quarta-feira, 17 de novembro de 2010

XII FESTIVAL DE TEATRO DE ALTE


O Teatro da Estrada e a Horta das Artes, com o apoio da Câmara Municipal de Loulé, Junta de Freguesia de Alte e Casa do Povo de Alte, realizam o XII Festival de Teatro de Alte durante o mês de Dezembro.
O evento arranca dia 1, com um espectáculo surpresa. No dia 4, pelas 21h30, na Casa do Povo de Alte, o Grupo Arte de Viver da Universidade Sénior de Loulé sobe ao palco com a peça “Granizo de Estrelas”, encenada por José Teiga.
“Cartas de Amor de Fernando Pessoa a Ofhelia Queiroz” é o nome do espectáculo apresentado pelo Grupo de Teatro Contemporâneo de Albufeira, que decorre no dia 5, pelas 21h30, na Horta das Artes. Luísa Monteiro é a encenadora desta peça centrada no debate da vida e obra de Fernando Pessoa.
É no Pólo Museológico Cândido Guerreiro e Condes de Alte que o TAL – Teatro Análise da Casa da Cultura de Loulé apresenta “Noite de Poesia: Contos do Gin-Tónico”, de Mário Henrique-Leiría. Esta iniciativa tem lugar dia 8, às 21h30.
O Grupo Fiasco leva a cena “Não te isaltes Isaltina”, uma peça encenada por Francisco Tavares, com alunos do Conservatório Nacional de Teatro, que terá lugar dia 10, na Horta das Artes, às 21h30
No dia seguinte, à mesma hora e no mesmo local, o Teatro Evoé, de Lisboa, sobre ao palco com o espectáculo “Restos”, do dramaturgo Bernardo Santareno. A peça é encenada por Pablo Fernandes.
Criado no âmbito do projecto sénior “Bem Me Quer”, o Miramulim - Grupo de Teatro Amador de Alte faz a sua estreia neste festival com a peça “Alte, Água e Vida”, uma criação colectiva coordenada por Pedro Monteiro, que terá lugar na Casa do Povo de Alte, no dia 12, às 21h30.
No encerramento deste evento, que acontece a 17 de Dezembro, o Grupo de Teatro Penedo Grande, de S. Bartolomeu de Messines, apresenta o espectáculo “O Marinheiro de Fernando Pessoa”, que terá lugar na Horta das Artes, pelas 21h30.

Ricardo Martins em Albufeira: ESPECTÁCULO MUSICAL “CAMINHEIRO DE MIM”


O cantor Ricardo Martins, que fez história no Festival RTP da Canção 2010, apresenta o seu mais recente trabalho no Auditório Municipal de Albufeira.
Na próxima Sexta-feira, dia 19 de Novembro, o Auditório Municipal de Albufeira recebe pelas 21h30, o espectáculo musical “Caminheiro de Mim”.
Ricardo Martins, participante do Festival RTP deste ano, lançou o seu segundo trabalho intitulado "Caminheiro de Mim". Segundo o cantor, este CD, composto por 11 músicas, insere-se dentro do género pop romântico, com algumas baladas.
Ricardo foi uma das revelações do Festival deste ano e o tema "Caminheiro de Mim" foi uma grande surpresa ao alcançar o 2º lugar no televoto do público. Foi um dos temas mais aplaudidos da noite com alguma sonoridade étnica, que alcançou no final o 7º lugar com 12 pontos.
O cantor, apresenta o seu novo cd ao piano, com Nuno Martins na Guitarra Acústica, no Baixo Ricardo Jorge Martins, nas teclas Messias Charneco e na Bateria José Candeias.

