sábado, 23 de outubro de 2010

ESPECIALISTAS DEBATERAM MOBILIDADE, ESTACIONAMENTO E SUSTENTABILIDADE EM ALBUFEIRA

No âmbito do III Seminário Ibérico de Estacionamento
Nos últimos três dias, Albufeira acolheu os principais especialistas, decisores políticos e empresários de referência do sector da mobilidade, tendo as reflexões decorrido em torno da temática da Gestão do Espaço Urbano, em geral, e do Estacionamento, em particular.





Sob o lema “A Cidade Possível”, a 3.ª Edição do Seminário Ibérico de Estacionamento encerrou hoje com balanço positivo.
Albufeira, como Município Anfitrião, recebeu na passada Quarta-feira os participantes e os elementos da organização do III Seminário Ibérico de Estacionamento. A Cerimónia Oficial de Boas-vindas decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho e foi presidida pelo Vice-Presidente da Câmara Municipal, Dr. José Carlos Rolo, em representação do Presidente, pelo Presidente da Assembleia Municipal, Dr. Carlos Silva e Sousa, e pelo Vereador do Pelouro dos Transportes e Estacionamento, Eng.º Carlos Quintino.

Ciente da relevância deste evento para o Concelho, não só pela troca de ideias e experiências no espaço ibérico, mas sobretudo pela importância e pertinência das comunicações e respectivo prestígio dos oradores, o Vice-Presidente da Câmara Municipal mostrou-se visivelmente satisfeito.
A Abertura Oficial do Seminário Ibérico e Inauguração da Exposição, tiveram lugar ontem, dia 21 de Outubro, no CS São Rafael Atlantic Hotel e contaram com a presença do Presidente do IMTT – Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, António Crisóstomo Teixeira, em representação do Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, do Presidente da Mesa de Assembleia da ANEPE, Dr. Rogério Pacheco, do Presidente da ASESGA, D. Jaime Lopez Aguilar, e do Presidente da Câmara Municipal de Albufeira, Desidério Silva.
O Autarca referiu que Albufeira é um Concelho atento e preocupado com os problemas da mobilidade e do estacionamento, no entanto, pelas características turísticas da cidade, pelo crescimento e flutuação de pessoas e veículos “(…) não tem sido fácil encontrar espaços e construir estacionamentos de proximidade (…)”. E relembrou, nomeadamente, as acções desenvolvidas pela Câmara Municipal na área dos transportes públicos: “(…) mais de 1 milhão de cidadãos utilizaram a rede urbana do Giro (…)”.
Ainda durante a manhã de ontem, e no âmbito do III Seminário Ibérico, teve lugar, em Albufeira, a Apresentação Pública do Citroën C-Zero, um carro movido a energia eléctrica lançado recentemente a nível mundial. Os participantes puderam, deste modo, testar o carro eléctrico, que começará a ser comercializado a partir de Janeiro próximo e que se destina sobretudo a trajectos curtos na cidade. Sempre atenta às questões da mobilidade sustentável, a Câmara Municipal de Albufeira já dispõe de 6 pontos de recarregamento gratuitos: 4 no Parque de Estacionamento P1, no Pau da Bandeira, e 2 no Parque de Estacionamento P5, na Avenida 25 de Abril.
Durante três dias, foram muitas as temáticas debatidas e diversos os pontos de interesse desenvolvidos neste III Seminário Ibérico. Os “Novos desenvolvimentos da indústria automóvel”, “O automóvel e a cidade”, “Legislação e fiscalização” ou “As energias tecnológicas no estacionamento” foram alguns dos painéis debatidos. Entre os oradores estiveram representantes das mais prestigiadas empresas do sector, como sejam a Citroën, EDP Inovação, AIPARK, International Parking Institute, TCM Enginy, European Parking, Empark, Saba e inúmeros autarcas portugueses e espanhóis, com responsabilidades na área dos Transportes e Estacionamento.
Também Albufeira, a cidade escolhida para anfitriã, representou um desafio neste Seminário, no sentido em que rompe com o paradigma das grandes cidades e força o sector a reflectir sobre outras tipificações possíveis, onde a organização e a mobilidade obrigam a esforços complexos e contínuos.
Depois das organizações decorridas no Porto (2006) e Saragoça (2008), “A Cidade Possível”, em Albufeira, pelo seu carácter actual e pertinente, pela grande adesão de participantes e pelo impacto positivo no Sector, encerrou hoje com balanço positivo.

