que contou com a presença do Executivo Municipal, Bombeiros Voluntários de Albufeira e a atuação da Banda da Sociedade Musical e Recreio Popular de Paderne. Este momento solene foi celebrado em todo o concelho, nos edifícios das Juntas de Freguesia de Albufeira, Olhos de Água, Ferreiras, Paderne e Guia.







Durante a tarde, o salão nobre dos Paços do Concelho encheu-se de público para assistir a dois momentos culturais de destaque. O primeiro consistiu na apresentação pública do livro “Albufeira uma Janela Aberta para a Europa- da República à Democracia no II Milénio”, resultante de uma parceria entre a autarquia e a Universidade de Évora.
Ao longo de 200 páginas, a autora Maria de Fátima Nunes, docente da instituição, retrata a evolução histórica de um concelho, cujas “fronteiras” há muito ultrapassaram o solo nacional e que é hoje, a vários níveis, uma referência europeia. “Através desta obra, cada albufeirense ficará com a certeza de que o sentido da vida de cada um de nós, da vida do nosso Município, é o produto do pensamento e da ação de um todo coletivo. Procurámos fazer um inventário daquilo que mais notável foi feito e inseri-lo num contexto mais vasto”, salienta Desidério Silva. Para o presidente da Câmara Municipal, o facto da publicação incluir uma caracterização das várias gerações de governação camarária do Município desde a implantação da República, em 1910, “é a prova de que esta autarquia valoriza cada um dos seus antecessores como ator social capaz de construir um destino, como sujeito do processo histórico.”
Em homenagem a todos aqueles que foram eleitos democraticamente pelo povo para presidir à autarquia, foi inaugurada a Galeria de Presidentes da Câmara Municipal de Albufeira. Os rostos de muitos dos edis encontram-se expostos no hall do 1.º piso, junto ao salão nobre, recordando de forma simbólica os diferentes momentos de ação governativa do Município.
A encerrar a data, o Auditório Municipal acolheu um concerto comemorativo, que reuniu em palco diversos artistas. Raquel Peters, Yami, João Frade, Jessica Guerreiro, Filipa Sousa, Zé Francisco e Paulo Colaço foram os protagonistas deste espetáculo, que contou ainda com a atuação do Grupo Coral da Casa do Alentejo em Albufeira e de dois pares de dançarinos do Rancho Folclórico de Olhos de Água.
Refira-se que no dia 25 de Abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas derrubou o Governo fascista-colonialista e nesse mesmo dia, apoiando o golpe militar, desencadeou-se um espontâneo e vigoroso levantamento popular e nacional. A “Revolução de Abril” foi a mais profunda e a mais popular das Revoluções Portuguesas.

BIBLIOTECA MUNICIPAL HOMENAGEIA JOSÉ SARAMAGO

A Biblioteca Municipal Lídia Jorge volta a acolher mais uma edição do Ciclo de Leituras. Este ano, o Município presta homenagem a uma personalidade de relevo do panorama literário português. “José Saramago: um tributo” é o título da iniciativa que, ao longo de três sessões, irá divulgar a obra deste consagrado escritor.




Pelas 18h00 dos dias 29 de abril, 27 de maio e 16 de junho, participantes e convidados vão reunir-se em torno da leitura de excertos de livros do Prémio Nobel da Literatura, procurando refletir, debater e explorar o universo literário do autor.
A iniciativa irá contar com a participação de Ana Isabel Soares e Carina Infante do Carmo, professoras da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da UALG- Universidade do Algarve.
A inscrição no Ciclo de Leituras é gratuita e os participantes receberão um exemplar das obras “História do Cerco de Lisboa” e “Caim”, bem como um dossier de participação.
Recorde-se que José de Sousa Saramago foi distinguido com o Nobel de Literatura de 1998 e com o ‘Prémio Camões’, o mais importante galardão literário da língua portuguesa.
Escritor, argumentista, jornalista, dramaturgo, contista, romancista e poeta português, Saramago nasceu em 1922, em Azinhaga, e faleceu aos 85 anos, em Lanzarote, no passado ano de 2010.

Governo Civil de Faro disponibiliza informações aos cidadãos sobre situação eleitoral

No próximo dia 5 de Junho realizam-se eleições para a Assembleia da República, pelo que o Governo Civil de Faro disponibiliza, na sua página electrónica, informações sobre o exercício do direito de voto.





Através do endereço www.gov-civil-faro.pt, os cidadãos têm acesso a informações sobre a sua situação eleitoral, nomeadamente consulta do número de eleitor e respectiva freguesia de recenseamento, permitindo assim uma maior facilidade do exercício de voto.
No mesmo sítio estão disponíveis também informações sobre o exercício do voto antecipado por parte dos cidadãos que, por motivos justificados, não possam deslocar-se à respectiva assembleia de voto no dia das eleições.
Para além de acessíveis nas respectivas páginas electrónicas, estas informações são também fornecidas em todos os Governos Civis.
Os cidadãos poderão obter ainda informações sobre a sua situação eleitoral através de outros canais já disponíveis, nomeadamente:

-Portal do Recenseamento - www.recenseamento.mai.gov.pt

- SMS (3838), através do envio de uma mensagem escrita, com o seguinte conteúdo: RE (espaço) número de identificação civil do BI ou CC (espaço) data de nascimento (AAAAMMDD) – Exemplo: RE 15234562 19701204.

-Junta de Freguesia da área de residência.

MCRR APELA AO VOTO - "AINDA QUE EM BRANCO"

O Movimento Cívico para a Reforma da República (MCRR) está a lançar a sua primeira campanha pública, em que defende a diminuição da abstenção eleitoral e apela ao voto, ainda que em branco, nas próximas eleições legislativas, marcadas para 5 de Junho. O Movimento, que foi criado a 13 de Abril (http://movcrr.wordpress.com), pede aos portugueses para não deixarem de ir às urnas, mesmo que seja para votar e branco, e realça a importância do voto consciente.




“As próximas eleições são importantíssimas para Portugal e, como tal, é absolutamente essencial que os portugueses votem em consciência: ou no partido em que mais acreditam, ou, não acreditando em nenhum, em branco. Não podem é deixar de votar”, defende Vicente Ferreira da Silva, porta-voz do MCRR.
O Movimento alerta também para os perigos do chamado “voto útil”, alegando que este só é útil para quem o recebe.
“Não se pode fazer cálculos eleitorais tendo como objectivo uma qualquer maioria absoluta, pois, por regra, esses cálculos saem furados e só servem os interesses dos que apenas pretendem fingir que mudam para tudo ficar na mesma”, explica Vicente Ferreira da Silva.
O MCRR considera mesmo que quem não vota não acredita verdadeiramente na Democracia.
“Muitas pessoas, desiludidas com a qualidade da Democracia, não exercem o seu direito de voto, não percebendo que com isso ainda a degradam mais. Quanto menos gente contribuir para a eleição daqueles que formalmente nos representam, menos responsabilizados eles serão e menos responsáveis se sentirão”, afirma o porta-voz.
Recorde-se que o MCRR consiste num movimento cívico criado no passado dia 13 de Abril que pretende alterar de forma profunda o Sistema Político português e dar voz a todos os portugueses que não se revêem na conduta dos titulares dos órgãos de soberania nacionais face à crise económica, financeira e social que afecta o país.
Para o MCRR é necessário adequar a Constituição portuguesa aos dias de hoje através da reforma do sistema político de governo e da Segurança Social, da reorganização administrativa do país e da mudança dos paradigmas económico e fiscal pelos quais Portugal se rege.