terça-feira, 16 de novembro de 2010

ANDEBOL SENIOR MASCULINO: AO VENCER, O DERBY ALGARVIO, O VELA DEU UM PASSO EM FRENTE




Nacional da 3ª. Divisão – Zona Sul- CLUBE VELA TAVIRA, 24 – LAGOA A. C., 19
Foi uma partida jogada em bom ritmo, com a equipa da casa a dominar desde o início, sem estar em causa a qualquer momento o resultado final. O guarda-redes, Nuno Vicente esteve ao seu nível e quando substituído por Cláudio Carmo, a baliza esteve sempre bem guardada. Na frente, Abel Nunes não falhou os livres de sete metros. Carlos Abraúl, Nuno Ribeiro e Aliú Djaló afinaram a pontaria. Nos visitantes sobressaíram Pedro Silva e Ruben Rosário. Ao intervalo a equipa da casa vencia por 12 – 9.
“Não foi um jogo bonito, reconheceu o Professor, Hélder Leal, treinador da equipa tavirense, mas foi um jogo ponderado, onde o mais importante era os três pontos e esses conseguimos. Poupamos o Vladimir, que esteve no banco pronto para entrar caso fosse necessário, por estar “tocado” do treino de ontem. Temos no próximo sábado uma deslocação difícil ao Pavilhão do Torrense, não sei o resultado de hoje, porque jogam mais tarde, mas estamos empatados em número de pontos. Os meus jogadores estão a trabalhar bem e concentrados para os próximos jogos. O público continua a apoiar-nos, cada vez em maior número porque estamos a ter bons resultados. Ainda espero voltar a ver aqui, o saudoso, oitavo exército”.
Com esta vitória, o Vela passou a liderar com 19 pontos, seguindo-se o Torrense, com 17.
Arbitragem positiva.

Geraldo de Jesus

FICHA TÉCNICA

Pavilhão Municipal de Tavira
Árbitros: Nuno Santos e Nuno Gonçalves
Clube de Vela: Nuno Vicente, Aliú Djaló (3), Saul Assis (2), Abel Nunes (4), Duarte Ribeiro (4, Carlos Abraúl (6), Luís Palmilha (2), João Catarino (1), Hugo Santos, João Palhinha (1), Vladimir Bolotskikh, Gueorgui Kovatchky, André Sousa (1) e Cláudio Carmo.
Treinador: Professor, Hélder Leal
Lagoa A. C.: Daniel Jorge, Fábio Sequeira (1), Miguel Lamy, Ruben Rosário (7), Tiago Gonçalves (1), Tiago Pita, Pedro Diogo, Tiago Gomes (1), Pedro Silva (6), Alexandre Ascensão, Jorge Bravo, Marco Fernandes, Daniel Santos (3) e João Pedro
Treinador: Jorge Dias

