quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Monchique reforça Prevenção dos Fogos Florestais durante o mês de Setembro com mais duas equipas de vigilância e primeira intervenção

A Câmara Municipal de Monchique, apesar da redução de ignições na área do território municipal, mas preocupada com o elevado risco de incêndios, reforçou a prevenção e vigilância aos Fogos Florestais durante o mês de Setembro.
Para além da constituição de mais uma equipa de vigilância móvel com primeira intervenção por parte da Protecção Civil, aumentou a vigilância e a intervenção através do reforço do acordo existente com o Exército Português, através do Regimento de Infantaria de Tavira, que prolongou o programa do contingente que está sedeado em Marmelete. Por outro lado, reforçou o mesmo com a inclusão de uma viatura militar com capacidade de intervenção, com guarnição de três elementos, que está localizada a norte da Freguesia de Monchique. Assim, o Dispositivo Municipal de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, aumentou na área territorial do concelho, destacando-se mais esta equipa de primeira intervenção por parte do Exército que constitui uma novidade no panorama Regional, senão mesmo Nacional, reveladora da importância e operacionalidade dos militares. A aposta na vigilância dissuasora tem tido os seus efeitos positivos, tanto no período crítico de 2010 como no actual, revelando o Presidente da Câmara, Rui André que, «… o investimento da Câmara Municipal no âmbito da prevenção e protecção da Floresta, que ocupa mais de 90% do nosso território, que é um dos motores da nossa economia, é uma das apostas determinantes do actual executivo, sendo que, na sua opinião, não se podem calcular os custos inerentes a estas operações sem perceber os danos causados por situação semelhante ao ano de 2003 com prejuízos que, directa ou indirectamente, afectaram toda a população e a sua recuperação ao longo dos anos. A prioridade é uma primeira intervenção rápida e eficaz, capaz de mitigar os impactos de um fogo de maiores dimensões, que pode tornar-se incontrolável…» A Câmara Municipal apela ainda a toda a população para o contínuo estado de alerta e para a supressão de comportamentos de risco, sobejamente identificados, para continuarmos a ter um Concelho sem Fogos. Aliás, Portugal sem Fogos depende de todos nós.

Galeria ARCO - Faro: Expo. fotógrafica Ria Formosa - Entre a Terra e o Mar

Numa iniciativa da ALFA - Associação Livre de Fotógrafos do Algarve, realizou-se hoje a inauguração da exposição “Ria Formosa – Entre a Terra e o Mar”. A exposição, patente até 30 de setembro na Galeria ARCO, no Centro Histórico de Faro, está integrada nas Comemorações do Dia da Cidade de Faro.
foto ALGARVE PRESS As ilhas, as artes, as pessoas, as espécies, as embarcações, os cais, a energia do mar, as cores, a luz, são alguns dos ingredientes inspiradores para mais esta exposição colectiva da ALFA, aberta a sócios e a todos os entusiastas da fotografia. A mostra é constituída por 24 fotografias e reúne imagens originais de autores amadores e profissionais, a partir de trabalhos seleccionados, no território da Ria. Ria Formosa, o potencial de energia das marés na barra de Faro-Olhão, e as conclusões de um curso de Verão que reuniu estudantes de 20 nacionalidades diferentes são um dos pontos em destaque. A exposição fotográfica tem entrada livre e poderá ser visitada de 1 a 30 de Setembro, de terça a sexta-feira, das 15 às 18: 30 horas.

TAVIRA/PRIO CORRE VOLTA A BULGÁRIA

A equipa Tavira/Prio está de regresso à estrada, desta vez para participar na Volta a Bulgária entre os dias 11 e 18 de Setembro. André Cardoso, Samuel Caldeira, João Pereira, Diogo Nunes, Luís Silva, e Ricardo Mestre são os atletas a participar nesta prova internacional.
São oito dias de competição a começar no dia 11 em Sofia e a terminar no dia 18 em Teteven. A caravana irá passar ainda por Troyan, Veliko Tarnovo, Shumen, Dobrich, Nesebar, Karnobat, Kazanluk, Tryavna, Pirdop, e Teteven.

