domingo, 24 de julho de 2011

Aljezur: Peça escultórica de Afonso Arenga Matias

A escultura é uma das vertentes estéticas relevantes, da qualidade de um espaço urbano, na interligação entre a população e a cultura, no bem-estar visual dos seus espaços exteriores, em jardins, escolas, empresas e outros espaços públicos.
Desde 2007, o Município de Aljezur tem vindo a desenvolver através de Encontros de Escultura ao Vivo, um projecto de enriquecer e embelezar com obras de arte pública as 4 freguesias do Concelho existindo trabalhos de Moisés Preto, Carlos Bajouca, João Antero, Abílio Febra Jorge Leal, Joel Correia entre outros.

Desta, o jovem escultor Afonso Arenga Matias nascido em Lisboa em 1988 resolveu fazer um depósito do seu trabalho como finalista do Curso de Escultura na FBAUL, 2009.
Esta peça escultórica, que se encontra nos jardins da Variante de Odeceixe, define-se, segundo o autor “em três módulos com uma progressão descendente ou ascendente, formando uma espiral recta que engloba o/s espectador/s e um quarto módulo paralelepipédico de cota visivelmente inferior aos restantes. Possui formas geométricas simples que evocam a ideia de habitação, o espectador pode estar no centro propriamente dito da escultura e interagir com ela. Existe um rasgo paralelepipédico nos dois planos mais altos, no mais alto é vertical, no mais baixo horizontal, ao nível da estatura média de uma pessoa. Os rasgos dinamizam as formas da escultura e permitem a entrada de luz, criando um jogo luz-sombra projectado no solo e na própria escultura. A pintura posteriormente aplicada na escultura possui um papel importante, a escolha de tons quentes reside no maior contraste que estes proporcionam na relação com o verde da relva e o azul do céu (as duas cores mais predominantes no ambiente envolto), a tinta foi aplicada de um modo despreocupado e tende a amplificar o dito jogo luz-sombra proporcionado pelos rasgos.”