"FARO EMPREENDEDOR "



Tem início amanhã, dia 18 de Novembro, pelas 09h00, a iniciativa “Faro Empreendedor – Formação, Empreendedorismo e Emprego”, organizada pela AmbiFaro e pela Câmara Municipal de Faro. A iniciativa decorre até ao dia 20 de Novembro na Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo da Universidade do Algarve (E.S.G.H.T.), com várias oficinas, palestras, mesas redondas e debates.
A Sessão de Abertura realiza-se das 09h00 às 09h30, no Anfiteatro da E.S.G.H.T. com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Faro, O Reitor da Universidade do Algarve, o Director do Centro de Emprego de Faro e o Director da Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo da Universidade do Algarve e é aberta ao público em geral, sem necessidade de inscrição prévia.
Esta acção tem como finalidade fomentar o empreendorismo, divulgar saídas profissionais, oportunidades de emprego e promover a discussão sobre medidas de combate ao desemprego que se faz sentir na região. Nesse sentido, farão parte dos painéis de debate agentes económicos, associativos, académicos e técnicos especializados neste domínio.
No quadro de crise económica que assola o país, esta iniciativa que convoca a participação de agentes públicos e privados, envolvendo a Universidade do Algarve, para melhor formar, ensinar a empreender e a criar alternativas de emprego, constitui uma excelente oportunidade de aprendizagem que qualifica quem nesta actividade participar.

Em Lagoa: 'SCHUMANN' POR FRANCISCO BRAZÃO E FRANCISCO SASSETTI


o barítono algarvio Francisco Brazão

Francisco Sasseti

Recital de Canto e Piano no Auditorio Municipal de Lagoa – 1 de Dezembro


O já bem conhecido baixo-barítono Francisco Brazão e o conceituado pianista Francisco Sassetti vão estar presentes no Auditório Municipal de Lagoa, no próximo dia 1 de Dezembro, num recital de canto e piano, a assinalar o bicentenário do nascimento do compositor Robert Schumann.
Ao longo de 2010, o cantor Francisco Brazão tem vindo a homenagear Robert Schumann e seus seguidores, em cidades Algarvias e numa recente tour, que fez pela Escócia. Teve o prazer de ser acompanhado pelos pianistas André Piollanti e Joseph Fleetwood.
À semelhança destes Recitais, a Archimousiké, empresa produtora deste espectáculo, irá promover, na cidade de Lagoa, no próximo dia 1 de Dezembro, aquele que será um memorável espectáculo, proporcionada pela cumplicidade que o baixo-barítono Francisco Brazão e o pianista de renome Francisco Sassetti, apresentarão em palco.
Este espectáculo conta com o todo o apoio logístico do Auditório Municipal de Lagoa e do Município de Lagoa, e o patrocínio do Monte Santo, Suite Resort de cinco estrelas no Carvoeiro.
O objectivo é chegar junto de novos públicos, para dar a conhecer aquele que foi um dos grandes compositores do Romantismo.
Lagoa é a localidade onde o cantor Francisco Brazão já é reconhecido pelo seu talento e grande contributo na área coral.
Neste sentido, dirigimo-nos a V. Exa., com o intuito de solicitar disponibilidade na divulgação do referido evento.

INFORMAÇÕES SOBRE O RECITAL:

Uma das formas musicais mais apreciadas no período Romântico foi o Lied, palavra alemã que significa "canção". De entre os músicos que se dedicaram à composição de Lieder, durante a primeira metade do sec. XIX, destacou-se o compositor alemão Robert Schumann.
Com o intuito de comemorar os 200 anos do nascimento daquele grande compositor, o baixo-barítono Francisco Brazão e o pianista Francisco Sassetti juntaram-se para interpretar o ciclo de 16 canções 'Dichterliebe, op. 48' (Amor de Poeta, op. 48), composta em 1840, para voz solista acompanhada por piano.
No início da segunda parte do recital, os dois músicos prestam homenagem a um outro grande compositor emblemático do período Romântico na Europa: Maurice Ravel, aluno de composição de Fauré e fortemente influenciado por Liszt. Outras obras a apresentar evocam dois distintos compositores portugueses, nomeadamente Vianna da Motta, um dos últimos alunos de Liszt, e Luis de Freitas Branco, uma das mais importantes figuras da cultura portuguesa do sec. XX. Para completar este exigente e magnífico repertório, o pianista Francisco Sassetti interpretará a solo o sublime 'Claire de Lune', de Debussy.

