terça-feira, 23 de novembro de 2010

Show de luxo invade o Portimão Arena


Campeonato do Mundo de Patinagem Artística
O Portimão Arena recebe hoje, pelas 19h00, a cerimónia de abertura destinada às equipas juniores de 21 países que vão disputar o Campeonato do Mundo de Patinagem Artística.
Portugal estará representado, nesta categoria, por oito patinadores e será a última nação a desfilar no Portimão Arena: Ana Rita Silva, Bruno Colaço, Carolina Andrade, Diana Ferreira, Inês Gigante, Ricardo Martins, Ricardo Pinto e Valter Silva são os atletas que compõem a Selecção Nacional.
Filipe Sereno e Raquel Correia são os treinadores do conjunto português e perspectivam a conquista de bons resultados, depois dos desempenhos de qualidade nas mais recentes competições internacionais, nomeadamente no Campeonato da Europa e Taça da Europa deste ano.
«Esperamos bons resultados, porque temos atletas de qualidade, como se viu no Campeonato da Europa. É o primeiro Mundial para todos, excepto para Inês Gigante, que ficou em quarto lugar no Campeonato do Mundo de Freiburg. A Inês e a Carolina Andrade são as mais experientes, ganharam medalhas de ouro na Taça da Europa e no Campeonato Europeu e espera-se que possam conquistar aqui medalhas. Os rapazes estão, também, bem preparados e perspectivamos que possam ter bons resultados», afirma Raquel Correia, que se estreia como treinadora num Campeonato do Mundo.
Valter Silva é, também, um dos trunfos de Portugal: «Ganhou a medalha de prata no Campeonato da Europa de Paris, mas era juvenil e agora é diferente, porque se trata de um Campeonato do Mundo. No entanto, é um patinador com muito potencial», admite Raquel Correia.
Filipe Sereno representa, pela primeira vez, Portugal a este nível, mas, na época passada, orientou, tecnicamente, Diana Ribeiro, que alcançou o quinto lugar no Mundial de Freiburg: «Actuar em casa é bom, mas pode funcionar como uma pressão extra para os nossos atletas e esperamos, naturalmente, que a possam superar», refere o treinador, medalha de bronze como patinador numa Taça da Europa: «Merecia ganhar a medalha de ouro», acrescenta entre sorrisos.
Raquel Correia, que treina há 15 anos, salienta, também, a importância do público português: «Quando os atletas portugueses entram, os espectadores fazem barulho, ajudam e apoiam, mas, por vezes, eles tremem. Receber o Campeonato do Mundo é importante, porque é uma forma de divulgar a modalidade, perante os nossos espectadores. Ganhamos medalhas e, muitas vezes, ninguém sabe. Por outro lado, é bom para a Federação e para Portugal: sabemos receber, organizar e costumamos ser elogiados».
Filipe Sereno, treinador há 18 anos, antevê que as grandes potências internacionais possam proporcionar espectáculos de qualidade: «A Itália costuma dominar os campeonatos, mas há outros países, como Estados Unidos, Brasil, Espanha ou França, que têm muito valor. A adesão do público deverá ser maior no final do campeonato de juniores, no Show e Precisão e depois nos seniores».