quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Portagens na Via do Infante: CFC apela à luta, mas legal e digna

O pagamento das portagens na Via do Infante foi, a partir de hoje, imposto pelo Governo. "Portagens são más para tudo e todos. EN 125 vai entupir e a sinistralidade aumentar. As gerações atuais e a história condenarão a conduta dos poderes públicos regionais e de quase todas as organizações da sociedade civil, porque “desertaram” da luta", afirma o movimento Cidadãos com Faro no Coração (CFC), liderado pelo antigo autarca José Vitorino, através de nota de imprensa, que transcrevemos na integra:
José Vitorino (CFC) e José Amaro (Moto Clube Faro) juntos na luta "Conforme o Decreto-Lei 111/2011 de 28 de Novembro, é já amanhã dia 8, a partir das 00 horas, que está previsto o início da cobrança de portagens na Via do Infante. Em coerência com as posições de luta permanentemente assumidas (como Movimento Autárquico Independente e Associação Cívica, bem como pelo combate travado desde 2004 por muitos dos seus membros), o CFC regista o dia como a data da indignação. O CFC constata que durante os 7 anos de luta (2004/2011), o poder de Lisboa sempre esteve a favor e a população algarvia sempre esteve contra. Por outro lado, entre traições político-partidárias ao eleitorado por vassalagem aos “chefes”, interesses corporativos e oportunismos, quase todas as entidades públicas e a maioria das organizações da sociedade civil da região, foram abandonando o campo de batalha. A conduta de quem desertou ou “virou a casaca” é condenável pelas gerações atuais e pela história, por esse mau serviço à região. Poucos se mantiveram firmes.
Comissão de Utentes da Via do Infante promete não parar a luta Mas o CFC não tem dúvidas em como face aos pesados e injustos custos que pretendem impor à população e às empresas, infelizmente, a realidade demonstrará que as portagens na Via do Infante são más para tudo e para todos, a EN 125 vai entupir e a sinistralidade vai aumentar. Em si mesmo e pelas consequências, constituem um atentado ao Algarve e ao próprio país. Nesta oportunidade, o CFC faz questão de expressar que a luta e critica firme deve continuar, mas com inequívoco respeito pela ética e princípios do Estado de Direito da nossa democracia parlamentar ocidental, consagrada na Constituição. Aí se enquadrarão novas iniciativas que o CFC tem em estudo, adequadas à nova fase. Sem ambiguidades, o CFC reafirma o seu código de conduta na luta contra as portagens. O CFC será sempre contra o radicalismo e não comungará nem incentivará, implícita ou explicitamente: a violência, seja de que tipo for; a desobediência civil e o desrespeito ou atos menos dignos, em relação a instituições públicas e seus representantes. É no respeito por este código que a luta continuará!", conclui o documentio CFC