Presidente da República prestou homenagem ao Infante D. Henrique em Lagos





O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, esteve no passado dia 13 de Novembro, em Lagos, e presidiu à cerimónia protocolar que decorreu no âmbito da Celebração dos 550 Anos Sobre a Morte do Infante.
A cerimónia, que teve lugar na Praça do Infante, contou com a presença de individualidades regionais e nacionais, nomeadamente autoridades civis e militares, o Duque de Bragança e o Bispo do Algarve.
O Presidente da República chegou à Praça do Infante às 16h00, tendo sido acompanhado até à Tribuna de Honra pelo Chefe de Estado-Maior da Armada, Almirante Fernando Melo Gomes, e pelo Presidente da Câmara Municipal de Lagos, Júlio Barroso, ao que se seguiu o momento das honras militares e da deposição de coroas e homenagem junto à Estátua do Infante.
O Presidente da Câmara Municipal de Lagos foi o primeiro a intervir na cerimónia, começando por lembrar que “nesta data, 13 de Novembro de 2010, passam exactamente 550 anos sobre o desaparecimento dessa figura maior da História de Portugal que foi o Infante D. Henrique. Com efeito, foi a 13 de Novembro de 1460, na sua vila de Sagres, que faleceu Dom Henrique. Nesse mesmo dia, o seu corpo foi trasladado para a Igreja de Santa Maria em Lagos (não esta que se encontra nesta praça, mas a antiga, situada no interior do núcleo primitivo deste centro histórico, arrasada pelo terramoto de 1755). Só algumas semanas mais tarde, já em 1461, os seus restos mortais seriam finalmente sepultados no Mosteiro da Batalha. Assim como esteve ligado à vida do Infante, o município de Lagos também na morte o acolheu”.
Recordando que “Henrique, o Infante, destacou-se sobretudo como um líder, um estratego, um comandante e um empreendedor esclarecido, que soube organizar homens e meios, traçar metas e objectivos, enfrentar desafios e obstáculos, conseguindo resultados inovadores e multiplicadores” Júlio Barroso afirmou que esta acaba por ser “uma verdadeira lição de empreendedorismo de sucesso para os tempos de crise que correm.”
Lembrando ainda as raízes e da educação do Infante, o autarca lacobrigense aproveitou para sublinhar ainda outra lição dos tempos henriquinos: “sem um investimento sólido na cultura e na educação, é muito mais difícil vencer desafios e obstáculos, pois falta o conhecimento, os hábitos de trabalho, a capacidade, a imaginação e a auto estima necessários para se ultrapassarem os problemas de forma criativa e inovadora. É, pois, de toda a justiça e com toda a legitimidade histórica que os municípios das «Terras do Infante», em parceria com o município da Batalha, com o alto patrocínio do Governo da nação e do mais alto magistrado da nossa democracia, convoquem todos os portugueses a evocar a figura do Infante Dom Henrique e o que ela representa”.
Já a terminar a sua breve intervenção, Júlio Barroso, reforçou que “sem saudosismos, saibamos ter orgulho nesse passado tão rico de progresso e de vontade de vencer. Honremos, no presente e no futuro, o legado de pioneirismo e espírito empreendedor, que, com determinação, esforço e coragem permitiu ultrapassar bojadores e adamastores, fazer calar velhos do Restelo e dar a conhecer novos mundos ao mundo. E possamos todos juntos ajudar a cumprir Portugal, e, com Fernando Pessoa, repetir: «Valeu a pena? Tudo vale a pena se a alma não é pequena!»”
Seguiu-se a alocução do Presidente da República, que aqui se transcreve na íntegra:
“No dia em que se completam 550 anos sobre a morte do Infante D. Henrique, reunimo-nos em memória do Navegador. Nós, portugueses, bem sabemos de quanto lhe somos devedores.
A sua presença é ainda hoje sentida em todo o Portugal e, em singular medida, nas Terras do Infante. Recordo a homenagem que lhe prestei quando decidi, como Primeiro-Ministro, dar o nome de Infante de Sagres à auto-estrada que liga o Algarve ao resto da Europa. Quis, com este gesto, continuar a rota do Infante D. Henrique, que daqui abriu Portugal ao mundo.
Lagos foi o berço de um sonho que extraiu mundos do mar. Destas praias partiram as caravelas do filho de D. João I. As mesmas caravelas que depois retornavam com novas das terras e dos homens desconhecidos.
Navegadores, cientistas e mercadores de “desvairadas nações de gentes tão afastadas do nosso uso”, todos eles, assinalava Gomes Eanes de Zurara, ansiosos “de ver a formosura do mundo”, povoavam estas ruas onde se ouviam falares exóticos e se discutiam os feitos dos homens de D. Henrique.
Escutavam-se os relatos das últimas viagens. Estudavam-se as cartas e as rotas, os céus e os mares. Questionavam-se as certezas da sabedoria medieval.
Astronomia, matemática e geometria conjugavam-se para produzir os conhecimentos práticos que tornavam possível a próxima viagem, aquela que permitiria ir um pouco mais além. Assim se cumpriu a ambição do Infante, indo sempre um pouco mais além.
