quinta-feira, 16 de setembro de 2010

HOMENS MAIS PREOCUPADOS QUE AS MULHERES NAS POUPANÇAS


Análise Cetelem avalia intenções de consumo e poupança dos portugueses para os próximos meses de 2010

O Observador Cetelem analisou no final de 2009 o comportamento dos consumidores europeus estabelecendo um paralelismo entre um antes e um pós crise. Já em 2010, coloca-se a questão de como estão a reagir os portugueses. Ó Observador procura agora responder à mesma através da análise do comportamento financeiro dos Portugueses para os próximos meses.
Se já em 2009 os portugueses revelavam que as intenções de poupança eram superiores às intenções de consumo, agora mais certezas existem sobre a necessidade de melhor gerir o orçamento pessoal.
O sentimento de incerteza em relação ao futuro apoderou-se dos portugueses que continuam a revelar uma maior tendência para a contenção de custos, ainda que seja mais visível a vontade de diminuir as despesas (-21 p.p.) do que a de aumentar as poupanças (+2 p.p.). Na realidade os portugueses retraem-se na hora de consumir ainda que com reduzidas perspectivas de poupança em relação ao ano anterior.
Homens e mulheres possuem formas distintas de gerir o orçamento. Ainda que ambos revelem a intenção de manter o nível de despesas (20%), são os homens que mais se preocupam em aumentar as poupanças.
Quando analisada a classe etária dos consumidores é visível a diferença geracional no que toca à relação despesa versus poupança. É nas classes etárias a partir dos 35 anos que a tendência para a poupança é mais acentuada. Os jovens, ainda que demonstrem intenção de poupar, continuam a revelar maior vontade de consumir.
Em termos geográficos não há dúvida de que é no Norte que a relação despesa/poupança é mais acentuada, situando-se nos 8%. Já no Centro e no Sul as intenções de consumo situam-se nos 29% e 28%, respectivamente. No que toca à intenção de aumentar as poupanças é no Norte que esta tendência é mais acentuada (58%), seguindo-se o Sul (42%) e o Centro (42%).
Em relação à classe social todas elas são unânimes no que se refere às poupanças. Poder-se-á dizer que o poder de compra não é factor preponderante para que surjam diferentes perspectivas no que se refere à intenção de aumentar as poupanças. No entanto são as classes mais desfavorecidas que menos perspectivas possuem de aumentar as despesas.