Genealogia do Algarve reúne atenções dos participantes
O Presidente da Câmara de Albufeira deu ontem as boas vindas às II Jornadas de Arquivo, que estão a decorrer no Salão Nobre dos Paços do Município de Albufeira desde ontem e até ao final do dia de hoje. O tema destas jornadas é “Perspectivar o Futuro”.
Estas II Jornadas pretendem trazer à luz da discussão, problemáticas actuais intrínsecas à Arquivística. Em debate estão questões que envolvem os arquivos electrónicos, a actual reforma da administração pública e consequente modernização administrativa, e o futuro dos arquivos históricos. Estão a participar cerca de uma centena de profissionais vindos de todo o país.
Segundo Dália Paulo, da Direcção Regional de Cultura do Algarve, “os arquivos eram encarados como lugares sem vida e só tinham valor para os estudiosos. Nos dias de hoje, os arquivos assumem um papel social importante; não têm só como missão principal o seu espólio. Actualmente, os documentos em papel tendem a desaparecer para dar lugar ao digital. Para os arquivos este é um problema actual, uma vez que é preciso saber como fazer e qual o seu custo.”
Por seu turno, Desidério Silva reforçou que, “As memórias e tradições de um povo devem ficar registadas com qualidade. É preciso salvaguardar a cultura numa altura em que a informação é cada vez mais um assunto delicado na chamada era global “.
O último painel será dedicado à Genealogia do Algarve. Este projecto consiste numa base de dados onde são colocados registos paroquiais, processos de inquisição e processos de habilitação de todos os nascidos, casados ou falecidos no Algarve, criando assim árvores genealógicas globais.
Esta base de dados é composta por 120.000 pessoas, o que corresponde a um total superior a 600.000 dados, maioritariamente nascidas entre 1500 e 1900, uma vez que a lei relativa à protecção de dados pessoais impede a pesquisa de documentos com menos de 100 anos.