Nos primeiros tempos foi necessário ultrapassar as amarras da lenda e do medo e superar os estreitos limites do saber fundado na autoridade.
A vontade foi mais forte que a lenda e o medo e mostrou que navegar podia ter ida e volta, ao contrário do que dizia a tradição do Mar Tenebroso.
Poderá um só indivíduo mudar o curso da história? Terá um único ser humano a possibilidade de instaurar algo de novo na vida de todos os outros seres humanos? E de assim afectar o destino de todo um povo?
Um indivíduo pode ser a força vital por trás de certos acontecimentos que mudam a história. Aquele cujo sonho amadurece no tempo certo.
Marinheiro e missionário, sonhador mas prático, movido por ideais de cavalaria e pela vontade de saber, foi um ser humano com todas as suas contradições, colocado numa situação extraordinária. Ou, indo mais fundo, foi um ser humano que, pelo peso da sua personalidade, fez extraordinária a situação que viveu. Porque não se limitou a sonhar e passou à acção.
O Infante não aceitou nunca os limites que a terra nos queria impor. E, por isso, encontrou no mar um destino. Para nós foi, acima de tudo, o descobridor da vocação atlântica de Portugal.
Quando começou, todos os problemas estavam por resolver. Dele foi o primeiro empreendimento pensado, organizado e, sobretudo, duradouro. Por quarenta anos se navegou em nome de D. Henrique.
Foi um empreendimento longo, que soube inspirar com temeridade e pertinácia.
É reconhecido por todos como o primeiro grande impulsionador das viagens de exploração marítima. Estendeu os limites do mundo e foi também o autor moral de uma das maiores transformações a que a humanidade assistiu.
Na Europa nada se sabia ao certo dos mares, nem das terras, nem das gentes. Antes dele, a dispersão, o isolamento. Depois dele, a descoberta mútua e o deslumbramento causado pela diversidade dos modos de vida e pela compreensão da unidade essencial do homem.
Foram dados os primeiros passos, os decisivos porque mais difíceis, para promover a união dos ramos separados e distantes da grande família humana. Pela primeira vez, a história tornou-se história universal.
São justas e devidas as palavras que Fernando Pessoa dedicou ao Príncipe do Mar:
O único imperador que tem, deveras, O globo mundo em sua mão.
Nada representa melhor esse mundo novo que amanhecia do que a estória das primeiras crianças nascidas nas ilhas atlânticas, os gémeos filhos de Gonçalo Aires Ferreira, servidor da Casa do Infante e um dos primeiros povoadores insulares.
Ao menino foi-lhe dado o nome de Adão e o de Eva à menina, como se aquelas crianças fossem os símbolos de um recomeço, de uma nova idade do homem na terra.
A nova idade em que todos os povos começavam a estar em contacto, partilhando ideias e valores, promovendo a troca de conhecimentos e de bens.
Sabemos hoje que o encontro de povos e de culturas oferece oportunidades sem fim. Mas também sabemos que esse encontro pode ser um confronto.
Uma cultura viva e fiel às suas origens, uma cultura que fomente a criatividade na ciência, na economia, na arte, na espiritualidade, faz desse encontro um impulso criador que dá forças para vencer.
De D. Duarte, o irmão do Infante que foi Rei, ouviram-se palavras avisadas no Leal Conselheiro:
“A barca firme e segura e forte e bem aparelhada, o estado das virtudes é, em que mui poucos perecem e podem navegar seguramente e passar sem perigo pelas ondas da tormenta deste mundo a porto seguro.”
Contra ventos e marés, sei que seremos capazes de arribar a porto seguro. Assim saibamos navegar e, como venho insistindo, tirar partido do mar.
Mas falta largar do cais. Falta, para ir mais além, ter de novo a visão e a capacidade para decidir dar os primeiros passos de um empreendimento secular.
Temos, de novo, de colocar o mar no nosso futuro, como do fundo do passado D. Henrique sonhou para todos nós, que habitámos estes 550 anos.
Celebremos o nosso Henrique Navegador, com o coração aparelhado para que se cumpra Portugal.”
Depois do momento das alocuções, o Presidente da República e convidados dirigiram-se ao Núcleo Museológico do Mercado de Escravos, para conhecer a exposição aí patente. Mais tarde Aníbal Cavaco Silva esteve no Centro Cultural de Lagos, onde visitou a Exposição Retratos do Infante Dom Henrique, patente até ao final do ano, e assistiu à ante-estreia da peça sinfónica “Suite das Descobertas”, cuja autoria é do compositor Armando Mota, tendo sido executada pela Orquestra do Algarve, sob a batuta do maestro Osvaldo Ferreira.
Recorde-se que a Celebração dos 550 Anos Sobre a Morte do Infante foi uma iniciativa conjunta da Associação de Municípios “Terras do Infante” (Aljezur – Lagos – Vila do Bispo) e do Município da Batalha.