BIOGRAFIAS

Natural do Algarve, Francisco Brazão é mestrando em Canto na ESART sob orientação da Professora Ana Ester Neves. Trabalhou com Armando Possante, Birgit Wegemann, Claire Vangelisti, Guillemette Laurens, Isabel Alcobia e João Lourenço.
Tem realizado recitais em Portugal e no Estrangeiro interpretando diversos lieder, mélodie, árias e duetos de algumas óperas.
Apresentou-se em ópera e em concerto em diversas cidades do País sob direcção de maestros como Gonçalo Lourenço, João Paulo Santos e José Carlos Oliveira. Interpretou o papel de Aeneas na ópera Dido and Aeneas de Henry Purcell, de Ariodate na ópera Xerxes de Händel, e de D. Parmenione em L’occasione fa il ladro de Rossini.
Estudou direcção com os maestros Artur Pinho, Cara Tasher, Eugene Rogers, Gonçalo Lourenço, José Filipe Guerreiro e Paulo Lourenço. Dirige o Coral Ideias do Levante e o Coro Internacional de Aljezur. Estudou Pedagogia com Edwin Gordon e Jos Wuytack, entre outros. Realizou diversas oficinas de Técnica Vocal para actores e cantores. Presentemente lecciona no Curso de Formação Musical no INUAF, em Loulé e no Curso Profissional de Artes do Espectáculo – Interpretação, na Escola Secundária Pinheiro e Rosa, em Faro.

Francisco Sassetti é natural de Lisboa, e iniciou os seus estudos musicais com Maria Fernanda Costa. Estudou ainda com Dinorah Leitão e Tãnia Achot. Na classe de Eugene Pridonoff da Universidade de Cincinnati (E.U.A) obteve o mestrado em Piano Performance (1995).
Francisco Sassetti tem-se destacado como um dos principais pianistas acompanhadores portugueses nos últimos 20 anos. Tendo iniciado a carreira de concertista em 1998 no Teatro S. Luíz em Lisboa, já se apresentou com a grande maioria dos principais cantores nacionais, por todo o país e ainda em Espanha, França, Bélgica, E.U.A., Alemanha e Uruguai.
Em 2006 apresentou-se com a Orquestra Sinfonietta num concerto de piano a quatro mãos de Malcolm Arnold , com Ilda Rodrigues e sob a direcção de Vasco Pearce de Azevedo e tem, nos últimos anos, colaborado com a Fundação Calouste Gulbenkian em diversos recitais para crianças como músico-actor. Apresenta-se também com o Côro Regina Coeli, o Côro do Teatro Nacional de S. Carlos, Coral Luísa Todi, Coral O Tempo Canta, Coral Lisboa Cantat, Côro da Universidade de Lisboa e Côro Públia Hortênsia.
Gravou com a cantora alemã Ute Lemper para o filme francês “Aurelien”, com Sandra Medeiros (3 canções de Emanuel Frazão), com Catarina Molder (“Cantar os Clássicos” 2009), com Ângela Silva e Paulo Guerreiro (“Brumas”, 2010) e ainda com Maria João um disco com música de Emanuel Andrade. Gravou por diversas vezes para a Antena 2 e ainda para a Rádio Clássica de Cincinnati. Prepara para 2011 a gravação de 2 cds com a cantora Catarina Molder.
É actualmente pianista acompanhador na Escola Superior de Música de Lisboa e na Orquestra Metropolitana de Lisboa.

Lagos assinou Protocolo de Cooperação com a Comissão Nacional da UNESCO

Núcleo Museológico do Mercado de Escravos foi inaugurado

A Câmara Municipal de Lagos e a Comissão Nacional da UNESCO celebraram, recentemente, um Protocolo de Cooperação com vista à criação do Centro UNESCO de Lagos.