Faro: Escolas portuguesas em análise na UAlg


“Escolas: Um olhar a partir da avaliação externa”serve de mote para o seminário que se realiza no próximo dia 27 de Outubro, às 14h00, no Anfiteatro 0.5 do Complexo Pedagógico do Campus da Penha, em Faro, onde vão ser apresentados os resultados de uma investigação financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia ao longo do último ano.
Os seminários EDUORG, organizados pelo Centro de Investigação e Estudos em Sociologia do Instituto Universitário de Lisboa, em articulação com Universidade do Algarve e a Barafunda, decorrem em diferentes pontos do País: Faro (27 de Outubro), Évora (5 de Novembro) e Lisboa (9 de Novembro).
Nos três dias vão ser apresentados os resultados de uma investigação centrada nos contextos institucionais das escolas do ensino básico e secundário nas regiões do Algarve, Alentejo e Lisboa e Vale do Tejo. Far-se-á uma análise crítica com base nos relatórios de avaliação externa realizados pela Inspecção Geral da Educação, em que se aborda a relação entre as políticas educativas, os modelos de organização, os perfis de liderança e o sucesso escolar. Todas as comunicações vão ser comentadas por peritos da área da Educação e acompanhadas por testemunhos de directores de escolas que viveram o processo de avaliação externa.
Como se enquadram as medidas políticas com impacto directo na organização escolar? Como se distinguem as organizações escolares? De que forma as escolas valorizam as aprendizagens e os resultados escolares? Que modelos de liderança caracterizam as escolas portuguesas? No decorrer das três sessões serão apresentadas possíveis respostas a estas e a outras questões, num espaço dedicado à crítica e ao debate.
Entrada livre, com pré-inscrição em: eduorg2009@gmail.com
Programa disponível em www.cies.iscte.pt.

Faro: Competição Local de Engenharia na UAlg





O BEST (Board of European Students of Technology) Observer Group (OG) Faro Algarve foi recentemente fundado também na Universidade do Algarve (UAlg). Está presente em 30 países da Europa, organizados em 86 universidades.
A instituiçaõ está a organizar a I – Competição Local de Engenharia, no dia 3 de Novembro, que vai colocar à prova as habilidades e os conhecimentos dos estudantes da Universidade do Algarve, desafiando-os a encontrarem a solução mais viável em termos de gestão, criatividade e aplicação para um determinado problema.
ara isso serão disponibilizados os materiais necessários, sendo na sua grande maioria provenientes de objectos reutilizados do nosso dia-a-dia, para, através de novas tecnologias, construir um protótipo funcional, tendo em atenção a sustentabilidade Ambiental e Económica.
A equipa vencedora será premiada e serão entregues lembranças a todos os participantes juntamente com um certificado de participação.