Porque Tristezas Não Pagam Dívidas: ALBUFEIRA PREPARA FIM-DE-ANO EM GRANDE





Na contagem decrescente para mais um fim de ano, a autarquia de Albufeira irá apresentar o programa que marcará a passagem de 2010 para 2011. A Praia dos Pescadores volta a ser palco de um evento que se conta entre os maiores do país. O concelho de Albufeira foi pioneiro no Algarve neste tipo de eventos que constituem hoje, um forte motivo de atracção de turistas fora da época de Verão.
A apresentação do Programa de Fim de Ano 2010/2011 decorrerá esta 6ª feira, 19 de Novembro. A autarquia prepara uma apresentação pública destinada a entidades oficiais, imprensa empresários e parceiros, e que decorrerá no Restaurante – Bar Sétima Onda, a partir das 18h30.
O fim de ano em Albufeira é hoje um dos principais eventos do género em todo o país. Nos últimos anos, a autarquia tem apostado num conjunto de actividades que visam preencher diversos momentos daqueles que visitam Albufeira nesta época do ano. Este ano, a Praia dos Pescadores manter-se-á como o grande palco para acolher as celebrações da noite de passagem de ano.
Refira-se que os estudos de retorno económico demonstram que o evento tem um impacto de cerca de 10 milhões de euros na economia local. Na actual conjuntura, a autarquia vai reduzir o investimento de forma significativa. A solução passará pela criação de uma parceria abrangente que resultará num formato diferente daquilo que tem vindo a ser apresentado. Apesar da redução em matéria orçamental, está prometida uma grande campanha mediática de promoção ao destino Albufeira.
A partir do final do dia, e logo após a apresentação oficial, os canais online farão uma primeira divulgação do programa. Os mais curiosos poderão visitar a página albufeira.pt ou acompanhar as novidades através do Facebook.

Semana da Reflorestação Nacional em Tavira


O Município de Tavira aderiu à Semana da Reflorestação Nacional, a qual terá lugar, de 23 a 28 de Novembro. Em Tavira, a campanha de plantação está agendada para os dias 23 e 27, no Parque de Lazer da Mata da Conceição.

Prevê-se a participação de 45 alunos da Escola D. Paio Peres Correia, no dia 23, bem como de 70 guias e escuteiros, no dia 27.

Numa iniciativa do Movimento Plantar Portugal (MPP), este projecto visa contribuir para a conservação da natureza, biodiversidade e uso racional dos recursos naturais em benefício dos cidadãos de hoje e das futuras gerações.

O seu significado não passa, unicamente, pelo gesto de plantação de árvores, favoráveis à manutenção do equilíbrio natural, mas também pela motivação à alteração de comportamentos e atitudes que tendem a agravar a tendência repressiva sobre os bens essenciais à vida humana e do planeta.

