sábado, 5 de junho de 2010

LIVROS EM LÍNGUA ROMENA JÁ FAZEM PARTE DO FUNDO DOCUMENTAL DA BIBLIOTECA MUNICIPAL DE LOULÉ



No âmbito do protocolo celebrado ontem à tarde entre a Câmara Municipal de Loulé e a DOINA - Associação de Imigrantes Romenos e Moldavos no Algarve, a Biblioteca Municipal Sophia de Mello Breyner Andresen passa a partir de hoje a ter um conjunto de obras em língua romena no seu fundo documental.

Estes livros são cedidos, a título de donativo, pela associação com o principal objectivo de facultar aos imigrante romenos e moldavos o acesso à informação e cultura proporcionando-lhes assim uma melhor integração na sociedade portuguesa, através do empréstimo presencial e/ou domiciliário.

Mas um outro facto importante a registar neste protocolo é que grande parte destas obras irão circular nas escolas, nomeadamente através das bibliotecas escolares, permitindo também aos estudantes originários da Roménia e Moldávia terem um contacto com a sua cultura.

Os livros serão seleccionados e catalogados pelos técnicos da Biblioteca.

No final da cerimónia teve lugar um momento de leitura protagonizado por duas técnicas da Biblioteca: Adriana Sava, romena, que leu textos traduzidos para romeno de Lobo Antunes, Eugénio de Andrade e Fernando Pessoa, e Ana Viegas, portuguesa, que leu textos traduzidos para português de Mihai Eminescu e Ana Blandiana.

Segundo Teresa Menalha, vereadora da Câmara de Loulé, “este é um momento muito importante já que a comunidade romena e moldava é uma grande comunidade no nosso Concelho e no Algarve, e que merece todo o nosso esforço e carinho”.

Recordando o protocolo com o Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, esta responsável disse que “este é mais um passo em frente para a integração destes imigrantes e, para muitos, para a consolidação dessa integração”.

Apesar de considerar este como um “acto simples”, Teresa Menalha salientou que “representa muito porque é a troca e partilha do conhecimento, da cultura e da língua e o fortalecimento de toda a interculturalidade que existe”.

Já Mariana Melentii, representante da DOINA, considerou que este é uma iniciativa “muito importante para a comunidade romena e moldava, sobretudo para os jovens pois a leitura é a principal forma de descobrir outros mundos e outras culturas e conhecermo-nos a nós próprios”.