Na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos, em Tavira, foi apresentado o novo romance, da autoria de Jorge Correia (médico e antigo presidente da Câmara Municipal de Tavira), cuja receita foi oferecida à Conferência de S. Vicente de Paula (Vicentinas).
O romance que conduz o leitor, através do seu personagem principal Zé Cortês, nascido em Séquaburgo, pequeno povoado próximo de Gilãoburgo, por uma viagem de amores e desamores, em que a amizade e o amor pelo próximo têm um papel fundamental, foi apresentado por Ana Cristina Simão Matias, coordenadora da Biblioteca da Escola Secundária, da qual Jorge Correia é patrono, realçou que “ser autor de pode trazer-nos muitos louros, benefícios monetários, mas o Dr. Jorge Correia, escreve porque gosta, por prazer, para dar”.
(…) A médica, o arquitecto, estes amigos que se encontram na Séquaburgo, na Gilãoburgo, a sua ligação a Tavira, poderão despertar o vosso gosto por ler. Por outro lado a ideia é de veicular uma sociedade mais justa.
Uma sociedade mais progressista do que aquela em que vivemos. De facto ao longo da obra há um apelo à valorização da experiência. À união de esforços, ao respeito em liberdade. Ao respeito pelo mérito individual. Ao respeito pelos haveres de cada um e também à faculdade na saúde, na educação e na justiça.
Pergunto-me então: - Será este tipo de sociedade uma utopia? Onde há esta justiça, este progresso?
Respondo à minha própria pergunta, dizendo que para o Dr. Jorge Correia, para aquele que escreve para dar, para aquele que apela que pensemos nos outros, não é, não pode ser utopia.
O autor, falou sobre a obra, “vinda de conhecimentos pessoais, de histórias contadas entre amigos, nunca escritas”, da sua experiência pessoal e finalizou emocionado:
- Sou um homem simples. É nisso que eu tenho gosto e tenho sentimentos. Quando olho para um espelho, digo, muitas vezes assim: - Já foste tipo, afastado. Agora tens de ser mais correcto, mais humano para os outros.
Conceição José, Presidente das Vicentinas referiu que o amor fraterno, como é o caso do Dr. Jorge Correia, com a oferta do seu livro, vai a ajudar a resolver alguns problemas de famílias, algumas das quais ontem viviam bem, hoje passam dificuldades, quantas vezes numa pobreza envergonhada. Todos os dias novas famílias nos batem à porta. Neste voluntariado, quantas vezes batemos a uma porta que se fecha, mas abre-se uma janela… Este sentimento de amor pelos outros, nem sempre é fácil.
Geraldo de Jesus