terça-feira, 29 de novembro de 2011

Restauração acusa o Governo de abandonar o sector

Perante o aumento do IVA para a taxa máxima Restauração acusa o Governo de "abandonar o sector e de o obrigar a tomar medidas extremas. Empresários consideram incontornável a reestruturação do sector", advertem as associações do sector, através de uma nota de imprensa, que transcrevemos na íntegra:.
"É com grande desagrado e preocupação que a APHORT – Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo e a AIHSA - Associação dos Industriais Hoteleiros e Similares do Algarve acolhem a decisão do Governo em aumentar a taxa de IVA aplicável à restauração em 10 pontos percentuais, acusando-o de abandonar o sector e de obrigar os empresários à tomada de medidas extremas nos seus negócios. Por se terem revelado infrutíferos os esforços levados a cabo pela duas Associações para negociar soluções alternativas com o Governo, bem como todos os apelos efectuados por inúmeras entidades nacionais e europeias (nomeadamente a Confederação Europeia do sector – HOTREC), ambos os organismos vêem com apreensão o futuro da restauração, que terá forçosamente de se reestruturar para se adaptar a esta nova realidade.
Numa primeira fase, as Associações reconhecem que essa reestruturação poderá ter que passar pela extinção de postos de trabalho, uma vez que os custos com recursos humanos serão, a curto/médio prazo, a única rubrica onde as empresas poderão actuar para anular o efeito do aumento do IVA.
O encerramento de um grande número de estabelecimentos e um maior incentivo à economia paralela serão outros cenários sobre os quais será necessário ter atenção. Neste sentido, a APHORT e a AIHSA continuam a defender a criação de medidas de combate à economia paralela que permitam por um lado, gerar mais receita para o Estado e, por outro, travar a concorrência desleal e criar uma maior transparência no sector. Ambas as Associações entendem que este é o momento para uma reflexão sobre o futuro do sector, comprometendo-se, desde já, a dar seguimento ao trabalho que têm vindo a desenvolver no sentido de dotar os seus associados das ferramentas necessárias para fazer frente ao actual contexto económico", conclui o documento.