Aproveitando o Dia Mundial do Ambiente a Unidade de Saúde Pública do Sotavento, promoveu uma acção, tendo por finalidade prevenir o risco relativamente à exposição excessiva ao sol, como nos disse, a Enfermeira Natália Perestrelo.
“Tentamos informar aos meninos do Infantário O Girassol os cuidados a ter. Oferecemos-lhes uma camisola, um chapéu e uma mochilinha com uma peça de fruta e água o que faz parte de uma alimentação saudável. Antes de sairmos, colocamos protector dizendo-lhes que não era só necessário quando vão à praia, mas também num passeio pela Marginal, como o que fizemos. Utilizar esses objectos e também os óculos de sol, os quatro cuidados principais quando saímos e nos vamos expor ao sol. Tentamos passar um conceito que contribua para uma vida saudável. Eles ao chegarem a casa vão levar a mensagem aos pais”.
- É um escalão etário muito novo para se aperceberem dos problemas, mas de pequenino…
- São crianças que estão numa faixa que se adequarmos a linguagem daquilo que pretendemos transmitir, eles captam com muita facilidade onde queremos chegar. Vão chegar a casa e dizer que tiveram um dia diferente. Vão relatar tudo. Estas coisas vão ficar. Da próxima vez que saírem com os pais vão chamar-lhes a atenção para o que falta. É isso que pretendemos. Que levem a mensagem aos pais. Escolhemos esta época porque eles vão começar a entrar de férias e vão expor-se ao sol.
- Esta é uma parceria só com os infantários da Misericórdia ou também com outros?
- Não! Nós tínhamos de fazer isto nalgum sítio e tínhamos de pensar em escolher uma sala só com meninos mais pequeninos. Esta sala tem vinte e cinco, dos três aos seis anos. Uma das actividades era passear ao longo da Marginal. Não podia ser um trajecto muito grande, para se evitar os transportes e se calhar inviabilizar este projecto. Daí o escolhermos algo que fosse possível fazer sem grandes dificuldades para todos. Não há muito movimento. É fácil deslocar o grupo. Por isso fizemos a proposta neste local. Hoje, no percurso, aproveitamos para transmitir outros cuidados, como circular pelos passeios, atravessar pelas passadeiras.
- Esta é uma acção que não ficar por aqui?
- Pretendemos alargar a outros infantários. Não tem a ver com o facto de ser Misericórdia. Depois pensaremos noutras coisas com mais tempo. Este é o nosso trabalho. A promoção e a prevenção da saúde na Unidade de Saúde Pública. Vamos tentando chegar a um número de público cada vez maior. A nossa actividade não se confina às instalações. Por isso é que estamos a trabalhar na comunidade. Temos de vir para a rua falar com os meninos, organizando este tipo de actividades.
- Para isso é preciso uma preparação especial?
- Na Unidade de Saúde Pública trabalhamos todas para a comunidade. Foi uma escolha trabalhar nesta área. Agora, surge o trabalho.
Carla Sousa, Educadora, disse-nos ter sido, para as crianças, muito gratificante, este tipo de actividade. “É muito positivo. Aprendem coisas novas, Convivem com pessoas diferentes. Há o alargamento da comunidade”.
- Vieram ensinar coisas que no dia-a-dia passam ao lado?
- Não passam muito ao lado, mas é sempre bom falar cada vez mais sobre estes assuntos. Foi saudável. Aprenderam a pôr o protector. Vão depois dizer aos pais o que é necessário.
- Estas acções e outras do género são úteis?
- São sempre bem vindas. Foi muito gratificante para todos nós.
Tomaram parte na acção: Natália Perestrelo, Enfermeira, Tânia Gonçalves, Técnica de Saúde Ambiental, Isa Colaço, Técnica Saúde Ambiental (estagiária – ver caixa), Ana Figueiredo, Higiene Oral, Carla Sousa, Educadora, Arménia de Jesus e Telma Luz, auxiliares.
Geraldo de Jesus