segunda-feira, 19 de julho de 2010
São Brás de Alportel acolhe exposição Internacional “Terra Deserta”
Patente de 3 a 28 de Julho no Centro de Artes e Ofícios de São Brás de Alportel e na Sala João Belchior Viegas, da Biblioteca Municipal, a exposição Terra Deserta traz a São Brás de Alportel 87 composições fotográficas que reflectem o tema da desertificação reflectido no “Abandono das Paisagens, dos Olhares e das Identidades”.
Esta mostra de trabalhos integra o projecto anual do Instituto Europeu do Design de Turim que organiza e selecciona todos os anos uma temática de repercussões mundiais. O Dia Mundial de Combate à Desertificação foi o tema seleccionado em 2009 e levou 18 licenciados em fotografia do Instituto a uma viagem de 10 dias pelo território português, no Alentejo e Algarve.
O projecto deu origem à exposição Terra Deserta, integrada no início das comemorações portuguesas da Década das Nações Unidas dos Desertos e do Combate à Desertificação (2010/2020), que tem por objectivo captar a atenção dos visitantes para uma realidade tão familiar que passa despercebida.
No passado dia 2 de Julho, teve lugar a sessão de inauguração desta exposição, que marcou a passagem da “Terra Deserta” por território são-brasense. A cerimónia teve lugar no Centro de Artes e Ofícios, contando com as intervenções do vice-presidente da Câmara Municipal, Dr. Vitor Guerreiro, representante da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve, Eng.º Pedro Monteiro, representante da Comissão de Combate à Desertificação, Eng.º Espírito Santo e da Dr.ª Mariana Graça, Professora da Universidade do Algarve, na Licenciatura Comunicação e Design.
No decorrer das intervenções, o Vice-Presidente da Câmara Municipal de São Brás de Alportel, Vitor Guerreiro descreveu a mostra fotográfica como “Uma realidade tão próxima, tão familiar, que ganha uma nova dimensão através da imagem, um tema preocupante que assola Portugal, e um pouco por todo o mundo, sobre o qual importa reflectir”. A Dr.ª Mariana Graça acrescentou ainda o papel dos profissionais de fotografia neste processo de reflexão, “o fotógrafo tem o dever e o poder de questionar através da imagem, de capturar com a objectiva pormenores da realidade e focar a atenção do público para a mesma”. Opiniões partilhadas e discutidas por intervenientes e público, na visita que se seguiu às 87 fotografias em exposição.
Os pequenos fragmentos da realidade captados nas fotografias transmitem contrastes, paisagens, olhares e o declínio de um conjunto de características que vão desaparecendo com o abandono ou morte dos poucos habitantes destas zonas esquecidas. A beleza dos campos, a solidão e envelhecimento da população, mas também a ténue esperança num futuro melhor reflectido no sorrido de uma criança, compõem os olhares destes fotógrafos que pretendem reflectir perspectivas diversas sobre o mesmo tema, a desertificação.
Todos os enamorados pela fotografia podem visitar a exposição no Centro de Artes e Ofícios de segunda a sexta-feira, entre as 09h30 e as 12h30 e as 14h30 e as 16h30, e ainda ao sábado e domingo de manhã, entre as 10h00 e as 13h00, e na Biblioteca Municipal Dr. Estanco Louro de terça a sexta-feira, entre as 10h00 e as 18h30, à segunda-feira entre as 14h30 e as 18h30 ou ainda ao sábado entre as 15h00 e as 18h00.