TAVIRA ILIMITADA – “CONTRA O RACISMO E XENOFOBIA”

O ex-Presidente da República, Jorge Sampaio foi um dos convidados para o debate do tema “Racismo, Xenofobia e Outras descriminações”, na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos, levado a cabo pela Casa das Artes. Os outros convidados foram: Rui Tavares (Euro-deputado), embaixadores, José Cutileiro e Paul Schmit e o espanhol, Juan de Dios Ramirez-Heredia, presidente do Unión Romani Internacional. O tema chamou a atenção de muito público que encheu por completo a sala. O racismo e a xenofobia são factos com que lidamos no dia-a-dia. Eles, não representam só a diferença entre cores ou raças. Têm outros contornos que por vezes quase passam despercebidos. Se os temas apresentados por cada um dos convidados mereceram a atenção, a intervenção de Jorge Sampaio, começou com uma interrogação: - Como é que nós fazemos nesta matriz europeia que está a mudar. Como é que fazemos disto sociedades inclusivas e não exclusivas? Este é o grande desafio. Estão aí as pessoas. Há por ai dezenas de nacionalidades e deve ser totalmente apoiado e louvado o esforço do nível local para cima, porque tudo se joga no nível local, com os meios de comunicação que ais existem. Uma confrontação ao nível de uma modesta freguesia se for uma coisa séria, está no mundo inteiro passados dez minutos com as consequências que não eram à uns anos atrás. Não só felicito os organizadores pela escolha desta conferência mas também porque nós temos recentemente acontecimentos brutais, ferozes que demonstram claramente que isto está na ordem do dia. O que nós temos à nossa frente é algo que tem um conjunto de complexidades e um conjunto de causas. Tenho estado a observar quais são as posições que muitas pessoas diferentes têm tomado sobre os acontecimentos de Londres. As comunidades têm o sentimento de pertença. É preciso dizermos que um sentimento de pertença é ao mesmo tempo o sentido comum da dignidade humana. É a maneira de fugir àqueles que pretendem que a declaração universal dos direito do homem não é afinal tão universal como isso. Não há outra alternativa à mínima dignidade humana que é o grande chapéu onde a integração pode ser praticada.
Eu, tenho dito que para além do sentimento de pertença, os meios mais difíceis requerem uma atenção construtiva porque até sabemos que as pessoas mais necessitadas são aquelas que neste momento são as mais atingidas. O aumento do racismo e da xenofobia e de outras formas de descriminação no seio das sociedades é um fenómeno generalizado, que tem estado a progredir em múltiplas causas e dimensões. Por isso, apesar da diversidade das situações locais e nacionais no espaço do continente europeu e apesar da gravidade de extrema violência dos dois casos que já referi – Oslo e Londres, por exemplo – há que evitar o argumento da excepcionalidade ou incidente para aproveitarmos, com isso, fechar os olhos e escamotear a verdadeira dimensão deste problema. É bom reconhece-lo porque o racismo e xenofobia não são apenas apanágio de uma franja marginal das sociedades europeias mas começam a estar fortemente enraizadas a vários níveis, manifestando-se de diferentes formas no âmbito do aspecto político tradicional. Quem poderia dizer que sendo a Holanda, por exemplo, país de destino à quinze anos o que era nesta matéria e aquilo que é hoje. As coisas alteram-se. A incerteza sobre o futuro do outro, da religião do outro, tudo isto é de extrema complexidade e portanto é natural que haja investimento nas formas mais terríveis do ponto de vista das sociedades europeias e sublinham hoje o que é o racismo e xenofobia.
Esta tendência não se verifica apenas na escala europeia. Vem ganhando terreno com os novos populismos e extremismo. Portanto, isto é um bom investimento para certo tipo de pessoas para se dirigirem curiosamente, não a uma questão de esquerda ou direita, Muitas vezes as pessoas que são alvo de discriminação económica são nacionais desse país. São apanhadas porque lhes incutiram na cabeça que o emprego está em crise por causa daqueles senhores que agora chegaram ou que aquela violência é consequência da religião a que pertencem. E, por consequência a própria interrogação das dúvidas quanto ao projecto europeu tornam esta coisa em algo que não é nada de irónico, nem acidental, nem nenhuma sociedade está imune contra o risco da violência agravada e por consequência há a necessidade de afrontar este problema e a única referência que eu faço aos vários políticos, em geral, é que nós não podemos ter sobre isto uma atitude defensiva e recuar cada vez mais porque há muita coisa de positivo em cima da mesa.
Quem pensar que o chamado sentimento de pertença é algo que se constrói com facilidade é extremamente difícil de encontrar soluções concretas nas escolas, na habitação, no emprego, na convivência, na cultura, nos serviços de saúde. É muito difícil. É esse o padrão europeu que devemos aproximar. Isto requer uma grande dose de modéstia. Tenho a maior consideração por todos aqueles que no dia-a-dia lutam por esta sociedade de vivência. Quem pensar que isto é trigo limpo está completamente enganado. Vamos ter sérios problemas neste domínio, mas não há efectivamente outra coisa. A ideia de que somos uma fortaleza fechada, única, cristã, do ponto de vista religioso, introduzo aqui uma expressão terrível que é uma uniformidade étnica ou rácico que é ainda pior, está completamente enganado e é saber como as segundas e terceiras gerações que já não têm nada a ver com os seus países de origem, mas sim com a forma como estudam o Islão e o praticam. Senão tiverem a noção exacta da perspectiva em que querem viver, estarão perante grandes dificuldades. A verdade é que as sociedades europeias não têm conseguido tentar conter as desigualdades. Geraldo de Jesus

