sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Governadora Civil de Faro defende apetrechamento homogéneo de todos os Corpos de Bombeiros do Algarve
A Governadora Civil de Faro, Isilda Gomes, defendeu ontem o apetrechamento homogéneo de todos os Corpos de Bombeiros do Algarve, tendo considerado que a aplicação dos planos operacionais na área da Protecção Civil desenvolvidos na região, será fortemente potenciada com a aquisição de novos equipamentos, financiados pelo programa de Prevenção e Gestão de Riscos Naturais e Tecnológicos-Acções Materiais, para o qual estão disponíveis três milhões de euros.
Isilda Gomes, que falava durante a cerimónia de apresentação do aviso de abertura de candidaturas no domínio desta intervenção na área da Protecção Civil integrada no eixo prioritário 2-Protecção e Qualificação Ambiental, do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), considerou que só com um apetrechamento homogéneo dos Corpos de Bombeiros, será possível garantir um aumento da eficácia e condições de absoluta segurança de todos os operacionais no terreno.
“Não podemos ter um corpo de bombeiros equipado a 100% e outro apenas a 10%. Isto não pode nem deve acontecer. Temos de ter uma visão regional também nesta área e olhar para a região como um todo”, frisou a Governadora Civil, para quem o financiamento anunciado hoje, equivalente a um investimento de cinco milhões de euros, irá permitir aumentar muito significativamente a capacidade de resposta do Algarve em matéria de Protecção e Socorro.
“Temos de fazer todos um grande esforço no sentido de aproveitarmos estes dinheiros públicos e dotar o Algarve dos meios materiais que ainda são necessários, tanto ao nível municipal, como regional, de forma a garantir uma segurança cada vez maior dos operacionais e dos cidadãos em geral”, referiu Isilda Gomes, observando que aos Presidentes de Câmara, enquanto responsáveis municipais de Protecção Civil, cabe um papel fundamental como parceiros das Associações Humanitárias de Bombeiros que pretendam candidatar-se aos referidos fundos comunitários.
Elogiando o esforço feito pelo presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, para elevar o financiamento destinado à Prevenção e Gestão de Riscos Naturais e Tecnológicos de 1,9 milhões inicialmente previsto para 3 milhões de euros, Isilda Gomes salientou ainda que o Algarve “teve visão estratégica” ao ser a primeira região do País a integrar neste programa a aquisição de veículos, tendo em conta que estes meios operacionais são de extrema importância no apetrechamento dos Corpos de Bombeiros.
“O Algarve teve visão estratégica e soube trabalhar em rede, porque este esforço só tem sido possível através de uma forte colaboração entre o Governo Civil, a CCDR, o CDOS, a AMAL, os Presidentes de Câmara e as Associações Humanitárias de Bombeiros, pois estamos todos irmanados na mesma vontade, que é a de defendermos esta região e estarmos preparados para dar a resposta que nos é exigida”, frisou Isilda Gomes, observando que só com segurança, um dos pilares estruturantes do turismo enquanto principal actividade económica, é possível fazer do Algarve uma região competitiva.
Durante a cerimónia, que contou com a presença do Presidente da Câmara de Faro e do Comandante Operacional Distrital, o Presidente da CCDR, João Faria, referiu que o valor do investimento apresentado hoje faz parte de um total de 18 milhões destinados à Protecção e Qualificação Ambiental na região e será concentrado na execução das grandes acções materiais, de que é exemplo a aquisição de veículos.
O aviso para apresentação de candidaturas à Prevenção e Gestão de Riscos Materiais e Tecnológicos contempla operações no âmbito de equipamentos dos Agentes de Protecção Civil, rede de Centros Municipais de Protecção Civil e respectivos sistemas de gestão, bem como investimentos na área das tecnologias de informação e do conhecimento, estando previsto, entre outros, o apoio à aquisição de veículos para operações de socorro.
Governos Civis, Municípios, Associações de Municípios e Associações Humanitárias de Bombeiros, são as entidades que podem candidatar-se a estes fundos comunitários, cuja taxa máxima de co-financiamento FEDER é de 60%. O prazo para apresentação de candidaturas decorre de 23 de Agosto a 29 de Outubro.