O protocolo foi assinado pelos Presidentes da Câmara Municipal de Lagos e da Comissão Nacional da UNESCO, Júlio Barroso e Embaixador Fernando Andresen Guimarães, respectivamente. Esta iniciativa decorreu no 1º dia de trabalhos do Colóquio Internacional “A Herança do Infante”, iniciativa que integrou o VI Festival dos Descobrimentos.
A decisão foi tomada tendo em conta, entre outras razões, o facto da UNESCO (Agência especializada das Nações Unidas para a Educação, Ciência, Cultura e Comunicação) recomendar o desenvolvimento de parcerias, a nível nacional, entre as Comissões Nacionais da UNESCO e as instituições do Estado e da sociedade civil que prosseguem objectivos coincidentes com as áreas do seu mandato; o facto do Município de Lagos assumir-se como Cidade dos Descobrimentos, numa referência histórica às viagens de exploração lançadas pelo Infante D. Henrique a partir do barlavento algarvio as quais conduziram à abertura e globalização do mundo e o facto do Município ter desenvolvido actividades culturais relacionadas com a memória histórica e com o património cultural emergentes dos contactos que, desde então, os portugueses estabeleceram com outros povos e culturas não europeus.
Para o Presidente da Comissão Nacional da UNESCO, Fernando Andresen Guimarães, foi uma “satisfação assinar este protocolo para a abertura do Centro UNESCO de Lagos, até pelo passado histórico deste concelho”. Falando a propósito do tema discutido anteriormente no Colóquio, «História de um arrabalde durante os séculos XV e XVI: do“Poço dos Negros” à Gafaria de Lagos», o Embaixador voltou a relembrar a forma como os povos de então lidavam com a lepra, com a escravatura e com a questão das gafarias. Para o responsável da Comissão Nacional da UNESCO “é importante que Lagos assuma este passado uma vez que foi muito relevante para a história da cidade”. E a este propósito referiu a exposição, que estará patente no Núcleo Museológico de Lagos e que integra o Projecto “Rota do Escravo” da UNESCO.
Para o Presidente da Câmara Municipal de Lagos, este Protocolo significa “uma grande honra para Lagos ter sido escolhido por este parceiro para termos um Centro UNESCO. Lagos é uma cidade que não enjeita a sua história, ainda que nem tudo tenham sido rosas. Mas no tempo histórico em que tudo aconteceu Lagos brilhou no horizonte e é isso que se pretende dar a conhecer melhor”. E como referiu Júlio Barroso, “trabalhar em parceria com a UNESCO, que tem o seu nome reconhecido a nível nacional, é uma das melhores formas para o conseguir”.
O autarca terminou a sua breve intervenção expressando o desejo de que “este Centro UNESCO de Lagos seja uma satisfação para todos”, deixando a certeza de que “a autarquia tudo fará para dinamizar este espaço”.
De acordo com Protocolo assinado, e entre outras obrigações, a Câmara Municipal propõe-se criar um Centro UNESCO vocacionado para a abordagem histórica e cultural das relações estabelecidas entre Portugal e o Mundo, no passado, e suas representações nos tempos de hoje, que terá a sua sede no Edifício da Janela Manuelina.
Por seu turno, e em consonância com os princípios enunciados no Acto Constitutivo da UNESCO, serão atribuições do Centro UNESCO de Lagos colaborar ou cooperar com instituições locais, regionais ou internacionais, nas acções e realizações que têm ligação com os objectivos da UNESCO; suscitar e encorajar a defesa dos valores proclamados pela UNESCO, procurando e promovendo os meios eficazes para o efeito e contribuir para a promoção do exercício de uma cidadania mais consciente e participativa em torno das questões ligadas à liberdade e ao respeito da diversidade das expressões culturais, através da organização de exposições, da edição de materiais em suportes vários, apresentação e discussão de filmes e debates temáticos.
No final da cerimónia todos os presentes foram convidados a participar na Inauguração do Núcleo Museológico de Lagos, localizado na Praça do Infante, e que se encontra agora aberto ao público todos os dias (excepto segundas e feriados), das 9h30 às 12h30 e das 14h às 17h.


