terça-feira, 16 de novembro de 2010
Gyotaku: Técnica Japonesa na Biblioteca Municipal de Tavira
No dia 19 de Novembro, pelas 18 horas, decorre, na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos, a palestra Gyotaku, por Rachel Ramirez.
Trata-se de uma acção dedicada às origens e à história de uma técnica de gravação de imagens japonesa chamada Gyotaku. Há mais de um século atrás, os japoneses, com a intenção de recordar o resultado das pescarias, cobriam os peixes com tinta e pressionavam uma folha de papel de arroz sobre eles.
O desenvolvimento e uso da técnica, os materiais e a estética, espalhados por todo o mundo, são alguns dos aspectos abordados na conferência. A forma como esta técnica alia a arte e a ciência possibilita o conhecimento acerca da conservação do meio marinho, assim como das práticas e do uso de materiais amigos do ambiente.
Gyotaku é uma palavra japonesa que traduzida literalmente quer dizer "peixe" (gyo) e "impressão" (taku). Apesar da impressão de peixes ter tido a sua origem, no Japão, em meados de 1800, os primeiros esboços de gyotaku foram concebidos, durante a era Tokugawa, com o objectivo de celebrar a apanha de peixes para uma festa de Lordes Samurais.
Esta técnica foi implementada a nível internacional, nos anos 50, e, neste momento, é utilizada por todo o mundo, inclusive por estudantes, praticantes de pesca desportiva, biólogos marinhos, cientistas, artistas e ilustradores.
Ainda no decurso desta acção, está patente até dia 20 de Novembro, na Casa 5, uma exposição de Rachel Ramirez subordinada a este tema.
Dados BiográficosRachel Ramirez nasceu a 18 de Fevereiro de 1965, em Kowloon, Hong Kong (Japão) e, actualmente, vive, em Olhão, onde faz trabalhos a duas e três dimensões.
Licenciou-se em Belas-Artes, no Central St. Martins College of Art, de Londres (1989-1992) e obteve o mestrado em Belas-Artes, no Royal College of Art, também de Londres (1992-1994). Estudou, ainda, em Berlim e no Japão, através de duas bolsas de estudo que lhe foram concedidas. A sua tese de doutoramento, na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto intitula-se “Gyotaku: it´s Origins and Relationship with Art and Science”.
Desde 2006, que é membro da Nature Printing Society, organização internacional dedicada à educação, história e prática da arte de gravação natural.
Nos últimos anos, fez exposições individuais em vários países, nomeadamente, Portugal, Reino Unido, Japão, Estados Unidos da América, Finlândia e Argentina. Além disso, alguns dos seus trabalhos figuram em colecções privadas na Bélgica, Cuba, Alemanha, Grécia, Japão, Holanda, Espanha, Suíça, Portugal, Reino Unido, Estados Unidos da América e em colecções públicas nestes três últimos países.