segunda-feira, 9 de agosto de 2010
SEVILHANAS ENCERRAM 2ª EDIÇÃO DO RITMOS – FESTIVAL INTERNACIONAL DE DANÇAS
Já está confirmado o espectáculo que irá encerrar a segunda edição do RITMOS – Festival Internacional Danças, que decorre de 13 a 15 de Agosto, na aldeia de Querença, Concelho de Loulé. Lola Jaramilla e Jesus Herrera apresentam uma performance de sevilhanas que irá animar a festa no cair do pano, com uma actuação agendada para as 22h00, antes do baile final com os Omiri.
As sevilhanas são um género bailável originário de Sevilha que se cantam e dançam segundo a estrutura das seguidillas, e se bem que não sejam consideradas um palo (género) flamenco propriamente dito funcionam como género aglutinador de elementos da estética musical flamenca, e por isso figuram como protótipo da canção folclórica aflamencada. A estrutura formal das sevilhanas é comum em todas as variantes: introdução – saída – volta – saída – volta saída – final.
Entre as variantes sevilhanas mais cultivadas destacam-se as Boleras (tradição da Escola Bolera), das Cruces de Maio, Corraleras (pátios de vizinhos), Bíblicas (com letras referentes ao Antigo Testamento), Campestres e Marinheiras (dos barcos de Sanlúcar), Litúrgicas (Novo Testamento), de Feiras, Romeiras e Toureiras.
As sevilhanas são actualmente um dos géneros de música e dança mais conhecidos a nível mundial.
A acompanhar Jesus Herrera (Prémio Nacional de Baile Flamenco por Alegrías, 2005) e Lola Jaramilla (Prémio Nacional de baile Flamenco por Tarantos, 2006), vão estar os músicos José Llorente (guitarra), Trini (voz) e El Moi de Morón (voz).
Danças e animação invadem aldeia do barrocal
Durante três dias, a típica aldeia de Querença vai estar animada com vários espectáculos de dança e também com bailes em que o público é convidado a participar.
Mas a segunda edição do RITMOS integra um programa de animação que vai desde a realização de workshops, espaços de gastronomia, artesanato, animação de rua, teatro e muito mais.
O festival decorre ao ar livre, no centro da aldeia, tendo como centro o Largo da Igreja, as iniciativas vão estender-se entre a Casa do Povo local, até à nova Fundação Manuel Viegas Guerreiro ou Pólo Museológico da Água. Todo o espaço será das pessoas, estando vedado à circulação de veículos, permitindo assim viver em pleno a atmosfera do festival.
A entrada é livre.
O festival em 2009 teve uma programação ligada ao tema “Água”, esta edição terá sabores ligados à “Terra e a Serras”. «Tendo como mote a Serra do Algarve, rica pela sua diversidade, vamos “subir” a outros picos. Picos esses que nos levam a vales e a mudanças de temperaturas e cheiros. Aromas, texturas, sentimentos, movimentos, sons... são muitas as sensações e imagens que nos ligam a Serras. Serras que são feitas de pessoas, no centro de cidades, em recantos não habitados e outros que se transformam com o tempo», refere a organização.