sexta-feira, 5 de março de 2010

São Brás de Alportel convida a desvendar os mistérios “Da Forma da Escrita à Escrita da Forma”


Amanhã, sábado, dia 6, pelas 17h00, o Centro Museológico do Alportel inaugura a exposição colectiva “Da Forma da Escrita à Escrita da Forma”, do Grupo do Sudoeste.
A paixão pelas artes e pelo poder de criação uniu cerca de 12 elementos, que constituem o Grupo do Sudoeste. Este grupo surgiu no âmbito do módulo de Cerâmica Raku, orientado pelo professor Alberto Lino, e do módulo de Escultura e Cerâmica, do Departamento de Cerâmica da Escola Artística António Arrio, leccionado pela professora Elsa Gonçalves, que resultou de uma visita ao Museu da Escrita do Sudoeste, em Almodôvar.
O Fascínio pelas formas e pela riqueza plástica dos objectos do museu deu origem a este módulo de estudo, mas também a um grupo dinâmico que explora e dá continuidade às características da Escrita do Sudoeste nas suas obras artísticas.
A Escrita do Sudoeste foi utilizada entre os séculos VII e V Antes de Cristo, apresentando-se da direita para a esquerda sobre estelas, monumentos feitos de pedra trabalhados com imagens e inscrições.
É com base neste mundo escrito em pedra que o Grupo do Sudoeste apresenta um conjunto de esculturas e cerâmicas criadas a partir de conceitos e símbolos históricos. Os vestígios arqueológicos, as letras e os signos, as técnicas de cerâmica Raku aplicadas à escrita do sudoeste são alguns dos temas explorados pelos artistas.
Os visitantes podem contar com a presença dos autores “Da Forma da Escrita à Escrita da Forma”, no dia da inauguração, dia 6, pelas 17h00, e saber um pouco mais sobre o conteúdo simbólico patente nas peças expostas e ainda partilhar perspectivas artísticas sobre esta nova forma de transportar para a arte vestígios do passado.
A exposição estará patente ao público, no Centro Museológico do Alportel, até dia 13 de Maio, de 3ª feira a domingo, entre as 14h00 e as 17h00, ou ainda mediante a marcação prévia da visita através do Tel. 289 843 711 ou 962 471 272.

Jazz Regressa aos Artistas


A Sociedade Recreativa Artística Farense, em parceria com a Associação Grémio das Músicas e a Câmara Municipal de Faro, promove o «III Ciclo Artistas Jazz 2010», que decorrerá de 13 a 27 de Março nas instalações da associação farense situada na baixa de Faro.

O ciclo de concertos, que serão sempre ao sábado às 22.30 horas, começará com os Flajazzados, no dia 13 de Março, um grupo que se situa estilisticamente no jazz que vai do pós bop até ao experimentalismo actual através de um repertório maioritariamente original.

Os Flajazzados são um ensemble virado ao estudo e à investigação musical, onde se tenta potenciar o lado criativo dos seus membros dentro de um contexto livre, mas coerente. A inclusão de textos e um narrador dá ao espectáculo momentos com contornos inesperados.

No sábado seguinte, dia 20 de Março, serão os Be & Bop a actuar no salão nobre de Os Artistas. Be & Bop, ou Zé Eduardo e Manuela Lopes, são um duo puro de jazz, onde o contrabaixo e a voz unem-se para revisitar alguns clássicos dos grandes mestres do Bebop, abordando-os sem complexos e com letras originais.

Dia 27 de Março, serão os In Tento Trio a actuar, para fechar o «III Ciclo Artistas Jazz 2010». Os In Tento Trio são um projecto de originais idealizado, em 2005, pelo pianista Fernando Pessanha e que ganhou forma em 2008, com a integração do baixista Pedro Reis e do baterista João Melro. Na sonoridade intimista e cinematográfica da banda é possível encontrar uma fusão de estilos que vão desde a música clássica e minimalista ao jazz e ao rock contemporâneo.

Nemátodo "continua a avançar de forma descontrolada" dizem proprietários, Ministério otimista


O presidente da Federação Nacional das Associações de Produtores Florestais (FNAPF), Vasco Campos, garante que o nemátodo do pinheiro "continua a avançar de forma descontrolada", por falta de medidas, contudo o Ministério está otimista.
"O combate do nemátodo [doença do pinheiro] está parado. A Autoridade Florestal Nacional (AFN) protocolou com as associações (de produtores) uma série de medidas de combate da doença do pinheiro-bravo, mas esse protocolo acabou em 31 de dezembro", declarou Vasco Campos à agência Lusa.
O nemátodo da madeira do pinheiro é uma doença causada por um verme microscópico transportado por um insecto que contamina as árvores por onde passa, afetando sobretudo a copa e os ramos
Vasco Campos, que é também presidente da CAULE - Associação Florestal da Beira Serra, avança que o pinheiro bravo "está mesmo em risco de desaparecer na região Centro".
Também o coordenador da Associação dos Baldios e dos Produtores Florestais do Centro (SEBALDIC), Isménio de Oliveira, denuncia a "falta de informação verdadeira sobre a realidade" e de uma análise real no terreno.
"Há uma falta de informação do Ministério da Agricultura sobre a verdadeira situação, sabemos que aumentou a área do pinheiro com doença, há concelhos como Arganil e Castanheira de Pêra onde há mais pinheiros mortos do que há três meses atrás, não sabemos por quê", criticou.
Isménio de Oliveira lamenta que, neste momento, "não esteja a funcionar, no terreno, o plano de combate do nemátodo".
"Estamos num interregno, o que é mau porque é nesta fase que se pode abater as árvores, entre abril e outubro é quando o inseto vetor propaga a doença", disse.
Segundo o presidente da FNAPF e da CAULE, "o que está a ser feito é residual".
Contactado pela Lusa, fonte do Ministério da Agricultura confirma que estão no terreno "ações de prospeção e eliminação de árvores com sintomas de declínio", por organizações de produtores florestais que "não tinham desenvolvido todas as ações protocoladas e dispunham de saldos de protocolo (verbas por aplicar)".
"O que é preciso é renovar o protocolo e avançar, de novo, para o terreno em força, porque continuamos com um problema muito grave de nemátodo, que não está controlado", contrapõe Vasco Campos.
Para o Ministério da Agricultura, "os resultados obtidos até ao momento são otimistas quanto às perspetivas de contenção da expansão da doença do Nemátodo da Madeira do Pinheiro na região Centro", onde "estima que tenham sido eliminadas cerca de 1,9 milhões de árvores".
"Desde outubro até à presente data, a AFN deu continuidade à execução das ações de prospeção e eliminação de árvores com sintomas de declínio" e "até ao final de abril está prevista a continuidade das ações de corte das árvores com sintomas", garante o Ministério.
O combate do nemátodo envolve vários grupos de investigação, através de estudos financiados pela AFN.
Lusa