domingo, 21 de fevereiro de 2010

Demolições de edificações na Ilha da Fuzeta começam no final de Março, diz secretária de Estado Fernanda do Carmo


A secretária de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades, Fernanda do Carmo, revelou hoje que vão ser antecipadas para final de março as demolições das edificações existentes na ilha da Fuzeta, onde já se perderam dezenas de casas pela subida do mar.
"Após este ciclo de intempéries, que se pressupõe no início de março estar concluído, vamos proceder à remoção imediata de todos destroços, quer os que estão presos no local, que os que estão no fundo da ria, e das estruturas edificadas que ainda se encontram no local", afirmou a governante após uma visita ao local.
Algumas edificações "ainda estão completamente de pé, mas com este episódios expectáveis que aconteçam espera-se que sejam cada vez mais danificadas", acrescentou.
Fernando do Carmo esteve hoje de manhã na Ilha da Fuzeta a avaliar a situação no terreno e depois reuniu-se com autarcas, técnicos da Administração Regional Hidrográfica do Algarve (ARH) e a Autoridades Marítima para decidir como iria ser feita a intervenção.
"Esta visita foi para visualizar no local o que já estava relatado nos relatórios técnicos e ver com os diversos interlocutores, técnicos e autarcas, que medidas é que poderíamos antecipar para colmatar esta situação que foi introduzida pelos temporais do final do ano passado e início do ano", explicou a secretária de Estado.
Fernanda do Carmo explicou que "a atuação que se vai fazer estava planeada e programa, estava prevista no Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) a intervenção de requalificação deste cordão dunar, os projetos estavam em curso, as obras programadas, as disponibilidades financeiras e os meios técnicos estava também equacionados, e o que se vai fazer é priorizar de maneira diferente".
"É uma situação que exige uma atuação imediata, e não como estava programa anteriormente", frisou a governante, acrescentando que "no final de março, início de abril, toda a limpeza da ilha fique concluída".
Fernanda do Carmo disse ainda que, relativamente à barra, "há galgamentos do mar e prevê-se que possa haver uma abertura natural pelo próprio mar" no local que hoje visitou.
"A barra atual está extremamente assoreada e tem que haver, para existirem condições de navegabibilidade para os pescadores e garantir as actividades económicas dos viveiros na própria ria, pode haver necessidade de abrir ou reforçar, estabilizar, a barra que entretanto venha a ser aberta pelo mar", acrescentou, precisando que essa intervenção "depende do que ocorrer nos próximos tempos e de estudos técnicos que estão a ser acelerados para ver qual é a dinâmica de todo aquele sistema".
A secretária de Estado disse ainda que é importante "garantir que no verão possa haver a menor interferência possível com as actividades balneares e turísticas que são muito importantes para a região".
Lusa