domingo, 7 de agosto de 2011

MENDES BOTA REUNIU COM MORADORES DA EN 125

O deputado Mendes Bota reuniu ontem com cerca de uma centena de moradores e empresários de unidades comerciais confinantes com a EN 125, que se prevê venham a ser seriamente afectados pelo desenvolvimento do projecto de requalificação desta via.

Em causa está o troço 3 do projecto de execução das obras, entre Boliqueime e as Quatro Estradas, prevendo-se 6 alargamentos, 3 tratamentos urbanos e a construção de 9 rotundas.

Participaram também nesta reunião o vice-presidente da autarquia louletana, José Graça, e os presidentes das Juntas de Freguesia de Boliqueime, Rui Mogo, de S. Sebastião, Horácio Piedade, e de Quarteira, José Coelho Mendes, tendo sido transmitidas aos presentes as mais recentes informações sobre as intenções do consórcio concessionário da requalificação da EN 125.

Mendes Bota foi chamado pelos cidadãos a intervir, dado o seu conhecimento do assunto em causa, pois reside muito próximo da área do conflito, que levou ainda esta semana a um corte da estrada com grande impacto na opinião pública.
O deputado do PSD apelou à calma e à serenidade, e sugeriu que os cidadãos auto-mobilizados se organizassem, escolhendo uma comissão de representantes para os diálogos que é necessário empreender, e promovendo um abaixo-assinado bem estruturado, identificando todas as situações e as pessoas por elas afectadas, seja na habitação, seja nas actividades económicas.
Mendes Bota afirmou:
“Este é o tempo certo para se tentar, pela via do diálogo, minimizar os prejuízos, e rectificar o projecto de forma a poder conjugar a melhoria desta infra-estrutura rodoviária, com a viabilidade económica e social, de quem aqui trabalha e de quem aqui vive.
Não é aceitável que se queira enxertar à força uma quase auto-estrada com separador central, quatro faixas de rodagem, passeios, ciclovias, estacionamentos e arborização, no meio de um tecido urbano historicamente consolidado. Para que servirão os passeios e as vias de serviço, se os comércios forem à falência ou os moradores ficarem com a estrada rente às portas? Se o Estado quer uma auto-estrada, que a construa noutro lado. Tenho dificuldade em compreender porque razão, em tais situações de apertado espaço, se querem construir passeios pedonais com 2,5 m de largura de cada lado, quando a lei apenas obriga a 1,5m. Se o objectivo é fazer um separador central, para evitar viragens à esquerda, receio bastante, sobretudo pelas pessoas idosas que, deslocando-se de autocarro, sendo a paragem de um dos lados da EN 125, e habitando do lado contrário, como vão fazer para atravessar? Terão que caminhar até à próxima rotunda e voltar para trás? Poderemos estar a falar de mais de um quilómetro!”
E acrescentou:
“A democracia deve radicar na transparência dos actos da administração pública. Daí que é importante que este ante-projecto de execução seja exposto nas Juntas de Freguesia abrangidas, para que os cidadãos possam identificar as situações que lhes interessam.
Irei, hoje mesmo, interpelar oficialmente o Governo, a chamar a atenção para este problema, e para que se evitem factos consumados, sem diálogo, ou nas costas dos interessados e das autarquias. Logo que se tenha feito o inventário das situações conflituais, solicitarei uma reunião com a Estradas de Portugal S.A., para que, em diálogo, com equilíbrio e bom senso, se possa encontrar a melhor solução para todas as partes.
E todos em conjunto, cidadãos, autarquias, deputado, temos que estar unidos e atentos. Não nos podemos fiar de que o Estado não tem dinheiro e que a obra não vai avançar. Esta concessão não depende do Estado para ser financiada, e as obras são mesmo para avançar!”