O Movimento Plantar Portugal, ao qual a Câmara Municipal se associa, trabalha “para que as pessoas tenham a oportunidade de se aproximar da floresta, de a poder vivenciar, observar, plantar e proteger.” Neste sentido, o papel dos municípios portugueses é crucial no estímulo à participação activa da sociedade, uma vez que a concretização deste género de acções proporciona o equilíbrio entre a população e os ecossistemas.

Governadora Civil de Faro reconhece que "Algarve-100 Anos de República, 100 Personalidades" é homenagem obrigatória aos que prestigiaram a região





“Os cidadãos são o que temos de melhor e os que têm construído este Algarve merecem de todos nós um profundo respeito e uma profunda admiração”, referiu ontem à noite a Governadora Civil de Faro, Isilda Gomes, durante a apresentação do livro “Algarve-100Anos de República, 100 Personalidades (1910-2010)”.
Para a Governadora Civil, promotora desta publicação que assinala as comemorações do Centenário da República, a obra escrita em co-autoria pelo professor António Rosa Mendes e o jornalista Neto Gomes, pretende constituir-se como uma homenagem às mulheres e homens que, independentemente da sua naturalidade e origem, contribuíram de forma exemplar para a afirmação do Algarve no contexto nacional.
“Não é fácil encontrarmos uma compilação onde estejam reunidos cidadãos de todos os quadrantes da sociedade em perfeita harmonia e isto significa que todos nós temos um lugar na história e um papel fundamental na construção de uma sociedade”, considerou Isilda Gomes, sublinhando que dar um lugar à história é construir um futuro.
No Salão Nobre, onde a apresentação da obra foi antecedida pela interpretação do Concerto da República pelo Coral Ossónoba, a Governadora Civil salientou ainda que a publicação deste testemunho histórico surge num momento em que, a determinação e coragem dos homenageados, constitui um estímulo que pode ajudar os portugueses e os algarvios a enfrentarem as dificuldades actuais.
“Numa altura em que Portugal está a passar por algumas dificuldades, trazemos aqui à memória mulheres e homens que, com muita luta e trabalho, ajudaram e continuam a ajudar a construir Portugal e a fazer do Algarve uma região cada vez maior e melhor e este é um exemplo que nos dá ânimo e estímulo para, também nós, darmos o nosso contributo a essa causa”, referiu Isilda Gomes.
Durante a cerimónia, que contou com a presença de homenageados, bem como de familiares e amigos de algumas das 100 Personalidades seleccionadas pelos dois autores do livro, a Governadora Civil elogiou o trabalho de investigação desenvolvido pelo professor Rosa Mendes e o jornalista Neto Gomes, tendo realçado que esta é uma obra incompleta apenas pela omissão de muitas outras centenas de cidadãos que contribuíram e contribuem para engrandecer o Algarve.
“Todos os cidadãos são imprescindíveis na nossa sociedade”, afirmou Isilda Gomes, para quem a publicação de “Algarve – 100 Anos de República, 100 Personalidades”, para além de uma homenagem a importantes figuras da região, representa também o reconhecimento obrigatório do Algarve a todos os que dedicaram e os que continuam a dedicar as suas vidas à valorização de uma região cada vez mais justa e solidária.
Uma região que, segundo o professor Rosa Mendes, “não é tão pobre como por vezes querem dar a entender”, e onde os seus cidadãos merecem o devido respeito e consideração.
“Nestes últimos cem anos e nos outros cem que se irão seguir, nós algarvios, temos dado grandes exemplos de cidadania”, referiu Rosa Mendes durante a cerimónia de apresentação da obra, a qual, salientou, estando “longe de ser perfeita”, simboliza os verdadeiros valores da República.
Para um melhor conhecimento das 100 Personalidades que integram o livro, o jornalista Neto Gomes fez, por sua vez, questão de apresentá-las individualmente, salientando os principais aspectos da vida pessoal e profissional de cada um dos homenageados, de origens e actividades tão diversas como as de pescador, médico, político, industrial, escritor, empresário, religioso, militares, desportista, pintor, historiador e investigador, entre outras.
“São cem, mas faltam vocês” diria o co-autor da obra a concluir a apresentação dos homenageados que, refere na nota introdutória do livro assinada em parceria com Rosa Mendes, “foram fundamentais no combate ao cinzentismo (.) e que nas diferentes áreas de intervenção tudo fizeram para o prestígio do Algarve e do País”.
Por sua vez os Presidentes da Assembleia Municipal de Faro e da Câmara Municipal de Faro, respectivamente, Luís Coelho e Macário Correia, elogiaram o Governo Civil de Faro pela publicação desta obra histórica, que constitui um tributo da região às muitas personalidades que ajudaram e ajudam o Algarve a evoluir rumo ao progresso e a um futuro promissor para as novas gerações.

