sábado, 7 de agosto de 2010

Culatra: Associação de Moradores "Indignada e Revoltada" com a Sociedade Polis






"A Associação de Moradores da Ilha da Culatra após a recepção de várias notificações endereçadas a residentes no núcleo habitacional da Culatra, por parte da Sociedade Polis, com base no processo de “ Levantamento das construções existentes nos espaços edificados a reestruturar nas ilhas barreira e ilhotes da Ria Formosa” quer expressar publicamente a sua indignação e revolta por:
1. Verificar que nas notificações enviadas aos moradores existe um rol interminável de ridículas “situações registadas”, que apenas comprovam a má-fé de quem inquiriu e de quem procedeu à análise da documentação;
2. Reconhecer uma manifesta má-fé da Sociedade Polis, consubstanciada numa actuação contraditória e incoerente em relação aos objectivos desde sempre apontados, nomeadamente o Projecto de Intervenção e Requalificação do Núcleo da Culatra;
3. Comprovar o exacerbar de funções da Sociedade Polis, que preferiu uma actuação manifestamente policial, assente em inquéritos e exigências em nada concordantes com aquilo que foi manifestado pelos seus representantes em Assembleia Geral de moradores da Ilha da Culatra, realizada no dia 26/12/2009;
4. Constatar que, face à politica ou filosofia seguida pelos anteriores representantes do Ministério do Ambiente, alicerçada na defesa e preservação do património e do núcleo histórico que constitui a Culatra, apoiada e partilhada por esta Associação e respectivos moradores, a Sociedade Polis por seu lado adoptou uma politica totalmente oposta, revelando uma enorme falta de sensibilidade e de vontade para a resolução de problemas.
Por tudo o que acima fica referido, a Associação de Moradores da Ilha da Culatra entende:
• Discordar da actuação da Polis, pois colide em absoluto com a “valorização dos núcleos piscatórios” tal como ficou definido em documento elaborado pela própria Sociedade Polis que persiste em entrar em rota de colisão com o POOC.
• Ser urgente uma tomada de posição clara e inequívoca de cada um dos membros da Sociedade Polis, Ministério do Ambiente, Câmaras Municipais de Faro, Olhão, Tavira e Loulé, relativamente à actuação da Sociedade Polis no seu todo.
• Enveredar por um caminho distinto daquele que a Polis vem a definir, em prol da defesa e bem-estar da população da Culatra", conclui a nota de imprensa, que transcrevemos na íntegra, assinada pela direcção da Associação de Moradores da Ilha da Culatra.