quinta-feira, 28 de julho de 2011

Algarve é Região de país com a maior taxa de crescimento populacional

(Primeiros comentários da CCDR Algarve aos Resultados Preliminares dos Censos 2011, divulgados em 30/06/2011)

A recente divulgação dos Resultados Preliminares do XV Recenseamento Geral da População e do V Recenseamento Geral da Habitação (www.ine.pt, 30/06/2011) permite uma primeira análise das grandes dinâmicas ocorridas na Região do Algarve na primeira década do séc. XXI, em termos de população residente, famílias e parque habitacional.

O Observatório das Dinâmica Regionais, entendeu realizar uma análise sintética dos primeiros dados que apresentamos em anexo.

Em termos muito gerais, poder-se-á verificar que, nos últimos 10 anos:
• O Algarve foi a região do país com o maior crescimento populacional. A população residente passou de 395.218 para 450.484 habitantes, o que corresponde a um aumento de 14%, isto é, cerca de 55.250 indivíduos. Refira-se ainda a região Algarvia contribui para 28% do crescimento total do país (1,9%);
• A Região tem o concelho com o maior decréscimo populacional entre os 308 municípios nacionais – Alcoutim, com uma perda de população de 23,2% – e três dos cinco concelhos com maiores crescimentos populacionais no País: Albufeira, Portimão e Lagos (28,9%, 24,5% e 21,1%, respectivamente);
• Poder-se-á com alguma segurança perspectivar que, dado o crescimento do número de alojamentos ter sido substancialmente superior ao do número de famílias (36,9% contra 24,8%), o alojamento de uso sazonal ou secundário na região do Algarve (já muito próximo dos 40% do total de alojamentos em 2001), deverá já atingir, ou mesmo ultrapassar, 50% do total de alojamentos da Região;
• A dinâmica da procura continuou a ser muito mais acentuada no litoral do que no interior;
• As freguesias do “arco do Barrocal” beneficiaram da capacidade de atracção da Região, mostrando uma dinâmica significativa entre os momentos censitários;
• Acentuaram-se algumas dinâmicas de declínio populacional nas freguesias da serra e do Nordeste;
• A dinâmica do alojamento superou largamente a dinâmica populacional, indiciando a manutenção de um modelo territorial e socioeconómico centrado na imobiliária com usos sazonais;
• A continuada tendência de diminuição do nº de indivíduos por famílias, confirma uma alteração nas estruturas familiares, a contemplar nas análises socioeconómicas e nos planos de intervenção social;