Núcleo Museológico do Mercado dos Escravos

Na exposição agora patente neste Núcleo Museológico procura-se explorar, culturalmente, a ligação de Lagos «dos Descobrimentos» à história do tráfico negreiro. São igualmente divulgados os dados históricos, relatados nas fontes documentais e enriquecidos pelos testemunhos recuperados nas escavações arqueológicas efectuadas no Parque de Estacionamento do Anel Verde. As paredes apresentam acabamentos diferentes: em dourado simbolizam o poder da coroa, responsável pelas empresas marítimas, o lucro obtido pelo comércio; em vermelho o sofrimento de quem é retirado violentamente do seu meio social e trazido para a Europa para fazer um percurso indigno de vida e de morte; em cartão de embalagem o tráfico de mercadorias, Lagos como entreposto comercial de uma Nova Era.
Esta exposição, que conta com o apoio do Centro Nacional da UNESCO e do Projecto “Rota do Escravo” da UNESCO, pretende mostrar: a inserção da escravatura no novo contexto económico das viagens de descobrimento da costa ocidental africana a Sul do Bojador; o escravo como mercadoria (incorporado nas tarefas quotidianas mas descartado sem dignidade); o fascínio pelo exótico no quotidiano dos lacobrigenses: evidenciado no gosto por consumir e possuir novos produtos e objectos que as viagens transoceânicas permitem [cerâmicas dos séc. XV-XVI, de Espanha, Itália, China,...] e a assimilação dos escravos negros pela sociedade da época: baptismo.
Exposição / Núcleos:

O contacto com a África sub-saariana
- Instalação alusiva aos 230 escravos negros da primeira leva de escravos africanos vendidos em Lagos na Era dos Descobrimentos. A madeira simboliza o porão do barco em que foram trazidos, correspondendo um escravo a cada uma das 230 cordas.
- Instalação com caixas de madeira: contêm os produtos africanos aos quais passámos a ter acesso desde que se iniciou a exploração comercial da costa ocidental africana.
- O fascínio pelo exótico sub-saariano permaneceu desde a Era dos Descobrimentos: espada cerimonial, esculturas de negros em madeira e uma presa de elefante. As peças procedem do Museu Municipal de Lagos.

O escravo como mercadoria
Aqui se apresentam moedas da Era dos Descobrimentos, com destaque para um pequeno tesouro escondido, e perdido, bem como objectos descartados na lixeira do Vale da Gafaria e recolhidos nas escavações arqueológicas: o esqueleto de um escravo negro (que depois de morto foi tratado como coisa sem utilidade), adornos inúteis e restos de loiças partidos.
A integração dos pretos e a evocação da memória da escravatura
Um espaço limpo, branco, que simboliza a progressiva incorporação dos antigos escravos na sociedade. Os pretos continuaram a desempenhar as tarefas que ninguém queria fazer, mas já eram aceites socialmente por terem sido baptizados, abraçando assim a religião dominante.
A Rota do Escravo é um projecto da UNESCO que pretende contribuir para o conhecimento da realidade do tráfico de escravos, e das suas múltiplas consequências, ao longo dos séculos. Simultaneamente, ao destacar o intenso movimento de trocas entre povos, culturas e civilizações a que o tráfico de escravos deu origem, o projecto pretende contribuir para um activo diálogo intercultural entre as áreas geográficas tocadas pela escravatura, bem como para uma cultura de paz e coexistência pacífica entre os povos.
Recorde-se que, a partir de 1444, Lagos passou a receber todos os anos carregamentos regulares de escravos, que eram normalmente capturados em razias ou adquiridos por troca na costa ocidental de África. Utilizados em trabalhos pesados e em tarefas domésticas, os escravos africanos, a partir de então, passaram a fazer parte da paisagem humana portuguesa, que marcarão de forma profunda. O edifício do Mercado de Escravos, em Lagos, perpetua a memória desse tráfico de seres humanos, que também abastecia outras regiões portuguesas, e que estaria centralizado na Casa da Guiné, em plena zona ribeirinha.

