quinta-feira, 3 de novembro de 2011

EM CACHOPO – TAVIRA - INAUGURADA A SUBESTAÇÃO DA REN

Com a presença do Secretário de Estado da Energia, Henrique Gomes, foi inaugurada a subestação de Tavira, um investimento da REN – Redes Energéticas que visa reforçar as interligações eléctricas com a Espanha, com a construção da linha de 400KV entre Tavira e Puebla de Guzman, Andaluzia. Com este projecto, cujo investimento rondou os 70 milhões de euros, a REN reforça ainda a capacidade de segurança de alimentação de electricidade ao Sotavento Algarvio e Baixo Alentejo.
Rui Cartaxo, Presidente da REN, disse que este projecto “tem um papel crucial no reforço da qualidade de serviço a toda a região e vem responder ao aumento do consumo energético na região do Algarve”. Rui Cartaxo, destacou igualmente a importância da linha de 400KV que liga Tavira à região espanhola de Andaluzia: “ é mais um importante contributo para a integração do mercado ibérico de electricidade, em benefício dos consumidores dos dois países”.
O Secretário de Estado da Energia, Henrique Gomes, referiu que a “interligação com a Espanha é muito importante porque insere dois mercados. Permite que haja bolsa de energia que haja mercado. Portanto, preços de energia mais baratos e mais eficientes. É também muito importante esta interligação ao contrário de outras interligações que nós temos. Esta é mais importante para exportação. Exportação de quê? Da capacidade de produção de energia bolinaria que há em Sines e exportação também, eventualmente, quer em energia solar com grande potência no futuro das tecnologias mais importante sob o ponto de vista económico e a própria Eólica. Essa energia não sendo consumida no território ou na região será exportada para a Península Ibérica. Agora, tudo isto está limitado. Tem excesso de produções enquanto as interligações da Península Ibérica para a Europa não estiverem desenvolvidas. Essa é uma prioridade estratégica dos dois países. Neste momento ou no futuro, temos de ver quais as tecnologias que temos vantagens. Nós não vamos exportar energias produzidas em centrais térmicas que existem também na Europa.
Por exemplo: Quando as tecnologias forem eficientes, porque são energias verdes, com certificados verdes, podemos estar a exportar para a Europa, porque, por exemplo, países como o Luxemburgo, Alemanha, etc, precisam de ter certificados verdes. Estamos a falar de grandes projectos na Europa, do solar, etc, para abastecer a Alemanha. A energia pode não fluir de um lado para o outro, mas os certificados sim, para compensar a produção em excesso que esses países têm. Há aqui trocas que são importantes mas que só serão possíveis com boas interligações quando daqui a alguns anos forem mais eficientes”.
O projecto foi concluído dentro do prazo previsto e envolveu mais de 1800 pessoas em média por mês, 18 parceiros e 64 empresas, a maioria das quais portuguesas. O Custo total das obras: Cerca de 70M €(divididos em partes iguais entre as linhas e a subestação) O valor total do financiamento para a construção das linhas e subestação - 17.5M€ ao abrigo do programa EEPR - European Energy Programme for Recovery Valor global dos custos ambientais associados ao projecto: cerca de 540 mil €.
PROPECÇÃO DE PETRÓLEO NA COSTA ALGARVIA - O gás é absolutamente seguro Ao membro do Governo foi colada a questão sobre a possível prospecção de petróleo na costa algarvia e que levantou alguns melindres na região. Que palavras podem ser deixadas aos algarvios que é um processo seguro e que não irá trazer contrapartidas que possam pôr em causa a região turística? - É natural que não chegando informação as pessoas se preocupem. O que estamos a falar é essencialmente da exploração de gás. Não à derrames de gás. Aliás, a ligação do gás, se houver e tudo indica que haverá um potencial que será à volta do consumo durante dez anos, por todo o País. Depois desta primeira fase de prospecção que demorará de três a oito anos, o gás é conduzido por canalizações que quando chegarem a terra são ligadas aos gasodutos existentes. Portanto, se houver derrames, o gás natural é mais leve que o ar. Qualquer fuga que haja vai para cima. Não há poluição, nem impacto residual. Poderá ter algum impacto longínquo mas o ponto mais próximo da costa, o Cabo de Santa Maria é a oito quilómetros da costa.
As cinco autarquias que estão defronte à exploração nas suas áreas que se chamam lagostim e lagosta, estão perfeitamente articuladas connosco, no que diz respeito às informações do projecto, quer também a preocupação que eles têm em salvaguardar algumas das contrapartidas para a região. O que temos neste momento é que acabamos de assinar um contrato em condições economicamente importantes com a Repsol. Quando formos para a prospecção não o faremos sem articular bem com as Autarquias e com o Ministério do Mar, para articular bem com a actividade das pescas. O que se pretende é que não haja fugas, porque é uma perda económica. De resto não há poluição sensível. Não tem impacto nas pessoas. Geraldo de Jesus