sexta-feira, 22 de julho de 2011

66% dos alunos do ensino secundário afirma ter uma poupança

O Cetelem desenvolveu um inquérito junto de alunos de escolas secundárias do nosso país para perceber qual o grau de conhecimento e de que forma os jovens fazem a gestão das suas finanças pessoais. 66% dos jovens inquiridos mostraram-se consciencializados com a importância da poupança, ao afirmar que têm por hábito poupar dinheiro. Dos 33% que afirmam não possuírem poupança, 19% indica que, em breve, pretende vir a fazê-lo.

Os inquéritos foram realizados no seguimento das sessões financeiras e crédito responsável realizadas pelo Cetelem, a alunos do ensino secundário, entre Dezembro de 2010 e Abril de 2011.

Em 2010, quando o Banco de Portugal lançou o repto às instituições financeiras relativamente à intervenção activa na educação financeira do país, o Cetelem aceitou o desafio e promoveu durante o presente ano lectivo (entre Dezembro e Abril) sessões de esclarecimento gratuitas sobre Educação Financeira e Crédito Responsável em diversas escolas secundárias do país.
No âmbito das sessões Educação Financeira e Crédito Responsável, o Cetelem realizou um inquérito junto de 1.174 jovens, no qual tentou perceber a origem do seu dinheiro e a forma como o gerem. 46% dos jovens afirmam ter mesada ou ir pedindo aos pais de acordo com as suas necessidades. Tal é justificado pelo facto de 78% afirmar que apenas estuda. Ainda assim, 22% afirma ter uma actividade profissional (13% trabalha apenas nas férias; 3% em regime de part time e 5% são trabalhadores-estudantes).
Relativamente à gestão dos custos mensais, 80% dos jovens inquiridos alega ter uma noção dos seus gastos mensais. Quando questionados sobre “despesas desnecessárias”, 56% dos alunos afirma ter este tipo de despesas, 39% dizem que raramente e 5% alega nunca ter este tipo de impulso de compra.
«Os resultados relativamente à questão da poupança, da gestão dos gastos mensais e da existência de despesas desnecessárias podem ser um reflexo do clima de instabilidade política e financeira que o país atravessa, porque não é comum os consumidores mais jovens mostrarem um comportamento de compra tão controlado», afirma Vanessa Esteves, uma das formadoras e responsável pelo Departamento de Compras do Cetelem.
Em termos de futuro, a maioria dos jovens (61%) afirma pretender tornar-se independente financeiramente entre os 19 e os 25 anos e 22% entre os 26 e os 30 anos, o que poderá revelar a intenção de frequentar o ensino superior. Quando se coloca a questão do recurso ao crédito para projectos futuros de compra casa ou carro, 31% dos jovens inquiridos afirma não pensar recorrer ao mesmo, 42% pretende recorrer apenas para comprar casa e 6% para comprar carro.
Dotar os jovens alunos de conhecimentos que lhes possam ser úteis na gestão do dinheiro e na tomada de decisões no consumo foram os principais objectivos das sessões de esclarecimento gratuitas sobre Educação Financeira e Crédito Responsável do Cetelem, bem como, perceber como lidam os jovens com temas poupança, investimento, dinheiro, crédito e orçamento familiar.
«O Cetelem acredita que num contexto de crise económica e de endividamento das famílias portuguesas, a literacia financeira dos jovens é uma preocupação que deve ser partilhada por todos. O debate sobre este temas estão na ordem do dia e os nossos jovens devem ter conhecimento sobre essas matérias», finaliza a responsável.