VATe - Serviço Educativo estreia "A Tempestade", em Alcoutim




O VATe - Serviço Educativo da ACTA dá início à tournée escolar com o espectáculo de marionetas "A Tempestade" de William Shakespeare no próximo dia 23 de Novembro, em Alcoutim. Durante os meses de Novembro e Dezembro este espectáculo irá de autocarro visitar as escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico da região do Algarve.
Inspirado na última peça escrita pelo dramaturgo inglês William Shakespeare, o espectáculo “A Tempestade” conta-nos a história do Duque Próspero que, após ter sido expulso do seu reino e lançado no mar num batel sem vela nem mastro, com a sua filha Miranda, chega a uma ilha onde vai residir e a mandar.
Que ilha é esta onde Próspero e Miranda vivem?
Todas as “ilhas” onde nos refugiamos para pensar, julgar, disputar, estabelecer a ordem. Quantas “tempestades” tem o Homem levantado, jogando o jogo do poder? A que custo?
Aparentemente tudo está solucionado. Próspero tanto nos poderá parecer admirável e bondoso como déspota, vingativo e manipulador.
Próspero é um homem sábio e vai recorrer às suas “artes mágicas” para fazer sonhar. O Teatro ainda tem esse poder!
A encenação é Jeannine Trévidic de e a concepção das marionetas de Carla Dias, a interpretação fica a cargo de Jeannine Trévidic e de Carla Dias e a operação de luz e som é realizada por Luisa Gonçalves.
O espectáculo tem a duração de 30 minutos, e é seguido do atelier “Dos Cotovelos para baixo”. Este atelier refere-se ao espaço no nosso corpo que vai do cotovelo até à ponta dos dedos. É neste pedaço de corpo que nos vamos concentrar. No topo, a seguir ao pulso, está a mão. A mão não serve só para agarrar ou calçar uma luva. As mãos podem ter vida própria, transmitir sentimentos, ter algo importante para dizer. Elas não são todas iguais, as minhas são diferentes das tuas, mesmo a minha mão direita não é igual à minha mão esquerda. Partindo das características das personagens da peça “A Tempestade” vamos trabalhar sobre a diferença, sobre as nossas qualidades e defeitos, vestindo as nossas mãos com luvas de diferentes feitios e imaginando que têm roupas, caras e personalidades diversas.

Câmara de Faro combate a Doença das Palmeiras


A Câmara Municipal de Faro, em face de informação imprecisa que tem sido veiculada a respeito das medidas tomadas para controlo e erradicação da praga do escaravelho das palmeiras, vem tornar público o seguinte:
1. O escaravelho das palmeiras é um insecto que vive e se alimenta no interior do tronco desta. Tem preferência pela Phoenix canariensis - palmeira comum em Portugal com tronco grosso em forma de ananás mas pode atacar outras espécies. Os danos produzidos são tão graves que findam a vida da palmeira hospedeira. Para além disso, estes insectos gozam da aptidão de sustentar voos contínuos de longa distância entre 4- 5 km, pelo que a sua propagação é crítica de conter, como se tem observado pela sua difusão na faixa costeira algarvia.
2. A FAGAR, em estreita articulação com a autarquia, estabeleceu como prioritário o combate a esta praga. Têm garantido um apertado plano de vigilância às palmeiras na identificação dos sintomas da doença e prepararam atempadamente um plano de ataque em que avulta a aplicação regular de produtos de acção preventiva e curativa.
3. O método que tem oferecido mais garantias de êxito no tratamento de cada palmeira, e que quando aplicado num estágio inicial da praga pode consentir a sobrevivência da planta, é o que consiste na pulverização por inundação da coroa de um produto biológico à base de nemátodos. O tratamento, sem garantia de sucesso, dura pelo menos 2 anos e apenas oferece resultados visíveis ao fim de 9 meses.
4. A Fagar trata todas as palmeiras, independentemente de estas apresentarem sinais de infestação e está nesta altura a executar a aplicação do insecticida que compreende a fase de preparação e pulverização, que pode custar entre 100 a 250 euros por palmeira, dependendo da altura desta e dos meios utilizados. Já foram empregues cerca de 29.000 € nestes tratamentos e serão necessários mais 36.000 € para proceder à limpeza, corte e incineração das 70 palmeiras já identificadas como irrecuperáveis.
5. Das cerca de 400 palmeiras existentes no concelho estima-se que 100, na melhor das hipóteses, tenham que ser removidas. Estamos a envidar todos os esforços para atenuar o cataclismo ambiental que esta praga acarreta, já que esta espécie é um marco identitário da cidade e do concelho pelo que merece o esforço financeiro que esta intervenção demanda.