Gyotaku: Técnica Japonesa na Biblioteca Municipal de Tavira


No dia 19 de Novembro, pelas 18 horas, decorre, na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos, a palestra Gyotaku, por Rachel Ramirez.
Trata-se de uma acção dedicada às origens e à história de uma técnica de gravação de imagens japonesa chamada Gyotaku. Há mais de um século atrás, os japoneses, com a intenção de recordar o resultado das pescarias, cobriam os peixes com tinta e pressionavam uma folha de papel de arroz sobre eles.
O desenvolvimento e uso da técnica, os materiais e a estética, espalhados por todo o mundo, são alguns dos aspectos abordados na conferência. A forma como esta técnica alia a arte e a ciência possibilita o conhecimento acerca da conservação do meio marinho, assim como das práticas e do uso de materiais amigos do ambiente.
Gyotaku é uma palavra japonesa que traduzida literalmente quer dizer "peixe" (gyo) e "impressão" (taku). Apesar da impressão de peixes ter tido a sua origem, no Japão, em meados de 1800, os primeiros esboços de gyotaku foram concebidos, durante a era Tokugawa, com o objectivo de celebrar a apanha de peixes para uma festa de Lordes Samurais.
Esta técnica foi implementada a nível internacional, nos anos 50, e, neste momento, é utilizada por todo o mundo, inclusive por estudantes, praticantes de pesca desportiva, biólogos marinhos, cientistas, artistas e ilustradores.
Ainda no decurso desta acção, está patente até dia 20 de Novembro, na Casa 5, uma exposição de Rachel Ramirez subordinada a este tema.

Dados BiográficosRachel Ramirez nasceu a 18 de Fevereiro de 1965, em Kowloon, Hong Kong (Japão) e, actualmente, vive, em Olhão, onde faz trabalhos a duas e três dimensões.
Licenciou-se em Belas-Artes, no Central St. Martins College of Art, de Londres (1989-1992) e obteve o mestrado em Belas-Artes, no Royal College of Art, também de Londres (1992-1994). Estudou, ainda, em Berlim e no Japão, através de duas bolsas de estudo que lhe foram concedidas. A sua tese de doutoramento, na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto intitula-se “Gyotaku: it´s Origins and Relationship with Art and Science”.
Desde 2006, que é membro da Nature Printing Society, organização internacional dedicada à educação, história e prática da arte de gravação natural.
Nos últimos anos, fez exposições individuais em vários países, nomeadamente, Portugal, Reino Unido, Japão, Estados Unidos da América, Finlândia e Argentina. Além disso, alguns dos seus trabalhos figuram em colecções privadas na Bélgica, Cuba, Alemanha, Grécia, Japão, Holanda, Espanha, Suíça, Portugal, Reino Unido, Estados Unidos da América e em colecções públicas nestes três últimos países.