terça-feira, 23 de novembro de 2010

Comissão Política de Secção da JSD de Vila Real de Santo António indignada com posição da CP


A comissão política de secção da Juventude Social Democrata de Vila Real de Santo
António faz saber que: Os jovens sociais-democratas vilarrealenses estão indignados com a decisão da empresa C.P. - Comboios de Portugal de acabar com a ligação diária das 23h25 entre Faro e Vila Real de Santo António.
Esta comissão política da JSD vê nesta atitude um total desrespeito para com as
populações do sotavento algarvio e, acima de tudo, para com os jovens vilarrealenses que estudam e trabalham noutros pontos do Algarve.
É com desagrado que esta estrutura partidária juvenil olha para a gestão que a C.P. tem efectuado na Linha do Algarve. Desinvestimento parece ser a palavra de ordem,
baseando-se em critérios ambientais e financeiros para justificar uma política de
desestruturação e desinvestimento de toda a rede ferroviária algarvia.
Vejamos:
1º- A falta de um real Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável para o
Transporte Ferroviário no Algarve, como o que ocorreu na linha do Norte, tem
transformado esta linha num instrumento obsoleto e inadequado às verdadeiras
necessidades das populações.
2º- A falta de comodidade e de segurança das composições a par da degradação das
estações algarvias, representam hoje um grave problema para as populações beneficiárias deste meio de comunicação, assim como daquelas que vivem nas suas imediações.
3º- A constante redução das ligações ferroviárias intra-regionais e regionais tem sido, desde longa data, uma constante na política da empresa nesta região, contrariando a estratégia nacional que aponta este meio de comunicação como o cluster para área dos transportes públicos.
4º- A distância relativa, que hoje existe, entre Faro e Vila Real de Santo António, tendo por base este meio de comunicação, é inadmissível quando comparada com os restantes meios de transporte, estando balizada entre 1h e 1h10.
Neste sentido, a Juventude Social Democrata de Vila Real de Santo António considera que este modelo de gestão da linha do Algarve, tal qual está implementado, apenas serve o propósito do agravamento das assimetrias regionais e o desincentivo à utilização do transporte público. Assim, considera urgente a criação de um Plano Estratégico de Desenvolvimento para o Transporte Ferroviário Algarvio que tenha em conta uma ferrovia estruturada, acessível, competitiva e ambientalmente responsável.