Festival do Berbigão vai atrair milhares à Figueira

Massa de berbigão, arroz, papas, rissóis, ou berbigão ao natural, confeccionados no momento, são algumas das iguarias disponíveis na nona edição do Festival do Berbigão, que decorre no fim-de-semana de 10 e 11 de Setembro no Polidesportivo da Figueira.
A animação musical também não vai faltar e no primeiro dia inclui baile com a Banda Atlantis e o espectáculo “Vânio Show e as Namoradinhas do Brasil”, enquanto no dia seguinte, após a actuação do organista e vocalista Vera Lúcia, a música tradcional ficará a cargo d’Os Amigos da Figueira. A razão de ser deste Festival radica no facto de a população local continuar a manter uma forte ligação com a apanha do berbigão na Ria de Alvor, meio de sobrevivência para muitas famílias que dependiam dessa actividade. O certame vai decorrer entre as 19h00 e as 01h00 e a entrada custa 3 euros, com direito a um pires de berbigão, numa organização da Sociedade Recreativa Figueirense, com os apoios da Câmara Municipal de Portimão e da Junta de Freguesia da Mexilhoeira Grande.

Tavira recebe: Arraiais do Mundo 2011

Extravanca dá novas asas à música algarvia para dança. Entre performance, concerto e baile, todos encontrarão uma dança à sua medida. Há varias abordagens para trabalhar as tradições musicais e coreográficas hoje em dia. No âmbito dos Arraiais do Mundo, a Associação PédeXumbo, em colaboração com a Câmara Municipal de Tavira, apresenta uma nova criação artística, resultado de uma residência franco-portuguesa a decorrer neste mês de Agosto: o projecto Extravanca! dedicado ao repertório algarvio. Juntamos músicos como os acordeonistas João Frade e Guy Giuliano (Dites 34) e os bailarinos de dança contemporânea António Tavares e Inês Melo Campos. Porque hoje a cultura popular evoluí sem esquecer as suas raízes, raízes captadas por muitos, como Michel Giacometti na série "Povo que Canta" ou mais recentemente Tiago Pereira na “Sinfonia Imaterial”. PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL Arraiais do mundo é um momento de questionamento sobre a cultura popular: música, dança e cinema que retratam tradições do Algarve, enquadrando-as no mundo. Pretendemos divulgar a noção de Património Cultural Imaterial e o trabalho que está a ser efectuado em todo o mundo após os incentivos da UNESCO para a sua preservação. Durante três dias em Tavira, estão programados oficinas de dança, apresentação de filmes e concertos - bailes. Programação: Extravanca (França/Portugal) - Dancing Strings (Portugal) - Sinfonia Imaterial (Portugal) - O Povo que Canta (Portugal).
O Festival Arraiais do Mundo é organizado pela Associação PédeXumbo em parceria com a Câmara Municipal de Tavira. É co-financiado pelo Algarve 21, QREN, União Europeia - Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.