«DIA DO NÃO FUMADOR» - 17 DE NOVEMBRO


Assinala-se a 17 de Novembro uma efeméride que importa a toda a Humanidade, o «Dia Mundial do Não Fumador», nela convergindo mesmo aqueles que são fumadores, já que, directa ou indirectamente exercem os efeitos da sua nefanda acção sobre todos, transformando-os em «fumadores passivos».

Conhecidas são, com milhões de mortes pelas doenças provocadas, as terríveis consequências do tabagismo e que não obstante todas as determinações, campanhas educativas e sensibilizadoras, custos, etc. prossegue com esse cortejo terrível de tragédia, dor, sofrimento e elevados gastos aos erários público e privado.

Recordo que o tabagismo é considerado pela Organização Mundial de saúde (OMS) a principal causa de morte em todo o Mundo, considerando tratar-se de «um grave problema de saúde pública, constituindo o tabaco uma terrível droga, provocando, como tal, acentuada dependência».

Reconheço, com a oportunidade plena que a comemoração deste «Dia Mundial do Não Fumador» faculta, o texto directo que a peça do dramaturgo russo Anton Tchekov, «Os malefícios do tabaco», refere.

Assume que a desabituação da nicotina é difícil, mas na defesa da saúde mental, física e económica dos fumadores e, com um significado e uma justiça social plena e destacada para os não fumadores, é preciso, cada dia com mais veemência, prosseguir a campanha educativa e sensibilizadora para se atenuar, cada vez mais, os nocivos efeitos, deste vício avassalador.

A GOVERNADORA CIVIL

ISILDA VARGES GOMES

“LESS THAN BEAUTY”: ALEXANDRE SEQUEIRA LIMA EXPÕE EM LOULÉ



É inaugurada no próximo sábado, 20 de Novembro, pelas 18h00, na Galeria de Arte do Convento Espírito Santo, em Loulé, a Exposição de Pintura “Less than Beauty”, de Alexandre Sequeira Lima, que estará patente ao público até 31 de Dezembro.

“A poeira das estrelas rir-se-á dos nossos rituais tribais e a arte continua a ser a nossa maior herança para os nossos herdeiros mutantes e transfigurados”, refere o artista.

No âmbito desta Exposição, realizam-se Ateliers Educativos integrados no Projecto “Conhecer pela Sensação” que visam a sensibilização dos jovens estudantes do ensino básico e secundário para uma aprendizagem artística que complemente o seu desenvolvimento psicossocial valorizando a sua autonomia criativa indissociável de uma fruição pedagógica escolar.

As actividades compreendem uma visita guiada ao espaço expositivo sendo o seu visionamento o ponto de partida e um estímulo para a realização de actividades criativas no domínio da expressão oral e gráfica num espaço configurado como atelier.

Cada sessão terá a duração de duas horas, estando limitadas a um número máximo de 15 participantes.

Para o público em geral, a Exposição “Less than Beauty” pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 17h30, e aos sábados e feriados, das 10h00 às 14h00. Encerra aos domingos.