Tavira: NA BIBLIOTECA MUNICIPAL - CÁTIA SAÚDE, FALOU DA DOENÇA DE ALZHEIMER



Por iniciativa da Associação Âncora e integrada no Projecto “Do Outro Lado – A Saúde mental dos mais velhos” teve lugar na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos, em Tavira, uma palestra de esclarecimento sobre a doença de Alzheimer, apresentada por Cátia Saúde, da Associação de Doentes de Parkinson e Alzheimer.
A doença pode apresentar-se sobre várias formas e pelos mais variados motivos. Começando pela idade – 70 anos - a partir da qual a doença se pode desenvolver mais, embora possa aparecer antes, perguntámos:
- Neste escalão etário, muitos idosos sofrem do stress da guerra, do abandono da família. Como é que é possível detectar a doença?
- Para isso é preciso o diagnóstico diferencial, ou seja fazer uma avaliação minuciosa para realmente não se confundir a doença de Alzheimer com a possibilidade de existirem outras doenças. É feito um exame muito mais pormenorizado, com exames mais exaustivos. Em termos psicológicos, de avaliação neuropsicológica em que se vai excluir a possibilidade de existirem outras doenças que possam causar sintomas semelhantes.
- Em caso de suspeita da doença, onde se deve dirigir o doente? Ao médico de família? A um especialista?
- Pode ir ao médico de família que vendo não ser da sua especialidade, o vai encaminhar para o neurologista que é a especialidade que trata da doença de Alzheimer que depois passará a medicação e faz a avaliação com a periodicidade que julgar ser considerada eficaz.
- Especialistas na matéria não haverá muitos no País e no Algarve serão poucos pelo que será difícil chegar até eles.
- Não. Muitas vezes o acesso é mais as dificuldades, porque em termos de oferta há mais em termos particulares e as pessoas, por vezes, não têm posses para chegar até ao neurologista. Pagar uma consulta de especialidade que sabemos ser cara. Há possibilidades de ser acompanhado no Hospital, mas ai, as listas de espera, complicam um pouco o processo. Na saúde é sempre complicado com os valores financeiros.
- Para prevenir a doença é aconselhada a prática saudável de exercícios físicos regulares e dormir bem. Dormir bem, é dormir X horas por dia ou deitar-se e dormir sem sobressaltos?
- Depende muito. Há pessoas que com seis ou sete horas de sono ficam estabilizadas. Há pessoas que precisam de menos tempo. São menos horas mas é um sono de qualidade. Ai também ajuda. Muitas vezes as pessoas estão deitadas mas não têm um sono de qualidade, reparador. O ideal será dormir 7 a 8 horas que é o tempo considerado útil e, procurar que seja um sono de qualidade.
- Também o baixo nível de escolaridade será um factor de risco. No escalão etário dos setenta anos grande parte da população portuguesa, não tem a escolaridade obrigatória.
- Exactamente. E por isso mesmo, não só por esse facto, mas depois conjugando isso com a idade e a possibilidade de haver já a hereditariedade na família isso vai ainda complicar mais. Sendo esta uma doença da idade, a nossa população é envelhecida e tem ainda pouco acesso à escolaridade. No passado não havia possibilidades de estudar.
- Quando agora se chama mais a atenção para uma doença é também para alertar os ainda jovens para a prevenção da propagação da mesma. O que vamos fazer?
Exactamente. Esta doença não é só para aqueles que já a têm mas sobretudo para gerações que já cá estão. Serve para as pessoas se prevenirem mesmo as dos escalões mais novos e também porque podem vir a ter familiares com essa doença e terem a tarefa de cuidar deles, pelo que devem estar informados.
- Cuidar deles, quando não há tempo para cuidar dos filhos, quanto mais dos pais e avós…
- Isso é uma questão complicada. Antigamente os pais cuidavam dos filhos e estes um dia mais tarde iriam cuidar dos pais. Actualmente isso é mais complicado, porque os filhos têm as suas actividades profissionais e muitas vezes não conseguem conjugar a profissão e o cuidar dos pais. A hipótese é colocar num lar, mas ai, como sabemos a dificuldade é muita, porque temos de enfrentar as listas de espera, os valores são altos e por vezes nem os pais nem os filhos os podem suportar.
- De qualquer maneira é sempre bom chamar a atenção para esta e outras doenças e a forma de as detectar.
- Ainda bem que existem estas actividades, palestras, seminários, porque quanto mais informados estivermos e mais sensibilizarmos a população melhor.

Geraldo de Jesus

TAVIRA: CANDIDATO A BASTONÁRIO DA ORDEM DOS ADVOGADOS, REUNIU COM A CLASSE



A fim de apresentar o seu projecto, como candidato à Ordem dos Advogados, Fragoso Marques esteve em Tavira, onde reuniu com a classe, na Sala dos Advogados, no Tribunal da Comarca de Tavira.
Num momento em que a Justiça em Portugal não goza da total confiança, da maioria dos portugueses, falámos com o candidato a esse respeito e perguntamos se sentia o apoio da classe.
- Sem dúvida. Essa é a tónica que tenho sentido por todo o País. A classe empenha-se na defesa e dimensão das suas ideias e por consequência é uma oportunidade única de auscultar os interesses e as opiniões dos advogados de todas as Comarcas, onde estou com muito gosto. Em todo o País tenho recebido manifestações de grande apoio, de grande solidariedade, de grande empenhamento. É muito gratificante estar a fazer esta campanha, definir este campo.
- Se vier a ser eleito, o que vai fazer para mudar a situação actual?
- A situação actual é de tal forma deprimente que sem dúvida alguma o primeiro acto de qualquer Bastonário é alterá-la. Arrumando a casa desde logo, pacificando a nossa classe que está hoje profundamente dividida. Afirmando da necessidade da sua união porque a união faz a força. Procurando reconciliar os advogados entre si, procurando prestigiá-los à opinião pública, num diálogo sério, sereno com os demais intervenientes. Juízos, Procuradores, funcionários judiciais. Procurando também democratizar no sentido de ouvir a opinião de todos os advogados nos seus órgãos próprios, nos seus congressos, nas suas assembleias e não fechar a Ordem em S. Domingos, isolando-a do resto do mundo. Ter um discurso que não seja um discurso politico, mas um discurso empenhado na defesa do que são os interesses, uma vez mais, dos cidadãos e dos próprios advogados.
- Existem actualmente problemas com os estagiários. Isso também será resolvido?
- Claro que sim. De resto não é com os estagiários, mas sim com os licenciados em direito, após Bolonha. Esse é um problema que vai merecer uma resposta pronta por parte da Ordem e essa resposta necessariamente se tem de traduzir na exigência, no alto grau de exigência aos colegas após Bolonha, dizendo que carecem do mestrado para poderem ingressar na Ordem. O equivalente nesta licenciatura actual após o Bolonha, à licenciatura anterior é o mestrado e é isso que nós vamos exigir. O mestrado a todos os que queiram ingressar no estágio e depois para sermos mais rigorosos vamos dizer aos colegas que queiram entrar e aos que já cá estão que connosco não vai haver facilidades. Connosco os exames vão ser absolutamente rigorosos, exigentes, ligados à prática quer do ponto de vista de ontologia quer do ponto de vista da gestão dos escritórios de advogados, nas línguas com interesse jurídico, o francês, inglês e alemão jurídico. Vamos vê-los virados para a prática. As técnicas oratórias, a psicologia, segurança, as técnicas de inquirição de testemunhas, registo notarial. Vamos criar a formação eminentemente ligada à prática. Ela vai deixar de ser escolástica, mas vai ser muito exigente e aqueles que não se sentem com vocação para abraçar uma profissão difícil que não venham para a advocacia. Connosco não vão ter quaisquer facilidades.
- Vão para um curso, porque não têm oportunidade de ir para outro. Apesar da licenciatura, terão de cumprir as regras ou terão de mudar para outras profissões?
- Não. Nós vamos ter relações públicas dentro do mercado jurídico. É que hoje parece que não existe nenhuma alternativa e cai tudo na advocacia. Nós vamos bater-nos para, por exemplo, os senhores funcionários oficiais de justiça sejam licenciados em direito e o requisito de admissão dos oficiais de justiça, dos investigadores, dos senhores funcionários de finanças, todos aqueles que estão relacionados com processos de execuções fiscais, os senhores funcionários dos cartórios notariais e das conservatórias que sejam licenciados em direito. Portanto, nós vamos reunir uma forte frente de trabalho onde já poderão ser acolhidos todos aqueles que não querendo ou não podendo ser advogado, pode seguir para outras carreiras abertas no mercado jurídico.
Geraldo de Jesus

