terça-feira, 11 de outubro de 2011

AHRESP adverte: "AUMENTO DO IVA PROVOCARÁ 120 MIL DESEMPREGADOS"

Teve hoje lugar um importante e oportuno debate promovido pela Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) tendo como tema único o aumento da taxa intermédia do IVA de 13 para 23% com efeitos imediatos nos sectores da restauração e da hotelaria. Segundo declarações do representante da ARHESP, "o aumento do IVA para 23% pode originar, até ao final de 2013, a perda de 1,45 mil milhões de euros de receitas para o Estado e de 1,8 mil milhões de euros para as empresas, bem como o eventual encerramento de mais de 54 mil empresas, na sua maioria PME, facto que resultará na extinção de cerca de 120 mil postos de trabalho directos, a nível nacional", lês-se em nota de imprensa, que transcrevemos:.
"Estes números são preocupantes quando temos presente que a restauração e a hotelaria têm um peso muito substancial na economia nacional e regional, sendo que o Algarve será fortemente penalizado uma vez que a oferta turística inclui, inevitavelmente, a restauração onde se tem vindo a investir fortemente ao nível da qualificação das infra-estruturas e da formação dos recursos humanos, para que o serviço prestado seja ainda melhor. A confirmar-se esta medida do Governo, e as consequências daí resultantes conforme enunciado pela AHRESP, o Turismo do Algarve prevê graves implicações a nível da procura e da receita, assim como no grau de competitividade que se baseia, também, no indiscutível binómio do preço/qualidade, que obviamente estará posto em causa.
Quando nos é solicitada mais criatividade e inovação, razão pela qual estamos a tentar estimular ao máximo a procura da gastronomia e vinhos algarvios como mais uma motivação e um factor de diferenciação deste destino, face à concorrência de outros mercados receptores, o aumento do IVA na restauração e na hotelaria, e também no vinho, torna quase impossível de obter resultados positivos nos nichos de mercado de Turismo Gastronómico e Enoturismo. A confirmar-se o aumento da taxa intermédia do IVA, o Turismo do Algarve prevê uma substancial quebra dos proveitos na restauração ao nível hoteleiro, podendo alcançar um expressivo decréscimo de dois dígitos, acompanhado da restauração e similares na sua globalidade. Este facto não abona a imagem do destino, nem a sustentabilidade da oferta e da procura. Compromete por isso o desempenho das empresas e da sua capacidade empregadora, com inevitável reflexo negativo não só para a economia regional, como também para a economia nacional, tendo em conta a receita gerada na região algarvia e o seu precioso contributo para o PIB.", conclui o documento assinado por António Pina, Presidente da Direcção da Entidade Regional de Turismo do Algarve.