segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Os jovens e o automóvel: amor ou desamor?



«Os jovens representam uma fonte de crescimento ainda por explorar pelos construtores», foi este o mote para que a edição de 2011 do Caderno Automóvel do Observador Cetelem analisasse as tendências de consumo dos jovens europeus no mercado automóvel. Novidade, nesta 5.ª edição, é o facto do perímetro do estudo ter sido alargado a oito países. A Bélgica e a Polónia juntam-se à Alemanha, França, Reino Unido, Espanha, Itália e Portugal.
«Os jovens europeus optam preferencialmente pelo segmento dos usados. No entanto, este perfil europeu esconde algumas disparidades nacionais. Portugal destaca-se do conjunto com uma grande percentagem de jovens com menos de 30 anos que compram carros novos: 20% contra 11% em média na Europa.» afirma Conceição Caldeira da Silva, Responsável pelo Observador Cetelem. Neste contexto, qual é a relação dos jovens portugueses e europeus com o veículo novo? Quais os seus condicionalismos económicos? Qual a sensibilidade dos jovens em relação ao impacto ambiental? Serão estas entre outras questões que o estudo, agora apresentado, procura dar resposta.
Entre as principais conclusões da 5.ª edição do Observador Cetelem destaca-se o facto de todos os anos, na Europa, a idade média dos compradores de automóveis novos aumentar, atingindo, actualmente, aproximadamente os 50 anos.
Da análise principal do estudo, o comportamento dos jovens consumidores europeus, é de evidenciar que, entre os jovens condutores europeus, apenas 11% desfrutam das alegrias de comprar um automóvel novo. Portugal, Espanha e, de uma forma menos vincada, a Itália apresentam uma situação diferente: com uma idade média mais baixa devido à grande percentagem de jovens com menos de 30 anos que compram carros novos: 20% em Portugal, 17% em Espanha, 15% em Itália. No caso de Portugal e Espanha, o segmento dos jovens até ultrapassa o segmento dos mais idosos em proporção. A permanência mais prolongada em casa dos pais permite-lhes efectivamente evitar uma série de despesas impositivas e importantes (renda, alimentação...) e consagrar um orçamento mais consequente ao automóvel.
Contrariamente a muitas das ideias amplamente difundidas, os dados agora divulgados, vêm demonstrar que não existe actualmente um divórcio entre os jovens e o automóvel, mas é tempo de agir. O mercado tem de responder, simultaneamente, a três das mais importantes expectativas: o preço, a estética e a ecologia. Agora mais do nunca, a resposta passa pela complementaridade e não pela opcionalidade.