quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Redução unilateral de 5% pagos aos hoteleiros: PSD Algarve questiona Governo sobre medidas contra decisão da Thomas Cook



O PSD Algarve, através do deputado eleito pelo Distrito de Faro, Jorge Bacelar Gouveia, interpôs ao Ministro da Economia, Inovação e Desenvolvimento uma série de questões sobre a redução unilateral de 5% no pagamento do operador Thomas Cook aos hoteleiros do Algarve.
Esta interpelação surge na sequência da notícia avançada por vários órgãos de comunicação social de que o operador turístico Thomas Cook decidiu, unilateralmente, apenas pagar 95% do valor das facturas recebidas por parte dos hoteleiros no Algarve, alegando a crise económico-financeira internacional para assim proceder.
No entanto, para o PSD Algarve este comportamento, além de ilegal do ponto de vista contratual, configura um absoluto desrespeito pela actividade turística desenvolvida na região por parte de numerosos hoteleiros, prejudicando-os seriamente com o não pagamento de 5% daquilo que lhes era devido, valor tanto mais necessário quanto é certo a crise também ter atingido o sector turístico algarvio.
Assim, mesmo tratando-se de um assunto da economia privada, o PSD Algarve considera necessária a intervenção do Governo de Portugal com vista a proteger os legítimos direitos e interesses contratuais de empresas portuguesas, no contexto da defesa da legalidade e da defesa do turismo na região.
O PSD Algarve pretende saber se o Governo tem acompanhado o comportamento ilegal do operador Thomas Cook em relação ao não pagamento, decidido a título unilateral, de 5% da facturação aos hoteleiros do Algarve e se vai tomar alguma medida no sentido de defender os direitos e os interesses dos operadores turísticos da região face à situação.
O PSD Algarve relembrou também o Governo português da importância de uma intervenção política nesta matéria, uma vez que o Governo espanhol conseguiu que um idêntico comportamento do operador Thomas Cook no país vizinho fosse revertido através de uma enérgica acção política que protagonizou em prol dos operadores turísticos espanhóis que seriam afectados por uma decisão idêntica à agora verificada no Algarve.