O Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro, da Autoridade Nacional de
Protecção Civil (ANPC) e a ANA-Aeroportos de Portugal SA, Aeroporto de Faro, realizaram hoje, dia 08 de Fevereiro, pelas 15h00 horas, um exercício de tipo LIVEX (Live Exercise) para testar os procedimentos e a operacionalidade do Plano Prévio de Intervenção(PPI) e do Plano de Emergência (PE) para o Aeroporto Internacional de Faro, que se encontram já homologados.
O exercício, designado por "AeroFaro’11”, serviu para testar em simultâneo se o PPI para o Aeroporto de Faro, e o Dispositivo Integrado de Resposta (DIR), previsto no mesmo, para apoio aos meios internos do Aeroporto de Faro, são efectivos e se estes se articulam com o Plano de Emergência Interno (PEI), dado que aquela infra-estrutura também exercitou o seu plano de emergência.
O exercício, de âmbito distrital, é planeado e conduzido com a finalidade de testar e exercitar a resposta do DIR para minimizar os efeitos adversos de um acidente grave no Aeroporto.
Neste âmbito, o CDOS, os meios internos do Aeroporto de Faro, os APC participantes, as Entidades Cooperantes e os Serviços Municipais de Protecção Civil (SMPC) de Faro e Loulé, actuaram nesta condução como se de uma situação real se tratasse, procedendo às acções necessárias para a resolução da mesma.
O cenário definido pela Direcção do Aeroporto de Faro para o exercício foi o de um acidente aéreo grave, na aterragem de uma aeronave, que origina elevados danos materiais e humanos.
“Hoje ficou demonstrado que o Aeroporto de Faro e todos os responsáveis pela segurança do Algarve, estão devidamente preparados para dar a melhor resposta a uma eventual situação de emergência neste espaço aeroportuário” considerou esta tarde a Governadora Civil de Faro, Isilda Gomes, durante o exercício AEROFARO’11, acompanhada pelo director do Aeroporto Internacional de Faro, Correia Mendes.
A Governadora Civil considerou ainda a segurança aeroportuária uma área estruturante para o Algarve", tendo salientado a "excelente articulação entre todos os responsáveis pelas acções de comando, bem como a actuação dos operacionais no terreno.
“O que verificámos hoje é o resultado de um planeamento exaustivo, de um trabalho efectivo entre todos os que têm responsabilidade nesta área fundamental e estruturante para a região, tendo ficado demonstrado que o Algarve está preparado e tem capacidade, disponibilidade e meios, para garantir uma resposta adequada às exigências de um acidente desta natureza”, referiu Isilda Gomes, para sublinhar que a segurança no Aeroporto de Faro constitui imperativo absoluto no contexto económico regional.
“Numa região turística por excelência, a segurança é fundamental para garantir o nível de qualidade que pretendemos, mas é necessário provarmos que o Algarve garante de facto essa condição, o que conseguimos hoje através deste exercício”, considerou a Governadora Civil, realçando que, para além dos excelentes profissionais, o Algarve conta com uma expressiva mole de voluntários, que contribui fortemente para o reforço de competências na região.
Considerando que o simulacro de hoje teve um balanço “muito positivo”, Isilda Gomes observou ainda que o Algarve conta actualmente com excelentes planos de emergência, mas é necessário testar regularmente estes instrumentos, de forma a garantir uma melhoria continua dos procedimentos, adequando-os às realidades da região.
Durante o pré-balanço do exercício, que teve como cenário um acidente aéreo grave na aterragem de uma aeronave, também o Director do Aeroporto de Faro considerou fundamental a realização de testes aos planos de emergência, tendo salientado que a segurança é um capítulo que nunca pode ser dado por encerrado.
"Nos últimos quatro anos foram investidos cerca de 30 milhões de euros na segurança do Aeroporto de Faro, mas nunca são suficientes", sublinhou o responsável, que grantiu a total operacionalidade, num possível cenário de actuação em terra batida, das novas viaturas de combate a incêndios da estrutura aeroportuária, "encomendadas pela ANA e já consideradas as melhores do Mundo no seu género, por isso o fabricante já está a receber encomendas de outros aeroportos".
"O rodado das viaturas (que pesam cerca de 35 toneladas quando os depósitos de água, espuma e pó químico est~so totalmente atestados) é mais largo do que as utilizadas no acidente de 1992 e, ao mesmo tempo, a tracção é independente, por outro lado os terrenos foram todos compactados de forma a aguentarem com a circulação de viaturas e aviões, se necessário for", destacou Correia Mendes.
O AEROFARO’11, que foi acompanhado pelo Presidente da ANPC, teve como cenário um acidente com uma aeronave da companhia fictícia ‘Fake Airlines’, com 30 passageiros e cinco tripulantes a bordo, que efectua uma aterragem de emergência devido a uma avaria no trem de nariz. Depois de sair da pista o avião fica partido em duas secções, incendiando-se.
Cinco mortes, cinco feridos graves e 10 ligeiros foi o balanço deste acidente simulado, que envolveu 17 entidades, 68 veículos, 226 operacionais e um helicóptero da ANPC.
