sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Ria Formosa: TRADICIONAL FESTA DOS HANGARES - Domingo




Os Hangares, um dos núcleos habitacionais das ilhas-barreira da Ria Formosa com mais história, desde a aviação à pesca, comemora, amanhã, 15 de Agosto, o dia da sua Padroeira, a Nossa Senhora do Rosário, a que se juntam a Nossa Senhora das Dores (andor transportado pelos Bombeiros da Póvoa de Varzim) e o Sagrado Coração de Jesus. Estarão presentes, a Governadora Civil de Faro, Isilda Gomes, o edil Macário Correia, representantes partidários e autoridades marítimas.
Chama-se Hangares porque na I Guerra Mundial os hidroaviões franceses pousavam na Ria Formosa, frente ao núcleo piscatório, onde foram construídos os hangares para receberem as máquinas voadoras, Ainda hoje existem as respectivas ruínas.
A população residente nas cerca de 200 habitações, a que se juntam muitos familiares e amigos em férias,protagonizam uma das principais procissões marítimas do País.
Três andores carregados aos ombros por homens e mulheres, todos de pé, em lanchas e saveiros, seguidos por várias dezenas de outras embarcações, desde o "mar santo", frente ao núcleo do Farol, até aos Hangares, realizam um acto de fé que nem aos residentes e veraneantes que se encontram no extenso areal deixa indiferentes, com alguns a acenarem em direcção ao extenso cortejo de embarcações engalanadas.
Outro dos pontos altos da procissão é o encontro, em pleno "mar santo", do andor de Nossa Senhora do Rosário, que vem acompanhado de Faro por uma lanchaa da Marinha com todos os convidados, civis e miliatres, com os andores da Senhora das Dores e do Sagrado coração de Jesus.
Desde o ponto de reunião até ao cais dos Hangares, repleto de hangrenses, é um não parar de buzinas e sirenes das embarcações a tocarem. Carregados os andores das embarfcações para o cais, o padre conduz a procissão até á capela, na Associação dos Hangares, onde celebra missa perante dezenas de fiéis.
A história, raizes e tradições deste histórico núcleo habitacional levam a população hangrense a reforçar estas celebrações a cada ano que passa, mesmo perante o incompreensível peso do camartelo da renaturalização (demolição) da aldeia piscatória do concelho de Faro.