quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Câmara de Faro combate a Doença das Palmeiras


A Câmara Municipal de Faro, em face de informação imprecisa que tem sido veiculada a respeito das medidas tomadas para controlo e erradicação da praga do escaravelho das palmeiras, vem tornar público o seguinte:
1. O escaravelho das palmeiras é um insecto que vive e se alimenta no interior do tronco desta. Tem preferência pela Phoenix canariensis - palmeira comum em Portugal com tronco grosso em forma de ananás mas pode atacar outras espécies. Os danos produzidos são tão graves que findam a vida da palmeira hospedeira. Para além disso, estes insectos gozam da aptidão de sustentar voos contínuos de longa distância entre 4- 5 km, pelo que a sua propagação é crítica de conter, como se tem observado pela sua difusão na faixa costeira algarvia.
2. A FAGAR, em estreita articulação com a autarquia, estabeleceu como prioritário o combate a esta praga. Têm garantido um apertado plano de vigilância às palmeiras na identificação dos sintomas da doença e prepararam atempadamente um plano de ataque em que avulta a aplicação regular de produtos de acção preventiva e curativa.
3. O método que tem oferecido mais garantias de êxito no tratamento de cada palmeira, e que quando aplicado num estágio inicial da praga pode consentir a sobrevivência da planta, é o que consiste na pulverização por inundação da coroa de um produto biológico à base de nemátodos. O tratamento, sem garantia de sucesso, dura pelo menos 2 anos e apenas oferece resultados visíveis ao fim de 9 meses.
4. A Fagar trata todas as palmeiras, independentemente de estas apresentarem sinais de infestação e está nesta altura a executar a aplicação do insecticida que compreende a fase de preparação e pulverização, que pode custar entre 100 a 250 euros por palmeira, dependendo da altura desta e dos meios utilizados. Já foram empregues cerca de 29.000 € nestes tratamentos e serão necessários mais 36.000 € para proceder à limpeza, corte e incineração das 70 palmeiras já identificadas como irrecuperáveis.
5. Das cerca de 400 palmeiras existentes no concelho estima-se que 100, na melhor das hipóteses, tenham que ser removidas. Estamos a envidar todos os esforços para atenuar o cataclismo ambiental que esta praga acarreta, já que esta espécie é um marco identitário da cidade e do concelho pelo que merece o esforço financeiro que esta intervenção demanda.