«O Governo não tem uma planificação sustentável para o Comércio a nível nacional», acusa a deputada algarvia do PSD, Antonieta Guerreiro.
Na sua primeira intervenção parlamentar de 2011, Antonieta Guerreiro, questionou o Secretário de Estado Adjunto, da Indústria e do Desenvolvimento, Fernando Medina, em audição sobre a Alicoop, a qual teve lugar, no passado dia 11 de Janeiro, em sede de Comissão Parlamentar de Assuntos Económicos, Inovação e Energia.
Para Antonieta Guerreiro «é importante saber qual é a estratégia do Governo para o Comércio, a nível nacional, pois neste momento estão em causa as pequenas e médias empresas que, ainda, asseguram mais de 70% do mercado de trabalho. É preciso saber como o executivo pretende salva-las e, consequentemente, os trabalhadores e as suas famílias da falência, do desemprego e da miséria. Qual o plano e qual a estratégia para o futuro? Os comerciantes e os pequenos produtores precisam de saber»
Segundo a deputada do PSD, a resposta obtida foi aquela que nunca deveria ter sido dada, pois o secretário de Estado afirmou que «não há plano nenhum para o comércio», o que para Antonieta Guerreiro é inadmissível e questiona:
«Que Governo é este que governa sem planificação? Porque não nos diz onde nos pretende conduzir com as medidas que tem tomado? Ora, se não há um plano a ser executado, seguramente, também não há um plano de redução e contenção de danos nos restantes sectores da economia. Os projectos de desenvolvimento das sociedades Pólis, que requalificaram os centros históricos das cidades, antecedendo a abertura de grandes fóruns à entrada das mesmas, deslocaram os clientes para outras zonas comerciais durante muitos meses, de onde resultaram novos hábitos de consumo e novas fidelizações. Com o argumento de devolver os passeios aos cidadãos, foram colocados obstáculos que impedem o estacionamento dentro das cidades, o qual passou a ser pago, enquanto o estacionamento dos fóruns comerciais é gratuito. A abertura de várias grandes superfícies, em todas as médias cidades, localizadas a poucos quilómetros umas das outras e a abertura das mesmas aos fins-de-semana, destroem a economia local, o comércio tradicional e as famílias. Se não há um plano para reestruturar o comércio a nível nacional, então, parece que há! É lamentável que o Governo se negue falar sobre esse assunto», refere em nota de imprensa a deputada Antonieta Guerreiro.
