quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Projectos do CCMAR foram os grandes vencedores do prémio InAqua


“Cavalos-marinhos em risco na Ria Formosa?” e “Deep Reefs”, projectos coordenados pelo Centro de Ciências do Mar (CCMAR), foram os grandes vencedores do prémio InAqua 2010, promovido pelo Oceanário de Lisboa e pela National Geographic Channel, cujo tema era: “A Conservação da Biodiversidade dos Oceanos”.
O projecto “Cavalos-marinhos em risco na Ria Formosa?”, primeiro premiado, é coordenado por José Pedro Andrade, do CCMAR. Conta com a participação da Universidade do Algarve, e é realizado em parceria com a Universidade da Colúmbia Britânica e a Sociedade Zoológica de Londres. O principal objectivo é investigar as causas do declínio das populações da Ria Formosa e estudar medidas de recuperação destas comunidades.
O primeiro premiado explica a importância deste galardão: “permitirá continuar a investigação sobre este tema, que está relacionado com a perda de biodiversidade em geral e com a situação conservacionista dos cavalos-marinhos da Ria Formosa em particular, isto face à ameaça real que se traduz na redução abrupta (no espaço dos últimos 6 anos) e considerável (cerca de 85%) nos efectivos das duas espécies (cavalo-marinho (Hippocampus hippocampus) e cavalo-marinho-de-focinho-longo (Hippocampus guttulatus))”. José Pedro Andrade acrescenta ainda que este prémio vai ajudar a aprofundar relações com o Project Seahorse, organização de referência a nível mundial na conservação dos cavalos-marinhos.
O “Deep Reefs”, galardoado com o 2º lugar, foi apresentado por Joana Boavida, bolseira do CCMAR, e tem como objectivo mapear a biodiversidade marinha dos habitats de recifes entre 30 e 70 metros de profundidade, na Reserva Marinha do arquipélago das Berlengas, Parque Marinho do sítio Arrábida/Espichel e na costa sul Algarvia, entre Armação de Pêra e Lagos. “Receber um voto de confiança destas duas instituições, Oceanário de Lisboa e National Geographic Channel, é muito motivante para todas as pessoas envolvidas no projecto Deep Reefs. Os 14 mil euros que o Deep Reefs recebeu vão servir para avançar com novas campanhas de mergulho e comprar equipamentos necessários ao trabalho subaquático”, refere Joana Boavida.