sábado, 18 de dezembro de 2010

Em Olhão: Ano Novo com Carlos Guilherme e Ana Sêrro


O Concerto de Ano Novo, que o Município organiza todos os anos no dia 1 de Janeiro, contará, desta vez, com a presença do tenor Carlos Guilherme e da soprano Ana Sêrro, que serão acompanhados por uma orquestra de câmara. O espectáculo do primeiro dia do ano acontece no Auditório Municipal de Olhão, às 21h30. A não perder!
Carlos Guilherme, bem conhecido dos algarvios, nasceu em Lourenço Marques. Estudou com John Labarge no Conservatório Regional do Algarve e foi cantor residente do Teatro Nacional de S. Carlos de 1980 a 1992. Aí estreou-se em “Macbeth” de Verdi. O seu repertório conta com 73 óperas, muitos recitais e concertos por todo o país e pelo Mundo.
Colaborou várias vezes com a Fundação Gulbenkian, com o Coro da Universidade de Lisboa, o Coral Luísa Todi de Setúbal, o Coro dos Antigos Orfeonistas de Coimbra, o Coral da Sé do Porto, a Ópera de Câmara do Real Teatro de Queluz e o Círculo Portuense de Ópera. A partir de 1987 foi convidado para cantar noutros países tais como os Estados Unidos, Brasil, Moçambique, Bélgica, Espanha, França e Israel. Foram êxitos na sua carreira os papéis de Almaviva, Trouffaldino, Ferrando, Ottavio, Goro, Bardolfo, Lord Puff, Cassio, Herodes e outros. Gravou em CD “A Canção Portuguesa”, com Armando Vidal e mais recentemente em DVD e CD “Canções Napolitanas” com a Orquestra de Bandolins da Madeira. Apresentou-se com esta orquestra no Festival ao Largo (S. Carlos) e fez com ela uma digressão pelo Reino Unido tendo então efectuado 10 concertos em outras tantas cidades daquele país.
Cantou com todas as orquestras portuguesas e algumas estrangeiras famosas: Orquestra de Câmara de Pádua, do Comunal de Bolonha, Filarmónica de Moscovo e Sinfónicas de Budapeste, de S. Francisco, de Israel, de Pequim e de Xangai. Em Abril de 2001 estreou-se em Itália no Teatro Rossini, em Lugp, com um papel principal na ópera “Il Trionfo di Clelia” de Gluck. Em 2003 actuou em Coimbra com o renomado tenor José Carreras. Em Janeiro de 2005 actuou em Itália, nos Teatros Comunais de Ferrara e de Modena, na ópera Ariadne auf Naxos de Richard Strauss.
Em 2009, após fazer com sucesso o papel de Herodes na ópera Salomé (R.Strauss), em S. Carlos, foi artista convidado pelo Festival Mozart em A Coruña. Cantou ainda mais três óperas: Sansão e Dalila (Saint-Saens), Lo Frate Nnamurato (Pergolesi) e A Orquídea Branca (Jorge Salgueiro). A sua ligação com a música ligeira é sobejamente conhecida. "Quando o coração chora" constituiu um êxito enorme sendo-lhe atribuído o 1º disco de platina em Portugal. Mais tarde obteve novos êxitos discográficos com "Canções de Amor" (platina), "Histórias de Amor" (ouro), "Canções em Português" (prata), "Encontro" com Anabela (ouro) e outros CD. É detentor do Prémio Tomás Alcaide e de quatro prémios Nova Gente.
A soprano Ana Sêrro nasceu em Lisboa, onde começou os seus estudos musicais aos 4 anos na Academia de Amadores de Música de Lisboa. Mais tarde, ingressou na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa, onde frequentou o curso de Canto na classe da Prof.ª Maria Cristina de Castro. Estudou ainda com a Prof.ª Maria Helena Pina Manique, Prof.ª Liliana Bizineche e com a Prof.ª Elena Dumitrescu Nentwig. Actualmente estuda com a Profª Isabel Biu.
Paralelamente aos estudos musicais, licenciou-se em Relações Internacionais pelo ISCSP, fez Pós-Graduação em Estudos Europeus na Universidade Católica de Lisboa, concluiu o Proficiency in English no Instituto Britânico e o 7e Année do Instituto Franco-Portugais.
Participou no Concurso Nacional de Canto “Luísa Todi 1992”, no Curso de Verão de Vishudda com récita final no ACARTE em Lisboa, no Curso internacional de verão de Cascais realizado no Teatro Gil Vicente, frequentou ainda um “Master Class” no ACARTE com Ileana Cotrubas e em “Master Classes” promovidos pelo Centro Nacional de Cultura e orientados pela Prof. Elena Dumitrescu Nentwig.
É membro do Coro do Teatro Nacional São Carlos desde 1999, tendo participado anteriormente em várias óperas e em corais sinfónicos. Foi também membro do Coro de Câmara “Camerata Vocal de Lisboa”.
Como solista tem cantado várias peças de oratória e realizado alguns recitais e concertos. No âmbito do Estúdio de Ópera do Conservatório Nacional, estreou-se no C.C.B. no papel de Pamina da Ópera “A Flauta Mágica” de W.A. Mozart, e como Colombina na peça “Pequena Harlequinada” de A. Salieri. Participou ainda na ópera “Street Scenes” de Kurt Weil, levada a cena no Teatro Nacional de São Carlos, na “Petite Messe Solenelle” de Rossini (concerto realizado no Salão Nobre do Teatro Nacional de São Carlos) e na Fantasia Coral de Beethoven realizada no Teatro São Luis.
Juntamente com o quarteto “Intempore”, Ana Sêrro faz parte do “Projecto Tutti” e com eles tem participado em concertos e recitais, nomeadamente nas “Noites da Tecauto” realizadas em Torres Vedras. Em 2009 foi convidada para concertos com a Banda de Alenquer e foi solista no Concerto de Ano Novo da Banda Sinfónica da GNR realizado no Teatro Tivoli.