quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Cooperativa “Bairro da Liberdade” em Sagres chega ao fim


No próximo dia 22 de Fevereiro, vai decorrer na Sala de Reuniões da Junta de Freguesia de Sagres, pelas 18 horas, a quarta e última fase da assinatura das escrituras dos lotes de terreno onde estão edificadas as habitações do “Bairro da Liberdade”, em Sagres.

Refira-se que a resolução deste processo é o culminar do esforço de vários serviços locais (Câmara Municipal, Conservatória do Registo Civil e Predial e Cartório Notarial e Finanças de Vila do Bispo) que ao longo de quatro meses trabalharam em conjunto para que as famílias residentes naquele Bairro vissem finalmente realizadas as escrituras do terreno das suas casas.

Com a resolução deste diferendo, que envolveu Câmara Municipal e o empresário Sousa Sintra, e depois de assinadas as 94 escrituras, chega ao fim a Cooperativa de Habitação Económica “A Liberdade dos Trabalhadores do Concelho de Vila do Bispo”, também conhecida por “Bairro da Liberdade”, uma vez que os objectivos com que foi constituída já foram cumpridos.

Criada na década de 70, a Cooperativa “Bairro da Liberdade”, como é vulgarmente conhecida nasceu, por um lado, pela necessidade da construção de habitação social no concelho e, por outro, do espírito colectivista e cooperativo, nascido do fervor da “Revolução 25 de Abril de 1974”.

A construção iniciou-se em 1976 e as chaves das casas foram distribuídas aos respectivos sócios da Cooperativa em Outubro de 1980.

Contudo, aquele ano marcou o início de um longo e complicado período de dificuldades na vida da Cooperativa. Tendo as expropriações decorrido de um modo meramente administrativo e ficando por terminar a expropriação de 4 terrenos: 1 pertencente a Álvaro Rolim e 3 ao empresário José Sousa Cintra. A resolução deste impasse levou ao arrastamento deste processo por três décadas, uma vez que os vários executivos camarários nunca conseguiram alcançar qualquer tipo de acordo, ou negociação, com o empresário José Sousa Cintra.
De salientar ainda que este processo foi de tal forma moroso que alguns dos sócios da Cooperativa chegaram, infelizmente, a falecer sem tomarem posse das suas casas, passando a sua posição para os respectivos herdeiros.