terça-feira, 10 de agosto de 2010
José Vitorino denuncia “CLIMA GERAL DE MEDO E APARECIMENTO DOS INFORMADORES DO CHEFE” na Câmara de Faro
«Somos contra os despedimentos. O presidente da Câmara tem em curso uma campanha pública de ataque aos funcionários, através de um clima geral de medo e o aparecimento dos informadores do chefe e de caça às bruxas, ao qual é preciso dizer basta”, denunciou hoje, em conferência de imprensa, o ex-presidente da Câmara Municipal de Faro, José Vitorino.
Muito crítico para com as recentes declarações do edil sobre a possibilidade de não renovar 200 ou 300 contratos que estão a chegar ao fim na Câmara, o líder do movimento CFC – Cidadãos com Faro no Coração, recordou que, na campanha eleitoral, Macário garantiu que não colocaria em causa os lugares dos trabalhadore, mas agora «dá a ideia de que a Câmara de Faro é uma bandalheira em que a maior parte pouco faz».
Acusando Macário Correia de ser «perito em demagogia popular», pois “é popular falar-se mal dos funcionários públicos”, Vitorimo considera que o ofício de Maio passado sobre a proibição das pausas para café é um “despacho difamador do pessoal e um erro de gestão colossal”.
Sempre em tom muito crítico, o antigo autarca acusa ainda actual edil de “má gestão” e “crimes de humilhação” as declarações públicas que Macário Correia fez sobre funcionários da Câmara “com problemas físicos e alcoolismo”, o ex-autarca repudiou a “conduta abominável”, desafiou o edil a que “não“traga para o público o que deve ser tratado internamente”.
“Somos a favor da disciplina, trabalho e produtividade, mas contra difamações, criando a ideia pública de que a Câmara de Faro é uma bandalheira”, salientou Vitorino, assumindo que os CFC “só não o põem (Macário Correia) em tribunal por se tratar de injúria em abstracto, pondo todos no mesmo saco”. “Se há casos pontuais, então há processos disciplinares para cada um dos casos, nos termos da lei, e não esta coação psicológica”.
Em conclusão, falando em “grande esbanjamento do erário público”, o ex presidente da Câmara de Faro diz que o actual edil “deve anunciar publicamente quem são e quanto ganham os “compadres” que estão à frente das empresas municipais, Mercado Municipal, Fagar ou Teatro Municipal” - “deve dizer publicamente, em nome da transparência que tanto apregoou em campanha eleitoral”, desafiou o líder do CFC.