quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

ENFERMEIROS DO INEM E CENTROS DE SAÚDE DO ALGARVE ENTREGAM “CARTA” AO PAI NATAL.


SERVIÇOS DE SAÚDE COMPROMETIDOS a partir de 31/Dezembro - SEP
"O funcionamento de vários Centros de Saúde e ambulâncias SIV podem estar comprometidos a partir de 31 de Dezembro pondo em causa as prestações de cuidados de saúde, e de enfermagem, às populações", afirma o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), direcção regional de Faro, em nota de imprensa, que transcrevemos.
"São 32 enfermeiros – 22 dos Centros de Saúde e 10 do INEM – que terminam os contratos naquela data sem que até agora, os responsáveis das duas instituições, tenham desenvolvido qualquer iniciativa com o objectivo de encontrar soluções que permitam a manutenção destes enfermeiros.
A inoperância do Ministério da Saúde/ARS Algarve e do INEM em encontrar uma solução definitiva para um problema que se arrasta há dois anos é inadmissível e inexplicável e, começa a ser importante perceber a quem interessa esta precariedade num sector cujos profissionais estão a fazer face a necessidades permanentes dos serviços.
A Ministra da Saúde decorrente das medidas anunciadas, cortes nas instituições de saúde e a possibilidade de não renovação de contratos, exige a manutenção das prestações de cuidados e da qualidade das mesmas.
Caso se verifique a saída dos enfermeiros dos seus postos de trabalho o SEP exigirá o encerramento de Unidades de Saúde/ unidades funcionais.
Para denunciar e responsabilizar publicamente quem de direito, os enfermeiros estarão a contactar a população de Faro, no próximo dia 18, Sábado, a partir das 10 horas da manhã, na rua de Santo António.
Entregarão comunicados à população onde explicam as consequências da falta destes cuidados de saúde.
Em seguida, deslocar-se-ão até ao Pai Natal, na “Aldeia Encantada”, na praça da Pontinha para entregar uma “carta gigante” com os “seus pedidos” na esperança que este problema, aparentemente insolúvel para os homens gestores possa ser resolvido pela fábula.
Na carta, e para além do contrato definitivo que lhes permita o desenvolvimento das suas competências e a aquisição de outras, os enfermeiros pedirão maior capacidade de decisão, responsabilidade e discernimento para os gestores dos serviços de saúde que continuam a optar por empresas de subcontratação contribuindo assim para o empobrecimento do país, da região e do Serviço Nacional de Saúde", conclui o documento.