Teve lugar no passado dia 12 de Novembro, em Cascais, a primeira edição das Jornadas Técnicas da Grande Lisboa sobre o Escaravelho da Palmeira. Tendo em conta que o Algarve foi a primeira região do País a ser atingida por esta praga, o Município de Silves foi convidado para, através do seu testemunho real, demonstrar como tem obtido resultados no combate a esta epidemia.
Recorde-se que sendo esta praga originária das zonas tropicais da Ásia e Oceânia, a mesma propagou-se pela Europa desde o início dos anos 90, tendo atingido Portugal, e mais concretamente o Algarve, desde 2007, dizimando na região inúmeros exemplares de palmeiras (Phoenix Canariensis).
No caso concreto do concelho de Silves a estratégia adoptada, e apresentada nestas Jornadas, teve por base a luta preventiva e curativa no tratamento desta praga, através da utilização de produtos biológicos, factores que permitiram alcançar resultados relevantes na recuperação de palmeiras já afectadas, assim como na estabilização do desenvolvimento e propagação da praga em todas as palmeiras de domínio público.
Considerando que o Rhynchophorus Ferrugineus (vulgo escaravelho das palmeiras) continua a disseminar-se em grande escala, destruindo um enorme património arbóreo, e que a disseminação já atingiu a região da Grande Lisboa, prevendo-se a sua rápida proliferação em direcção ao norte do país, esta iniciativa revestiu-se de primordial importância na troca de experiências e informação que permitirão agir de uma forma mais eficaz, quer na prevenção, quer no combate a este flagelo.
Do painel de oradores convidados, para além de João Garcia, responsável pelo Sector dos Espaços Verdes do Município de Silves, há a destacar a presença de Alexandro Martinez Penã, investigador, fundador e proprietário de IDEBIO SL – Pesquisa e Desenvolvimento Biológico e de Santiago Uribarren, Chefe da Secção dos Estudos Técnicos e Planificação do Sector Urbano de Serviços de Jardinagem do Concelho de Valência.
Refira-se que, desde que apareceram as primeiras plantas afectadas por este insecto, a Câmara Municipal de Silves (CMS) tem trabalhado no sentido de reduzir os seus efeitos e de manter um trabalho de vigilância constante, factor essencial para a erradicação desta praga, estando, neste âmbito, os serviços técnicos da CMS, disponíveis para prestar todo o apoio possível, desde informação ao apoio na recolha de materiais vegetais, que terão de ser incinerados ou levados para aterros sanitários.
