domingo, 10 de janeiro de 2010

Coimbra e Lisboa participam na fundação de Rede das Cidades Romanas do Atlântico, Faro quer entrar


Os municípios portugueses de Coimbra e Lisboa são fundadoras da Rede de Cidades Romanas do Atlântico que deverá ser constituída no próximo dia 21, em Madrid, Espanha, e que abarcará ainda parceiros de vários países.

A Rede de Cidades Romanas do Atlântico permitirá começar a dar a conhecer o mundo romano a partir de uma perspectiva muito inovadora, os assentamentos ao longo do Atlântico, contribuindo para um melhor posicionamento turístico das cidades, declarou à agência Lusa uma fonte da Câmara de Coimbra.

Será uma rede de municípios, que na sua área de influência mobilizará os parceiros que possam contribuir para dinamizar os recursos existentes, actividades culturais e criar produtos e acções turísticas diferenciadas.

No caso de Coimbra, é intenção, entre outras entidades, envolver a Universidade e o Museu Nacional de Machado de Castro, que tem dinamizado uma forte investigação e por ser ele um também um espaço de exibição do período romano, por se implantar sobre as estruturas visíveis do antigo Fórum da Aeminium, declarou à agência Lusa Raquel Santos, que tem representado a Câmara Municipal nas reuniões preparatórias.

Coimbra e Lisboa foram as representantes portuguesas numa reunião que a 14 e 15 de Julho de 2009, por iniciativa da câmara municipal de Irun, juntou no Museo de la Romanización Oiasso, Espanha, as localidades do país anfitrião de Gijon, Sevilha, Pontevedra, Tarragona, Cartagena e Calahorra, bem como as francesas de Dax e Perigneux.

Nesta reunião de Irun foi decidido fundar a rede e estender o convite a outras cidades, uma constituição que agora deverá ser formalizada durante a Feira Internacional de Turismo de Madrid, a Fitur, a 21.

A criação de uma imagem corporativa para promoção turística conjunta a partir da perspectiva da sua identidade romana, a colaboração e o intercâmbio de acções entre os gestores do património romano das cidades, o fomento da investigação histórica entre as cidades participantes e a realização de conferências, exposições, congressos e cursos são algumas das acções previstas.

No âmbito da rede serão sensibilizadas as populações locais para ajudar à valorização dos recursos turísticos romanos, estimuladas actividades que ampliem a oferta histórica, cultural e gastronómica de acordo com as particularidades de cada cidade, e potenciada a configuração de uma rede europeia de cidades romanas.

Além das cidades fundadoras que participaram na reunião de Irun, já manifestaram interesse em integrar a Rede das Cidades Romanas do Atlântico Saragoça (Espanha), Bayonne, Boulogne sur Mer, Vienne (França), Faro, Santarém (Portugal) e York (Inglaterra).

Segundo Raquel Santos, entre as portuguesas era importante que figurassem na rede as de Mértola e Braga, e encontrar também uma forma de a integrar a antiga cidade romana de Conimbriga, que administrativamente integra o município de Condeixa-a-Nova.

Lusa