terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Tavira: livro UM OLHAR NO TEMPO apresentado na Biblioteca Álvaro de Campos



Na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos, em Tavira, com a presença de muito público, foi apresentado o livro UM OLHAR NO TEMPO, da autoria do Padre, David Sequeira, uma "caminhada" ao longo de mais de cinquenta - dos quais quarenta em Tavira - de vida sacerdotal.
Luís Horta, apresentou o texto, como se fosse uma caminhada, que foi seguida com muita atenção pela plateia. Terminada a apresentação e as palavras da praxe, falamos com Jorge Botelho, Presidente do Município:
“Ao escrever este livro, o Padre David Sequeira, é um Padre com coragem e de Tavira. Sendo de Alcantarilha, dedicou mais de quarenta anos a Tavira e ainda cá continua a viver. É um Padre que marcou muitas gerações, pelos múltiplos aspectos que desempenhou, tanto como Professor, como coralista, desportista. Aconselhou muita gente.


E, é curioso que ela tinha todos os condimentos para isso, disse-nos, Luís Horta. “Não referi todos os capítulos, todas as paragens dessa viagem. Quem ler o livro encontra lá as referências todas, para além da sua vida sacerdotal, o seu apoio aos jovens a que normalmente a Igreja procede e que é importante”.
Ao autor, perguntámos se, como havia referido, foi preciso ter coragem, para escrever aquele livro.
- Essa coragem encontra resposta na atitude de S. Paulo “post naquele que me conforten “. Aquele é Jesus Cristo que nos indica o caminho, a verdade e a vida. Exactamente norteado neste belo ideal que é Jesus Cristo que me entreguei de alma e coração a esta tarefa missionária de levar aos outros a boa nova de Jesus Cristo. Às vezes, como dizia o próprio S. Paulo, fazer detite para todos ao ponto de quando eu lancei a “ganga” como se diz no futebol, aos moços, aos jovens, existam casos destes:
- O Padre não está bom do juízo. Só anda com moços.
Nessa altura não havia drogas, mas havia tabaco e ninguém podia entrar nas equipas se fumasse. Muitos deixaram de fumar por causa disso. Até ai já era uma boa missão. Esse era apenas um caminho para os levar muito mais longe até à solidariedade fraterna.
- Como professor, a música e os grupos corais?
- Isso foi uma carolice porque sem carolice não se faz nada neste País. Foi um desafio que o Engº. Fialho Anastácio me lançou na altura, no final de um concerto de coros na Igreja do Carmo. Pus de pé e no ano seguinte actuaram, também, nos concertos natalícios na Igreja do Carmo, em Tavira.
- Os jovens são o futuro de um País. Os escuteiros também fizeram parte do seu roteiro?
- Quando cheguei encontrei os escuteiros, praticamente mortos e a pouco e pouco a chama foi ganhando fulgor e hoje, graças ao Chefe Vítor Martins, tem quase cem elementos a fazerem parte do Agrupamento 100.

Geraldo de Jesus