"TURISMO DE PORTUGAL APROPRIOU-SE DE 1,2 MILHÕES DE EUROS DO TURISMO DO ALGARVE" - MENDES BOTA QUESTIONOU GOVERNO


Através de uma nota de imprensa, o deputado Mendes Bota torna público que questionou o Governo sobre a "apropriação indevida por parte do Turismo de Portugal I.P. de uma verba de € 1.216.256,14, relativa ao exercício orçamental de 2008, que pertence por lei à Entidade Regional de Turismo do Algarve, e desafia as instâncias governamentais a procederem à respectiva reposição".
Eis, na íntegra, as questões colocadas por Mendesa Bota ao Presidente da Assembleia da República:
Na sequência da entrada em vigor do decreto-lei 67/2008, de 10 de Abril, que estabeleceu o regime jurídico das Áreas de Turismo de Portugal, o qual pretendeu reorganizar o anterior mapa das 19 Regiões de Turismo, a Região de Turismo do Algarve foi extinta, dando lugar à Entidade Regional de Turismo do Algarve, cujo processo de criação ficou concluído no dia 20 de Outubro de 2008, com a eleição dos seus órgãos sociais.
Acontece que, o Orçamento de Estado para 2008 previu uma dotação de 20 milhões de Euros “destinados às regiões de turismo e juntas de turismo e às entidades que lhes sucederão” a transferir mensalmente para aquelas entidades.
O próprio Despacho conjunto nº 7991/2008, de 18 de Março, define em anexo o quadro da distribuição desta dotação pelas entidades atrás referidas, sendo que à Região de Turismo do Algarve cabia o montante mensal de € 516.067,68.
Ora, sucedeu que o Turismo de Portugal I.P. reteve esta transferência a partir do dia 20 de Outubro de 2008 até ao final desse ano, só voltando a distribuir verbas provenientes do Orçamento de Estado relativas ao exercício de 2009, e à luz dos critérios definidos no novo enquadramento legal definido pelo decreto-lei 67/2008, de 10 de Abril.
Parece, assim, à evidência, que o Turismo de Portugal se apropriou indevidamente de um montante de € 1.215.256,14, verba destinada aos custos de funcionamento de uma estrutura que, obviamente, não deixou de existir nem de funcionar entre o dia 20 de Outubro e o dia 31 de Dezembro de 2008.
Assim sendo, ao abrigo do arsenal de disposições constitucionais, legais e regimentais em vigor, requeiro a V. Exa. se digne obter do Ministério da Economia da Inovação e do Desenvolvimento resposta às seguintes perguntas:
1- Reconhece ou não, que o Turismo de Portugal I.P. se “esqueceu” de transferir para a Entidade Regional de Turismo do Algarve a verba de € 1.215.256,14 a que estava obrigado por força da lei orçamental, referente ao período decorrido entre 20 de Outubro e 31 de Dezembro de 2010?
2- Quando pensa regularizar a situação?