segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Portugueses dão nota negativa à situação actual do país

Numa escala de 0 a 10, 3,30 é a nota média que os portugueses atribuem à situação económica de Portugal, o que revela uma fraca confiança no mercado para resolver a crise actual. A nota é ainda mais baixa em indivíduos entre os 55 e os 65 anos, que atribuem apenas 2,94. Nenhum dos inquiridos atribuiu notas de 9 a 10 e apenas 4% atribuiu notas entre 7 e 8. São dados resultantes de um inquérito realizado pelo Observador Cetelem no final do mês de Junho, após as eleições, com o intuito de perceber quais as tendências e comportamentos de consumo dos portugueses para os próximos meses.

Da população analisada os mais optimistas são os jovens entre os 18 e os 24 anos, cuja nota média ronda os 3,74 e apenas 5% atribuem uma nota entre 0 e 1. Os indivíduos entre os 35 e os 44 também se destacam mas pela negativa, pois cerca de 20% atribui uma nota entre 0 e 1. Os mais “desmotivados” são mesmo os indivíduos entre 55 e os 65 anos, não só pela nota média de 2,94, mas também pelo facto de apenas 1% atribuir uma nota entre 7 e 8.


A análise do Observador Cetelem mostra ainda, como era expectável, que o estado da moral é mais baixo entre as classes C2 e D do que nas classes AB e C1 (nota de 3,24 e 3,31, respectivamente). «2011 está a ser um ano particularmente difícil para Portugal. Os consecutivos Programas de Estabilidade e Crescimento, a queda do Governo, a vinda da Troika, juntamente com o aumento generalizado do desemprego, a crise da dívida do Estado, as tensões sobre o poder de compra, perspectivas económicas incerta, são motivos de inquietação para os consumidores e que justificam esta nota negativa e a desconfiança nos mercados portugueses para superar a crise», afirma Conceição Caldeira Silva, responsável pelo Observador Cetelem em Portugal.
Esta análise foi realizada em colaboração com a Nielsen e aplicada, através de um inquérito quantitativo, a 600 indivíduos de Portugal Continental, de ambos os sexos, dos 18 aos 65 anos, entre o período de 27 a 29 Junho. O erro máximo é de +0,4 para um intervalo de confiança de 95%.