terça-feira, 27 de julho de 2010

Abertura das grandes superfícies aos Domingos e Feriados – Mais uma machadada no Comércio Local - ACRAL



"A aprovação do decreto-lei, no dia 22-07-2010, em Conselho de Ministros, que permite a abertura das grandes superfícies aos Domingos e Feriados, é mais uma machadada no comércio tradicional que irá ter um impacto negativo fortíssimo", adverte a Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL) através de uma nota de imprensa.
"A ACRAL enquanto Associação Comercial de maior representatividade no Algarve lamenta que o mesmo tenha sido aprovado sem que todas as partes envolvidas neste processo tenham sido ouvidas e responsabiliza o Governo por passar a “batata quente” que tinha nas mãos, através do lobby da grande distribuição, para a esfera das autarquias.
O Algarve é a região do país com a maior taxa de metros quadrados de grandes superfícies por mil habitantes, e uma das maiores da Europa, e por isso as autarquias têm de ter consciência do impacto negativo que esta medida irá ter na nossa região e ao contrário do que foi feito no passado tomar as medidas necessárias para evitar que casos como o da ALiccop/Alisuper voltem a acontecer. Temos de ter uma região que privilegie a economia local e não os interesses dos grandes grupos de distribuição alimentar.
Neste ponto a AMAL enquanto entidade que congrega todos os municípios tem aqui uma oportunidade de dar directrizes muito claras e definir uma politica macro económica para a região, no que diz respeito, à abertura e horário das grandes superfícies. Este tem sido o grande calcanhar de Aquiles, na politica económica e comercial da região, porque nunca houve uma politica integrada da região e cada município, mediante os interesses locais que tem, foi aprovando grandes superfícies sem terem em conta o impacto negativo que isso iria trazer ao comercio local.
Os principais prejudicados com a aprovação deste decreto-lei são o Comércio Local que vê cada vez mais dificultada a árdua tarefa de lutar contra as grandes superfícies e por arrastamento a economia nacional que irá sofrer pela destruição de inúmeras micro e pequenas empresas que irão criar mais desemprego e todos os problemas sociais a ele associado", conclui o documento.