sábado, 25 de junho de 2011

NOVO SALVA-VIDAS NA RIA FORMOSA

O velho posto (inaugurado em 1937) do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN)do núcleo do Farol, junto à barra Faro/Olhão (Cabo de Santa Maria), recebeu ontem uma moderna embarcação salva-vidas.

o autarca Macário Correia e o vice-almirante Cunha Lopes (ao centro) acompanhados das restantes autoridades marítimas

Na apresentação do novo salva-vidas, presidida pelo vice-Almirante Cunha Lopes, diretor-geral da Autoridade Marítima, Algarve Press foi o único órgão de Comunicação Social presente. A cerimónia contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Faro, Macário Correia, dirigentes das associações de moradores dos núcleos dos Hangares, Farol, Culatra e Armona, bem como das associações de armadores e pescadores de Olhão, IPTM e Cruz Vermelha Portuguesa

o vice-almirante Cunha Lopes fez a entrega do livrete da embarcação ao capitão do Porto de Olhão, Ricardo Arrabaça, sob o olhar atento dos líderes das associações de moradores dos Hangares, Custódio Santos, e da Culatra, Sílvia Padinha.

O vice-Almirante Cunha Lopes destacou na ocasião que "esta embarcação salva-vidas faz parte de um grupo 5 embarcações, construídas em Vila Nova de Cerveira, representa um significativo esforço de de investimento público no dispositivo de salvamento marítimo".
"Este programa conta já com 3 embarcações salva-vidas de grande capacidade, da classe "vigilante", um das quais a operar a partir de Sagres, e de várias outras embarcações semi-rígidas de salvamento marítimo, contando 10 embarcações de 8,60 metros, como esta, totalmente equipas e preparadas para operar em qualquer estado do mar. A região do Algarve, a partir de hoje (ontem), dispõem, assim, no seu dispositivo de segurança marítima de duas embarcações deste tipo, estando a outra ao serviço na ESV de Ferragudo", explicou Cunha Lopes.

O SACERDOTE DE FARO BENZEU A EMBARCAÇÃO


marinheiros e restantes entidades atentos á cerimónia

o sub-diretor do Instituto de Socorros a Náufragos e representantes da Autoridade Nacional de Protecção Civil também estiveram presentes no acto. A nova embarcação foi benzida pelo Vigário Geral da Diocese de Faro.

a tripulação,orgulhosa da nova embracação


Com 8,60 metros de comprimento (mais dois que a antiga) e dois motores fora de borda com 200 cv cada, a nova embarcação está preparada e equipada para operar em qualquer estado do mar e, ao contrário da anterior, tem capacidade para receber uma maca para transporte de doentes das ilhas-barreira ou náufragos na Ria Formosa ou Oceano Atlântico, sendo que o comando local tem um piquete diário (24 horas).

na ocasião também foi mostrada uma nova moto-4, para apoio ás praias

Durante a cerimónia, aproveitando para apelar à prática de "novas atitudes e comportamentos que assegurem uma cultura de segurança" por parte de pescadores e outros utilizadores da Ria, com motivos de lazer ou desportivos, nomeadamente na "utilização dos coletes de salvação", o vice-almirante fez a entrega do livrete da embarcação ao capitão do Porto de Olhão, Ricardo Arrabaça.
Já em jeito de recado interno, Cunha Lopes salientou: "A Polícia Marítima (PM) não pode ser vista pelas comunidades ribeirinhas apenas como um órgão que exerce medidas cautelares, executa procedimentos de inquérito, impõe sanções e exerce o policiamento, mas outrossim, um órgão da Autoridade Marítima preparado, técnica e sobretudo operacionalmente,para apoiar na execução de acções próprias dos órgãos locais da Autoridade Marítima, nas quais se incluem as acções de auxílio e socorro".
Por outro lado, dirigindo-se ao edil Macário Correia, o vice-almirante manifestou "total disponibilidade" para apoiar o protocolo que as Câmaras de Faro e Olhão pretendem estabelecer com a Autoridade Marítima para, em conjunto, se operacionalizar a utilização da embarcação-ambulância "Ria Solidária", garantindo um serviço de emergência médica ás populações residentes nas ilhas da Ria Formosa. Uma novidade claramente bem aceite por Macário Correia.
Ainda sobre a embarcação inaugurada ontem, tem como principais missões o socorro a náufragos no mar, numa área entre Vilamoura e a barra da Fuseta, mas também a retirada médica em casos de urgência das populações residentes e veraneantes nas ilhas-barreira, núcleos habitacionais da Armona, Culatra, Hangares, Farol e Barreta.

M.L. - t e f