sábado, 14 de maio de 2011

Plano de Operações Distrital para os Incêndios Florestais: ALGARVE COM MENOS UM HELICÓPTERO

PLANO ARRANCA ESTE DOMINGO

De acordo com o Comandante do CDOS de Faro, Abel Gomes, "o dispositivo operacional destinado ao Algarve foi determinado em função da avaliação do risco de incêndios florestais na região".
O posicionamento do primeiro de dois helicópteros que irão fazer o ataque inicial aos incêndios florestais no Algarve foi antecipado, comparativamente a 2010, para 15 de maio, com o início da fase Bravo do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF), do Plano de Operações Distrital (PLANOP) - Incêndios Florestais, do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro da Autoridade Nacional de Proteção Civil.
Sendo um dado adquirido que o heliporto de Loulé deixa de receber o habitual meio aéreo nesta altura do ano,"contrariamente aos anos anteriores, o heli de Monchique permanecerá na região até aos primeiros 15 dias da fase Delta(até 15 de outubro), de forma a reforçar a capacidade do ataque inicial", admitiu o comandante operacional.
Por outro lado, também o helicóptero de intervenção primária que ficará estacionado em Cachopo (Tavira), será ativado 15 dias antes da entrada em vigor da Fase Charlie (1 de julho a 30 de setembro).

Na cerimónia de apresentação do Plano de Operações Distrital (PLANOP) - Incêndios Florestais, do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro da Autoridade Nacional de Proteção Civil, apresentado esta quinta-feira no Governo Civil de Faro, Abel Gomes (último à drtª na foto) informou ainda que "o posicionamento do primeiro de dois helicópteros que irão fazer o ataque inicial aos incêndios florestais no Algarve foi antecipado, comparativamente a 2010, para 15 de maio, com o início da fase Bravo do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF)".
"A medida visa garantir uma maior capacidade de resposta operacional no combate aos incêndios florestais já nesta fase do dispositivo, tendo em conta o risco elevado de ocorrência de ignições verificada na floresta algarvia, devido a fatores como a acumulação de biomassa e a previsão de condições meteorológicas extremas", sublinhou o comandante do CDOS.
Apesar de este ano se verificar a redução de um helicóptero no Algarve (Loulé),reconhecendo que lhe foram dadas as "condições mínimas", Abel Gomes salientou que "o raio de cobertura dos helicópteros passa de 35 para os 40 quilómetros, enquanto nos aparelhos pesados, passa dos 50 para os 70 quilómetros e nos aviões anfíbios pesados é de 120 quilómetros,alteração que permite assegurar a cobertura aérea de quase todo o território do Algarve".
Minimizando a ausência do terceiro meio aéreo no Plano deste ano, Abel Gomes reforçou: "Está garantida a vinda do aparelho estacionado em Beja para reforçar o dispositivo na região, sempre quer o risco de incêndios ou o número de ocorrências o justificar".
A sessão de apresentação do dispositivo foi antecedida ainda pela aprovação, durante a reunião da Comissão Distrital de Defesa da Floresta, do Plano Distrital de Defesa da Floresta Contra Incêndios Florestais, realizada igualmente na manhã desta quinta feira, no Governo Civil de Faro.

Já para o Governador Civil de Faro, Silva Gomes (ao centro na foto), "a antecipação da vinda deste meio aéreo, que ficará posicionado em Monchique, traduz o grande esforço que tem sido feito na região algarvia na área da Proteção Civil em matéria de prevenção e combate aos incêndios florestais". Recorde-se que no ano passado a área ardida no Algarve foi de cerca de 200 hectares.
“A Proteção Civil constitui-se como área de consenso e de desígnio nacional, especialmente no que diz respeito à defesa da floresta sendo, no Distrito de Faro desde há muito tempo, uma prática de coordenação, de competências e responsabilidades assumidas, fazendo do Algarve uma referência a nível nacional no que diz respeito à articulação entre as entidades, ao planeamento e as boas práticas”, salientou o Governador.
Praticamente sem se deter, finalizando, Silva Gomes acrescentou:“Esta não é uma área de intervenção exclusiva das instituições, mas também dos cidadãos, facto para o qual felizmente todos nós estamos sensibilizados”.
O dispositivo para este ano será constituído por 89 equipas, 486 operacionais e 123 veículos, de todos os Agentes de Protecção Civil e Entidades Cooperantes da Região.