
“Espero que os ventos que sopram da Igreja de Nª Senhora da Piedade, transportem uma mensagem de paz nas nossas estradas, para que, todos juntos, possamos realmente travar o flagelo da sinistralidade rodoviária na nossa região”, disse hoje a Governadora Civil de Faro, Isilda Gomes, durante as cerimónias do Dia da Memória dedicado às vítimas de acidentes.
Isilda Gomes, que durante a cerimónia realizada na igreja dedicada à Mãe Soberana, em Loulé, agradeceu a colaboração da Diocese do Algarve, das autarquias e dos motociclistas da região, nas acções de homenagem promovidas pelo Governo Civil no Distrito de Faro, salientou a importância de uma participação colectiva no combate a uma luta que tem de ser permanente.
“Façamos tudo o que estiver ao nosso alcance para que não volte a ocorrer nem mais uma morte nas nossas estradas, para que esta seja uma guerra ganha e a dor não continue a fazer parte do nosso dia-a-dia”, apelou a Governadora Civil, salientando mais uma vez a necessidade de uma maior consciencialização por parte dos mais jovens sobre as consequências dos acidentes rodoviários.
“A sinistralidade rodoviária é uma das principais causas de morte de cidadãos com menos de 30 anos, que estão no auge da vida, que têm ainda tudo para dar a esta sociedade, por isso não podemos ficar indiferentes a este drama que afecta anualmente milhares de famílias”, frisou Isilda Gomes, recordando que, desde Janeiro deste ano, o número de vítimas mortais na região atinge as cerca de meia centena.
Vítimas que foram evocadas por um igual número de velas depositadas no altar da Mãe Soberana, onde o Bispo do Algarve, D. Manuel Neto Quintas, assinalou o Dia da Memória com a celebração de uma missa, tendo apelado à responsabilização colectiva para travar o que considera “uma verdadeira calamidade”.
“Não podemos ficar indiferentes ao elevado número de pessoas que perdem anualmente a vida nas estradas”, referiu D. Manuel Neto Quintas, para observar que, quanto mais a estrada for encarada como um meio de partilha, menos acidentes e mortes se verificarão nas vias rodoviárias.
Durante a cerimónia, que teve inicio com um desfile entre o Governo Civil de Faro e a ermida da Mãe soberana, pela EN 125, a Governadora Civil elogiou ainda o “espírito cívico” dos Clubes, Associações e Grupos de Motards da região algarvia, nomeadamente pela sua colaboração nas campanhas de prevenção da sinistralidade rodoviária, tendo realçado que a mudança de comportamentos na estrada constitui um factor determinante no combate ao flagelo.
“Os despistes e as colisões representam a esmagadora maioria dos acidentes, mas está nas nossas mãos a erradicação definitiva dos comportamentos de risco que levam à tragédia”, sublinhou Isilda Gomes, para quem, “enquanto houver uma morte nas estradas será sempre uma morte a mais”.
Após o desfile de motards e a celebração da missa evocativa pelo Bispo do Algarve, durante a qual foi guardado um minuto de silêncio em homenagem às vítimas dos acidentes rodoviários, o Dia da Memória foi assinalado ainda com uma largada de pombos pela Columbófila de Loulé, junto à ermida da Mãe Soberana.
As acções realizadas pelo Governo Civil de Faro no âmbito do Dia da Memória, contaram este ano, pela primeira vez, com a colaboração da Diocese do Algarve, bem como da Câmara Municipal de Loulé. Participaram na iniciativa, para além das várias dezenas de motociclistas da região que integraram o desfile, os Presidentes das Câmaras de Faro e de Loulé, vereadores da autarquia de Loulé e diversas entidades regionais, nomeadamente os membros do Conselho Coordenador de Segurança Rodoviária Distrital.